CENTRO DE ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS: DA CARACTERIZAÇÃO À ASSOCIAÇÃO DOS FATORES MODULADORES DE SAÚDE DE USUÁRIOS

 

DENTAL SPECIALTIES CENTER: FROM THE CHARACTERIZATION TO THE ASSOCIATION OF MODULATING FACTORS OF USERS' HEALTH

 

CENTRO DE ESPECIALIDADES DENTALES: DE LA CARACTERIZACIÓN A LA ASOCIACIÓN DE FACTORES DE MODULACIÓN DE LA SALUD DEL USUARIO

 


Davide Carlos Joaquim1

Letícia Pereira Felipe2

Arthur Castro de Lima3

Karina Gonzaga da Costa4

Mohamed Saido Balde5

Leilane Barbosa de Sousa6

Ana Caroline Rocha de Melo Leite7

 

1Universidade Federal do Ceará (UFC). Fortaleza, Ceará – Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-0245-3110  

 

2Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – (UNILAB). Redenção, Ceará – Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-2551-9143

 

3Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – (UNILAB). Redenção, Ceará – Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-1826-2247

 

4Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – (UNILAB). Redenção, Ceará – Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-4127-0424   

 

5Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – (UNILAB). Redenção, Ceará – Brasil.

 

6Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – (UNILAB). Redenção, Ceará – Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-0266-6255   

 

7Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – (UNILAB). Redenção, Ceará – Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-9007-7970

 

Autor correspondente

 

Ana Caroline Rocha de Melo Leite

Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB, Campus das Auroras – Rua José Franco de Oliveira, s/n – CEP – 62.790-970 - Redenção, Ceará – Brasil. E-mail – acarolmelo@unilab.edu.br. Telefone: +55 (85) 99168-0679.

 

RESUMO

Introdução: Aspectos sociais e econômicos e comportamentos em saúde bucal podem desencadeiam doenças orais com repercussão sistêmica. Objetivo: Caracterizar e associar os aspectos sociodemográficos e econômicos e a autopercepção, hábitos e comportamentos em saúde bucal dos usuários do Centro de Especialidades Odontológicas de um município cearense. Metodologia: Estudo observacional analítico transversal e de abordagem quantitativa, realizado em 2019, com pacientes atendidos no CEO Regional de Baturité – CE. Após consentimento, foi preenchido um questionário, construído com base na literatura e validado. Resultados: Dos 388 participantes, 63,14% tinham renda de até um salário mínimo, 54,64% tinham boa autopercepção da saúde bucal e 61,08% realizavam a escovação pelo menos 3 x por dia. Observou-se associação entre ser paciente com idade acima de 40 anos e utilizar dentifrício, escova dental e outros meios de higienização e ter boa autopercepção da saúde bucal, escovar os dentes mais de 2 x por dia e ter buscado atendimento odontológico há 6 meses. Conclusão: A população estudada, apesar do perfil demográfico e econômico desfavorável, apresentou uma boa autopercepção e comportamentos adequados em saúde oral. Ainda, seus aspectos socioeconômicos e a sua autopercepção, hábitos e comportamentos em saúde bucal se relacionaram entre si.

Palavras-chave: Saúde Bucal. Comportamentos Relacionados com a Saúde. Higiene Bucal. Serviços de Saúde Bucal.

 

ABSTRACT

Introduction: Social and economic aspects and oral health behaviors trigger oral diseases with systemic repercussions. Objective: This objective studio aimed to characterize and associate sociodemographic and economic aspects and self-perception, habits, and behavior in the oral health of users of the Dental Specialties Center (DSC) of a municipality in Ceará. Method: This is a cross-sectional analytical observational study with a quantitative approach, conducted in 2019, with patients seen at the Regional DSC of Baturité - CE. After consent, a questionnaire was completed, based on the literature and validated. Results: Of the 388 participants, 63.14% had an income of up to one minimum wage, 54.64% had good self-perception of oral health, and 61.08% brushed at least 3 times a day. An association was observed between being a patient over the age of 40 and using toothpaste, toothbrush, and other means of hygiene and having a good self-perception of oral health, brushing your teeth more than twice a day, and having sought dental care for 6 months. Conclusion: Despite the unfavorable demographic and economic profile, the population studied showed good self-perception and adequate oral health behaviors. Still, their socioeconomic aspects and self-perception, habits, and oral health behaviors were related to each other.

Keywords: Oral Health. Health Behavior. Oral Hygiene. Dental Health Services.

 

RESUMEN

Introducción: Los aspectos sociales, económicos y los comportamientos de salud bucal pueden desencadenar enfermedades bucodentales con repercusiones sistémicas. Objetivo: Caracterizar y asociar aspectos sociodemográficos, económicos y autopercepción, hábitos y comportamientos en salud bucal de usuarios del Centro de Especialidades Odontológicas de un municipio de Ceará. Metodología: Estudio observacional analítico transversal con abordaje cuantitativo, realizado en 2019, con pacientes atendidos en la Dirección General Regional de Baturité - CE. Después del consentimiento, se completó un cuestionario, basado en la literatura y validado. Resultados: De los 388 participantes, el 63,14% tenía ingresos de hasta un salario mínimo, el 54,64% tenía una buena autopercepción de salud bucal y el 61,08% se cepillaba al menos 3 veces al día. Hubo asociación entre ser un paciente mayor de 40 años y usar dentífrico, cepillo de dientes y otros medios de higiene y tener una buena autopercepción de salud bucal, cepillarse los dientes más de 2 veces al día y haber buscado atención odontológica durante 6 meses. Conclusión: La población estudiada, a pesar del perfil demográfico y económico desfavorable, presentó una buena autopercepción y comportamientos de salud bucal adecuados. Aún así, sus aspectos socioeconómicos y su autopercepción, hábitos y comportamientos en salud bucal se relacionaron entre sí.

Palabras clave: Salud Bucal. Comportamientos Relacionados con la Salud. Higiene Bucal. Servicios de Salud Bucal.



INTRODUÇÃO

O conceito de saúde acompanhou a evolução do homem e da sociedade, passando a refletir as condições sociais, políticas, religiosas e culturais de cada época(1). Nessa perspectiva, admite-se que a saúde resulte da atuação de fatores exógenos e endógenos, representados, especialmente, pelos aspectos sociais e ambientais, comportamento em saúde e estilo de vida(2).

No âmbito da saúde bucal, especialmente no que se refere à doença cárie, condição associada à dor, ao sofrimento e ao comprometimento das funções orgânicas, cujas complicações envolvem efeitos locais, sistêmicos, psicológicos, sociais e econômicos(3), as teorias relacionadas a sua etiopatogênese envolvem desde a contribuição principal do microrganismo (agente biológico) a vivências individuais e coletivas e o enfoque ecossitêmico. Nos modelos organicistas (Teoria Microbiana), a lesão cariosa decorre da atuação de fatores genéticos e ambientais, como flora bacteriana, hábito alimentar, estrutura dentária, tempo, fluxo e composição salivar e higiene oral(4).

Nos modelos sociais, a cárie resulta da atuação de fatores biológicos individuais e dos determinantes sociais, representados pelos fatores sociais, econômicos, culturais, comportamentais e étnicos. Para os modelos ecossistêmicos, a lesão cariosa decorre da interação do indivíduo com o ambiente, envolvendo desde a inter-relação entre as condições gerais e particulares da estrutura social e as condições individuais à interdependência das pessoas e suas ligações a contextos biológico, histórico, físico e social(3)

Apesar da diversidade dessas teorias, concebe-se que o surgimento e desenvolvimento do processo carioso derive da atuação de fatores determinantes e moduladores ou confundidores. Os primeiros induzem a desmineralização da estrutura dentária, com posterior cavitação e destruição, sendo representados pela microbiota, hospedeiro susceptível, dieta cariogênica, tempo e saliva. Quanto aos fatores moduladores, os quais se relacionam aos fatores determinantes, são atribuídos a eles, dentre outos, o conhecimento, o comportamento, a higiene bucal, as atitudes e a renda(4).   

Em termos de estratégias de combate à cárie, o surgimento da Política Nacional de Saúde Bucal, em 2004, e sua posterior reestruturação possibilitaram a elevação da oferta de serviços odontológicos públicos especializados ou não à população. Assim, os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) foram estabelecidos, objetivando o aumento do acesso aos serviços odontológicos de média complexidade, ofertando especialidades, como diagnóstico, periodontia, endodontia, cirurgia e atendimento a pessoas com necessidades especiais.

Diante das teorias que buscam explicar a doença cárie, a importância que essa assume no cenário mundial e as políticas instituídas para o seu enfrentamento, torna-se necessário conhecer os diferentes fatores que influenciam a saúde bucal de indivíudos atendidos nos CEO, de modo a permitir uma maior compreensão da atuação desses fatores entre a população já assistida por serviços voltados à saúde oral e, consequentemente, direcionar adequadamente as políticas e programas voltados à manutenção, prevenção e restauração da saúde.

Com base no acima exposto, o estudo teve como objetivo caracterizar e associar os aspectos sociodemográficos e econômicos e a autopercepção, hábitos e comportamentos em saúde bucal dos usuários do CEO de um município cearense.

 

MÉTODOS

Trata-se de um estudo observacional analítico transversal e de abordagem quantitativa, conduzido com pacientes atendidos no CEO Dr. José Marcelo de Holanda (CEO Regional de Baturité), localizado no município de Baturité CE, no período de agosto a setembro de 2019.

Foram incluídos no estudo pacientes atendidos em todas especialidades disponibilizadas pelo CEO Regional de Baturité, repressentadas por endodontia, prótese dentária, cirurgia bucomaxilofacial, ortodontia, periodontia e pacientes com necessidades. Foram excluídos da pesquisa pacientes menores de 18 anos desacompanhados de seu responsável legal, uma vez que, nesta situação, não foi possível obter a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Para o cálulo do tamanho da amostra, tomou-se como base o quantitativo de pacientes atendidos em 2018, em todas as clíncias da referida instituição, o qual correspondeu a 15.212. Assim, para descrever a estimativa populacional, adotou-se a seguinte fórmula utilizada para o cálculo da amostra - população infinita (n > 10.000):


 


n = (Zα/2  .

Onde:

   n = Tamanho da amostra 

   Zα = Coeficiente de confiança 

   p = prevalência 

   q = (1 – p)

   E = Erro amostral 

 


Diante da não factibilidade no estabelecimento da prevalência, adotou-se prevalência (p) de 50% (0,5) e o complemento da proporção da amostra (q) de 50% (0,5). O erro amostral foi de 5% (0,05) e o grau de confiança de 95% (1,96). Assim, a amostra deveria ser composta por 384,16 (≈ 385) pacientes.

A coleta de dados foi iniciada pela apresentação do projeto aos usuários do CEO que aguardavam atendimento nos dias e horários em que a equipe do estudo estava presente. Após aceito o convite e assinado o TCLE, os participantes preencheram um questionário, construído com base em modelos encontrados na literatura sobre Conhecimentos, Atitudes e Práticas sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)(5) e preservativos(6) e validado por quatro juízes enfermeiros e três juízes odontólogos, contendo perguntas objetivas e subjetivas referentes a aspectos sociodemográficos e econômicos e autopercepção, hábitos (meios utilizados na higienização oral, frequência e horário de escovação dental e higienização da língua) e comportamentos em saúde bucal (tempo de substituição da escova dental e acesso ao serviço odontológico público e/ou privado e periodicidade).

Os dados foram tabulados no programa Excel for Windows, versão 2010, e analisados pelo programa Epi Info, versão 7.2.1.0. As variáveis categóricas foram expressas como frequência absoluta e relativa e, para a associação entre elas, foi aplicado o Teste de Qui-quadrado ou o Teste exato de Fisher. Admitiu-se um nível de significância de 5% (P < 0,05).

O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), conforme CAAE 14383119.8.0000.5576 e Parecer nº 3.402.383, emitido em 19 de junho de 2019. Foram seguidos os preceitos éticos das pesquisas envolvendo seres humanos.

 

RESULTADOS

Dos 388 participantes, 77,32% (n = 300) eram do sexo feminino, 38,91% (n = 151) tinham idade igual ou superior a 35 anos e 66,49% (n = 285) se autodeclararam pardos. Em relação ao estado civil, 38,65% (n = 150) dos pacientes eram casados ou estavam em união estável e, quanto à escolaridade, 30,41% (n = 118) tinham ensino médio completo. Sobre a renda familiar mensal, 63,14% (n = 245) dos pesquisados tinham renda de até um salário mínimo. No tocante à moradia, 50,26% (n = 195) dos participantes residiam na zona rural (Tabela 1).


Tabela 1 - Aspectos sociodemográficos e econômicos dos pacientes, Maciço de Baturité, CE, 2019.

 

Variáveis

N

%

Idade

 

 

< 25 anos

146

37,63

25-29 anos

46

11,85

30-34 anos

45

11,59

≥ 35 anos

151

38,91

Sexo

 

 

Feminino

300

77,32

Masculino

86

22,16

Outro

 2

0,52

Cor ou raça

 

 

Branca

65

16,75

Preta

35

9,02

Amarela

11

2,83

Parda

258

66,49

Não declarado

19

4,89

Estado civil

 

 

Solteiro (a) com parceria eventual

 113

29,12

Solteiro (a) com parceria fixa

 106

27,31

Casado (a) ou em união consensual

 150

38,65

Divorciado (a)

13

3,35

Viúvo (a)

6

1,55

Escolaridade

 

 

Ensino Fundamental Incompleto

 49

12,63

Ensino Fundamental Completo

 42

10,82

Ensino Médio Incompleto

 59

15,21

Ensino Médio Completo

 118

30,41

Ensino Superior Incompleto

66

17,01

Ensino Superior Completo

39

10,05

Pós-graduação

15

3,86

Rendaa

 

 

≤ 1salário mínimo

245

63,14

Entre 1 a 2 salários mínimos

64

16,49

Entre 2 a 3 salários mínimos

39

10,05

Entre 3 a 5 salários mínimos

14

3,61

Entre 5 a 10 salários mínimos

2

0,51

Sem renda familiar

24

6,18

Moradia

 

 

Zona urbana

193

49,74

Zona rural

195

50,26

Fonte: Elaboração própria.

aSalário mínimo - R$ 998,00.

 


Quanto à autopercepção da saúde bucal, 54,64% (n = 212) dos participantes consideraram-na boa. No que se refere à frequência e horários de escovação dental, 61,08% (n= 237) e 92,01% (n = 357) dos pacientes relataram realizar a escovação pelo menos 3 vezes ao dia e ao acordar, respectivamente. Dentre os meios empregados na higienização oral, 56,44% (n = 219) dos pesquisados faziam uso de escova e dentifrício e, sobre o tempo de substituição da escova, 31,96% (n = 124) dos participantes realizavam-na a cada 3 meses. Em relação à higienização da língua, 95,87% (n = 372) dos pacientes afirmaram higienizá-la. Sobre o acesso ao serviço odontológico, 58,76% (n = 228) dos pesquisados relataram frequentar a rede pública e 85,31% (n = 331) buscaram atendimento odontológico há 6 meses (Tabela 2).


 

Tabela 2 - Autopercepção, hábitos e comportamentos em saúde bucal dos pacientes, Maciço de Baturité, CE, 2019.

Variável

N

%

Autopercepção da saúde bucal

 

 

Ótima

73

18,81

Boa

212

54,64

Regular

97

25,00

Ruim

6

1,55

Frequência de escovação

 

 

1 vez ao dia

8

2,06

2 vezes ao dia

88

22,68

3 vezes ao dia

237

61,08

4 ou mais vezes ao dia

55

14,18

Horários de escovaçãoa

 

Ao acordar

357

92,01

Após o café-da-manhã

59

15,21

Após o almoço

299

77,06

Após o jantar

95

24,48

Antes de dormir

323

83,25

Meios utilizados na escovação

 

 

Escova dental e dentifrício

219

56,44

Escova dental, dentifrício e fio dental

126

32,48

Escova dental, dentifrício e enxaguante bucal

43

11,08

Frequência de substituição da escova dental

 

 

A cada mês

88

22,68

A cada 2 meses

96

24,74

A cada 3 meses

124

31,96

A cada 6 meses

44

11,34

Quando as cerdas estão desgastadas

36

9,27

Higienização da língua

 

 

Sim

372

95,87

Não

16

4,12

Acesso a serviço odontológico

 

 

Público

228

58,76

Privado

2

0,51

Público e privado

 158

40,72

Última visita ao cirurgião-dentista

 

 

Há 6 meses

331

85,31

≥1ano

57

14,69

Fonte: Elaboração própria.

aPossibilidade de mais de uma resposta.

 


Quando avaliada a associação entre a idade, os meios de higienização oral e o período da última visita ao cirurgião-dentista, observou-se uma relação significativa entre ser participante com idade acima de 40 anos e utilizar dentifrício, escova dental e outros meios (p= 0,036), assim como ser participante com idade inferior ou igual a 40 anos, escovar os dentes mais de 2 x por dia (p = 0,004) e ter buscado atendimento odontológico 6 meses (p = 0,012). Para a relação entre o estado civil, os meios de higienização oral e a escovação da língua, constatou-se uma associação significativa entre ser participante não solteiro e utilizar dentifrício, escova dental e outros meios (p = 0,003) e ser solteiro e não ter o hábito de escovar a língua (p = 0,003) (Tabela 3).


 

Tabela 3 - Associação entre os aspectos socioeconômicos e demográficos e o comportamento em saúde bucal dos pacientes, Maciço de Baturité, CE, 2019

Variáveis

Meios de higienização oral n (%)

Frequência de escovação

n (%)

Higienização da língua

 n (%)

Última visita ao cirurgião dentista n (%)

Valor de P*

 

DEa

DEOb

≤ 2x

>2x

   Sim

   Não

  6 meses

   ≥ 1ano

 

Idade

 

 

 

 

 

 

 

 

 

≤ 40 anos

155 53,63

   134          46,37

61    21,11

2282 18,89

280 96,89

9         3,11

2543   87,89

35       12,11

 

P<0,05

> 40 anos

64 64,65

351 35,35

35 35,35

64 64,65

92 92,03

7     7,07

77    77,78

22 22,22

Estado civil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Solteiro

110 50,23

109 49,77

47 21,46

172 78,54

214 97,72

5     2,28

192  87,67

27 12,33

 

P<0,05

Não solteiro

109 64,50

604 35,50

49 28,99

120 71,01

158 93,49

115   6,51

139  82,25

30 17,75

Escolaridade

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Até EFCc

66 72,53

256 27,47

35 38,46

56 61,54

89 97,80

2     2,20

73    80,22

18 19,78

 

P<0,05

Acima de EFCc

153 51,52

144 48,48

61 20,54

2367 79,46

283 95,29

14   4,71

258  86,87

39 13,13

Renda

 

 

 

 

 

 

 

 

 

≤ 1 SMd

1538 62,45

92 37,55

70 28,57

1759 71,43

235 95,92

10   4,08

210  85,71

35 14,29

 

P<0,05

> 1 SMd

66 46,15

77 53,85

26 18,18

117 81,82

137 95,80

6

4,20         

121  84,62

22 15,38

Fonte: Elaboração própria.

aDE dentifrício e escova dental; bDEO dentifrício, escova dental e outros (fio dental e enxaguatório); cEFC – Ensino Fundamental Completo; dSM- Salário Mínimo. *Teste exato de Fisher; 1P = 0,036; 2P = 0,004; 3P = 0,012; 4P = 0,003; 5P = 0,003; 6P = 0,000; 7P = 0,000; 8P = 0,001; 9P = 0,014.

 


Quanto à associação entre o grau de escolaridade, os meios de higienização oral e a frequência de escovação, verificou-se uma relação significativa entre ser participante com grau de escolaridade inferior ou igual ao ensino fundamental completo e utilizar dentifrício, escova dental e outros meios (p = 0,000), assim como ter grau de escolaridade acima do ensino fundamental completo e escovar os dentes mais de 2 x por dia (p = 0,000). Sobre a renda, os meios de higienização oral e a frequência de escovação dental, houve uma relação significativa entre ser participante com renda inferior ou igual a 1 salário mínimo, utilizar dentifrício e escova dental (p = 0,001) e escovar os dentes mais de 2 x por dia (p = 0,014).

Quando avaliada a associação entre a percepção de saúde bucal, a frequência de escovação e o período da última visita ao cirurgião-dentista, constatou-se uma relação significativa entre ser participante com boa percepção, escovar os dentes mais de 2 x por dia (p = 0,032) e ter buscado atendimento odontológico há 6 meses (p = 0,000). Para a relação entre o período da última visita ao cirurgião-dentista, os meios de higienização oral e a frequência de escovação, observou-se uma associação significativa entre ser participante que buscou atendimento odontológico há no mínimo 1 ano e utilizar dentifrício, escova dental e outros meios (p = 0,003), assim como ter buscado atendimento odontológico há 6 meses e escovar os dentes mais de 2 x por dia (p = 0,001) (Tabela 4).


 

Tabela 4 - Associação entre a percepção em saúde bucal, o período da última visita ao cirurgião-dentista e o comportamento em saúde oral dos pacientes, Maciço de Baturité, CE, 2019

Variáveis

Meios de higienização oral n (%)

Frequência de escovação n (%)

Última visita ao cirurgião- dentista n (%)

Valor de P*

 

DEa

DEOb

≤ 2x

>2x

6 meses

≥1ano

 

Boa autopercepção de saúde bucal

 

 

 

 

 

 

 

Sim

155 54,39

130 45,61

63 22,11

2221 77,89

2542 89,12

31 10,88

 

P<0,05

Não

64 62,14

39 37,86

33 32,04

70 67,96

    77                                             74,76

26 25,24

Última visita ao cirurgião-dentista

 

 

 

 

 

 

 

6 meses

177 53,47

154 46,53

72 21,75

 2594 78,25

_ _

_ _

 

P<0,05

≥ 1 ano

42 73,68

153 26,32

24 42,11

33 57,89

_ _

_ _

Fonte: Elaboração própria.

aDE – dentifrício e escova dental; bDEO – dentifrício, escova dental e outros (fio dental e enxaguatório). *Teste exato de Fisher; 1P = 0,032; 2P = 0,000; 3P = 0,003; 4P = 0,001.


 

DISCUSSÃO

A partir do desenvolvimento dessa pesquisa, foi possível compreender, além do perfil socioeconômico e demográfico e dos aspectos relacionados à autopercepção, hábitos e comportamentos em saúde bucal dos pacientes atendidos no CEO Regional de Baturité, as relações entre esses fatores, o que poderá contribuir para a adoção de medidas de promoção da saúde mais direcionadas a esse público.     

Quando avaliado o perfil dos participantes, o estudo evidenciou um predomínio do sexo feminino, resultado que corroborou com Rosendo et al.(7), os quais relataram, em pesquisa realizada em um CEO de um município do estado da Paraíba, uma maior participação de mulheres. Esse achado reforça a maior procura da população feminina pelos serviços de saúde(8).

Quanto ao maior número de pesquisados com idade igual ou superior a 35 anos, dado que se assemelhou ao de Rosendo et al.(7), pode sugerir um maior acometimento desses indivíduos por doenças bucais e/ou maior busca por serviços odontológicos especializados. Particularmente, a suposição de maior ocorrência de transtornos orais por esse público pode estar vinculada à ação de agentes infecciosos, presença de traumas e adoção de determinados hábitos e estilo de vida, além da possibilidade de decorrer de manifestações de doenças sistêmicas(9).

No que se refere à predominância da cor parda autodeclarada, resultado respaldado pela literatura(8), pode estar relacionado à significativa miscigenação ocorrida na população brasileira(10). Sobre o estado civil, o maior quantitativo de pacientes casados ou em união estável, fenômeno também constatado por Bordin et al.(11), pode resultar do elevado número de adultos e idosos incluídos nessa pesquisa. Quanto à escolaridade, a preponderância de participantes com o ensino médio completo representou um achado relevante, uma vez que a literatura aponta que o nível de escolaridade de uma população está associado diretamente à qualidade e conhecimento em relação à saúde bucal(12).

No tocante ao significativo número de pesquisados que declararam ter uma renda familiar inferior ou igual a um salário mínimo, o que reforça Carreiro et al.(13), pode ser compreendido se analisados os dados do Governo do Estado do Ceará(14) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)(15). Segundo essas instituições, 86,56% dos domicílios da Região de Baturité e 49,6% da população do município de Baturité apresentam uma renda de até um ou meio salário mínimo, respectivamente. Em relação à moradia, o fato de mais da metade dos participantes habitarem a zona rural está de acordo com as informações apresentadas pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE)(16), que apontam uma maior presença de habitantes nessa zona do Maciço.

No que diz respeito à autopercepção da saúde bucal, condição que pode ser determinada pela atuação de fatores biológicos e determinantes sociais, a avaliação positiva por um significativo percentual da população estudada pode advir de suas atitudes adequadas frente à saúde da cavidade oral, como a frequência de escovação, higienização da língua e tempo de busca por atendimento odontológico. É possível ainda que essa autopercepção esteja ligada à função mastigatória, à autoimagem e à ausência de experiência de dor e desconforto, conforme relatado por Santos et al.(17).

Quando avaliada a frequência de escovação, a sua realização, no mínimo, 3 vezes ao dia por um grande número de pacientes, particularmente pelos que tinham idade inferior ou igual a 40 anos, condiz com a literatura, a qual afirma que a higienização dental deve ser efetuada após cada refeição, como estratégia de redução do biofilme e cálculo dental(18).

Para a relação entre o grau de escolaridade e a frequência de escovação, o fato do paciente apresentar um nível de educação superior ao ensino fundamental completo e escovar os dentes mais de 2 x por dia pode ser compreendido se admitido que o maior grau de instrução implica em maior acesso à informação e, consequentemente, maior obtenção de conhecimento e acesso aos serviços de saúde(12).

Sobre a associação entre ser participante com renda inferior ou igual a 1 salário mínimo e escovar os dentes, no mínimo, 3 x por dia, esse dado foi inesperado, já que o status socioeconômico mais elevado vincula-se, não apenas a uma higienização dental mais eficaz e uso de mais meios auxiliares durante a sua realização(19), mas a uma escovação mais frequente.

No tocante aos horários de escovação dental, o hábito de escovar ao acordar, conforme relatado por grande parte dos pacientes, pode ser explicado pela ocorrência de halitose matinal. Contudo, vale mencionar que se recomenda principalmente uma escovação depois do café da manhã e antes de dormir(20).

Quanto aos meios empregados na higienização oral, o uso da escova e dentifrício por mais da metade dos participantes, resultado similar à Thapa et al.(21), embora de encontro às recomendações ditadas, pode decorrer da falta de acesso à informação e/ou maior custo associado ao fio dental e colutório. Particularmente, essas justificativas podem ser concebidas com base no fato de que os pacientes desse estudo com renda inferior ou igual a 1 salário mínimo faziam uso apenas de dentifrício e escova dental na higienização da cavidade oral.

Apesar desse resultado, a utilização de escova, dentifrício e meios auxiliares de higienização oral foi observada entre os participantes com idade acima de 40 anos, resultado que corrobora com Roberto et al.(22) e que pode estar ligado a uma conscientização quanto ao desenvolvimento de patologias bucais e sua possível prevenção pelo uso desses dispositivos.

Especificamente, para a associação entre ser participante não solteiro e utilizar dentifrício, escova dental e outros meios de higienização oral, esse achado pode ser explicado pela influência que a figura do companheiro exerce sobre o autocuidado(23). Além do que, se considerado que o indivíduo não solteiro constitui uma família, a responsabilidade que assume diante da saúde bucal de seus filhos, além de ser ele modelo de comportamento e hábitos de saúde(24), pode justificar o uso de meios de higiene oral adequados para a prevenção de doenças bucais. Entretanto, pesquisa conduzida por Najafi et al.(19) apontou maiores Índices CPOD entre os indivíduos divorciados e viúvos, o que pode provir da não utilização ou uso inadequado dos meios de higiene bucal.

No que diz respeito à relação significativa entre ser participante com grau de escolaridade inferior ou igual ao ensino fundamental completo e utilizar dentifrício, escova dental e outros meios de higienização oral, esse resultado foi surpreendente, já que o nível de escolaridade tem sido diretamente proporcional a hábitos positivos de higienização oral (19,21).

Para o baixo quantitativo da população pesquisada que realizava a substituição da escova dental a cada 3 meses, esse resultado é preocupante, uma vez que a Associação Dentária Americana (ADA) orienta que essa prática deve ocorrer a cada 3 ou 4 meses ou mais precocemente, quando as cerdas estão desgastadas(25).

A respeito da higienização da língua, a maioria dos participantes tinham esse hábito. Esse achado reforça a importância que a prática da higiene lingual exerce sobre a redução do biofilme e prevenção da halitose(26). Sobre a associação entre ser paciente solteiro e não ter o hábito de escovar a língua, ela pode estar vinculada a um menor comprometimento desse indivíduo com a saúde bucal, particularmente se admitido que ele não exerce a função de pai ou mãe de família. Pode-se supor ainda, como fator influenciador dessa relação, a falta de informação por parte desses indivíduos(27).

Sobre o acesso ao serviço odontológico, o número significativo de pesquisados que relataram frequentar a rede pública pode ser facilmente explicado com base no baixo nível socioeconômico apresentado pela população aqui incluída. Com respeito ao elevado quantitativo de participantes que buscaram atendimento odontológico há 6 meses, especialmente aqueles com idade inferior ou igual a 40 anos, esse achado foi inesperado se considerado que a procura pelo cirurgião-dentista por adultos e idosos ocorre, em geral, pela presença de dor(28).

Acerca da relação entre ter buscado atendimento odontológico há 6 meses e escovar os dentes em uma frequência superior a 2 x por dia, esse dado ressalta a importância do odontólogo como um agente que educa, informa e possibilita a difusão do conhecimento, induzindo o paciente à realização de práticas adequadas de autocuidado(29). Embora a procura por atendimento odontológico há no mínimo 1 ano tenha sido associada ao uso de dentifrício, escova dental e outros meios de higienização oral por parte dos pacientes, esse resultado evidencia a importância do cirurgião-dentista na condução de medidas que visam a manutenção, prevenção e restabelecimento da saúde oral.

Com respeito à relação entre a boa percepção da saúde bucal, escovação dental em uma frequência superior a 2 x por dia e busca por atendimento odontológico há 6 meses por parte dos participantes, esse achado ressalta a influência de hábitos e comportamentos em saúde bucal apropriados sobre a autoavaliação positiva desse tipo de saúde. Se admitido que um maior quantitativo de dentes presentes na cavidade oral resulte de atitudes e práticas relacionadas à saúde bucal satisfatórias, pode-se compreender melhor a influência desses fatores na determinação de uma percepção positiva de condição oral(30).

Baseado nesses achados, poder-se-á instituir serviços, ações, programas e políticas que interfiram nos fatores determinantes e moduladores de saúde, no sentido de conscientizar o indivíduo e a comunidade quanto à influência desses fatores na prevenção de doenças e manutenção e restabelecimento da saúde oral e sistêmica. Essa sensibilização deve-se estender ao papel que cada cidadão, profissional e gestor assume frente a esse desafio.

 

 

CONCLUSÃO

A partir dos resultados obtidos, pode-se concluir que a população estudada, apesar do perfil demográfico e econômico desfavorável, apresentou uma boa autopercepção e comportamentos adequados de saúde bucal. Ainda, a idade dos participantes e a autopercepção em saúde oral se associaram a comportamentos em saúde bucal, assim como o estado civil, o grau de escolaridade, a renda e a busca por atendimento odontológico se relacionaram a hábitos de saúde oral.

 

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Submissão: 2021-10-28

Aprovado: 2022-01-21