CONTRIBUIÇÕES DA ARTETERAPIA NO CUIDADO DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS
CONTRIBUTIONS OF ART THERAPY IN THE CARE OF HOSPITALIZED CHILDREN
APORTES DE LA ARTETERAPIA EN LA ATENCIÓN AL NIÑOS HOSPITALIZADOS
1Maria Eduarda de Abreu Velozo
2Suyane Silvestre da Silva
3Laís Magalhães Lima
4Iracema Silva Meireles Suzano
5Ângela Eduarda Costa Silva
6Eliane Maria Ribeiro de Vasconcelos
7Analucia de Lucena Torres
1Graduanda em Enfermagem na Universidade Federal de Pernambuco. Recife - PE, Brasil. Orcid: 0000-0003-0265-9987
2Graduanda em Enfermagem na Universidade Federal de Pernambuco. Recife - PE, Brasil. Orcid: 0000-0002-6898-243X
3Graduanda em Enfermagem na Universidade Federal de Pernambuco. Recife - PE, Brasil. Orcid: 0000-0003-3046-487X
4 Pós-graduanda em Enfermagem na Universidade Federal de Pernambuco. Recife - PE, Brasil. Orcid: 0000-0002-3694-0841
5Graduanda em Enfermagem na Universidade Federal de Pernambuco. Recife - PE, Brasil. Orcid: 0000-0002-4661-1013
6Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco. Recife - PE, Brasil. Orcid: 0000-0003-3711-4194
7Docente do Departamento de Enfermagem Universidade Federal de Pernambuco. Recife - PE, Brasil. Orcid: 0000-0003-2835-160
Autor Correspondente
Maria Eduarda de Abreu Velozo
Endereço: Rua Hermano de Barros e Silva, 5765 A, Candeias, Jaboatão dos Guararapes - PE. Brasil. CEP:54430-080. Contato: +55(81) 99999-4027.
E-mail:eduarda.velozo@ufpe.br
Submissão: 16-04-2023
Aprovado: 29-09-2023
RESUMO
Objetivo: identificar as contribuições do uso da arteterapia no cuidado de crianças hospitalizadas. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada entre os meses de junho e julho de 2022 nas bases: BDENF, CINAHL, LILACS, PubMed, SCOPUS e SciELO. Sem recorte temporal foram incluídos artigos originais, disponibilizados na íntegra em português, inglês e espanhol. Resultados: foram incluídos 5 artigos na amostra final. Identificou-se que a arteterapia é um recurso não farmacológico eficaz para a melhora física e emocional das crianças em período de hospitalização. Conclusão: a arteterapia é uma prática que está incluída na Política nacional de práticas integrativas e complementares na saúde, portanto pode e deve ser utilizada em qualquer cenário do cuidar desde que o profissional seja capacitado para a condução do processo terapêutico que proporcionará uma experiência benéfica a criança hospitalizada.
Palavras-chave: Arteterapia; Saúde da Criança; Hospitalização; Enfermagem.
ABSTRACT
Objective: to identify the contributions of the use of art therapy in the care of hospitalized children. Methodology: this is an integrative literature review, carried out between June and July 2022 in the databases: BDENF, CINAHL, LILACS, PubMed, SCOPUS and SciELO. Without a temporal cut, original articles were included, available in full in Portuguese, English and Spanish. Results: 5 articles were included in the final sample. It was identified that art therapy is an effective non-pharmacological resource for the physical and emotional improvement of children during hospitalization. Conclusion: art therapy is a practice that is included in the National Policy for Integrative and Complementary Practices in Health, therefore it can and should be used in any care scenario as long as the professional is trained to conduct the therapeutic process that will provide a beneficial experience to hospitalized child.
Keywords: Art Therapy; Child's Health; Hospitalization; Nursing.
RESUMEN
Objetivo: identificar las contribuciones del uso de la arteterapia en el cuidado de niños hospitalizados. Metodología: se trata de una revisión integrativa de la literatura, realizada entre junio y julio de 2022 en las bases de datos: BDENF, CINAHL, LILACS, PubMed, SCOPUS y SciELO. Sin corte temporal, se incluyeron artículos originales, disponibles en su totalidad en portugués, inglés y español. Resultados: 5 artículos fueron incluidos en la muestra final. Se identificó que la arteterapia es un recurso no farmacológico eficaz para la mejoría física y emocional de los niños durante la hospitalización. Conclusión: la arteterapia es una práctica que está incluida en la Política Nacional de Prácticas Integrativas y Complementarias en Salud, por lo que puede y debe ser utilizada en cualquier escenario de atención siempre que el profesional esté capacitado para conducir el proceso terapéutico que brindará un beneficio. experiencia al niño hospitalizado.
Palabras clave: Arteterapia; Salud del Niño; Hospitalización; Enfermería.
INTRODUÇÃO
A arte está presente na vida do homem desde os primórdios, mas como base para pesquisas vem sendo utilizada e aplicada desde o século XIX (1). A arteterapia utiliza várias ferramentas artísticas para auxiliar o processo terapêutico que pode ser utilizado na promoção, reabilitação, recuperação e prevenção de agravos da saúde (2). Essa prática foi inserida no Sistema Único de Saúde (SUS) através da Portaria nº 849 de março 2017, em adendo à Portaria nº 145 de janeiro de 2017, integrando-se a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (3).
A arteterapia atua como elemento terapêutico na análise do consciente e do inconsciente e busca interligar os universos interno e externo do indivíduo. É uma arte livre conectada a um processo terapêutico, transformando-se numa técnica especial que pode ser explorada com fim em si mesmo ou na análise/investigação de sua simbologia, como recurso terapêutico. Utiliza diferentes instrumentos como pintura, colagem, modelagem, e a arte como uma forma de comunicação entre profissional e paciente, em processo terapêutico individual ou em grupo, numa produção artística a favor da saúde (4).
A criança durante a hospitalização vive uma experiência fora de sua realidade, longe do seu meio social (familiares-amigos-escola), exposta a uma nova rotina que envolve procedimentos desagradáveis para fim diagnóstico ou terapêutico, entre outras situações estressantes. Constata-se que no contexto hospitalar, algumas reações emocionais são esperadas por parte da criança, sendo as principais: irritabilidade, raiva, medo e ansiedade, passando então a demandar mais dos pais e apresentar maiores necessidades de atenção e auxílio nas atividades cotidianas (5).
Esse período de hospitalização pode afetar a criança de forma geral, fazendo com que as funções psicomotoras, afetivas e cognitivas fiquem enfraquecidas. Dessa forma, a criança hospitalizada precisa estar em contato com atividades lúdicas que possam amenizar o impacto emocional, favorecer a aceitação da hospitalização, acelerar sua recuperação, promover o afeto com outras crianças, como também fortalecer o vínculo familiar (6).
No cenário em tela, a arteterapia colabora para a expressão e o desenvolvimento infantil cognitivo, social e emocional, por vezes impossíveis de serem expressos por meio da linguagem oral. A arte é um recurso para facilitar a comunicação com as crianças, que se comunicam com a fala ou não, pois utiliza gestos, desenhos, esculturas, contribuindo, desse modo, para o desenvolvimento motor, raciocínio e relacionamento afetivo (2).
Deste modo, a arteterapia é um recurso a ser utilizado nos hospitais para promover uma melhor adaptação e estadia da criança. Posto isso, essa revisão integrativa tem por objetivo investigar na literatura as contribuições da arteterapia no cuidado de crianças hospitalizadas.
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada a partir de seis etapas: 1ª etapa: elaboração da pergunta de pesquisa; 2ª etapa: busca ou amostragem na literatura; 3ª etapa: coleta de dados; 4ª etapa: análise crítica dos estudos incluídos; 5ª etapa: discussão dos resultados; 6ª etapa: apresentação da revisão integrativa (7).
A questão de pesquisa foi definida a partir da estratégia PICo,(8) sendo P (População): profissionais da saúde; I (Interesse): contribuições da arteterapia; Co (Contexto): cuidado a crianças hospitalizadas, decorrendo no seguinte questionamento: quais as contribuições da arteterapia no cuidado de crianças hospitalizadas?
A busca dos artigos ocorreu através de dois pesquisadores independentes entre os meses de maio e junho de 2022. Foram utilizadas as seguintes bases de dados: Base de Dados em Enfermagem (BDENF), Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), PubMed e SCOPUS e a biblioteca eletrônica: Scientific Electronic Library Online (SciELO). Para realizar a busca dos artigos foi utilizado o operador booleano AND e os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “arteterapia”, “crianças hospitalizadas” e “enfermagem”, e seus correspondentes em inglês e espanhol.
Após a localização dos artigos, os resultados foram exportados para o software gerenciador bibliográfico Zotero, para identificar e excluir os duplicados. Posteriormente, os artigos foram transferidos para a plataforma online do Rayyan QCRI (9) para leitura dos títulos e resumos, sendo selecionados para leitura na íntegra os artigos que indicavam ter correlação ao objetivo desta revisão. Após a comparação entre os artigos elencados pelos dois pesquisadores, os casos em que houve discordância foram resolvidos por um terceiro pesquisador.
A amostra final foi composta por artigos originais disponibilizados na íntegra a partir do acesso ao Virtual Private Network (VPN) da Universidade Federal de Pernambuco, em português, inglês e espanhol, e sem recorte temporal, visando observar o avanço do cuidado com crianças hospitalizadas utilizando métodos não invasivos, tendo como foco a arteterapia. Foram excluídos os artigos repetidos, de revisão e que não respondessem à pergunta de pesquisa, além da literatura cinzenta.
Em seguida, foi avaliado o nível de evidência, de acordo com as categorias da Agency for Healthcare Research and Quality (AHRQ): Nível I - Revisões sistemáticas ou metanálises de ensaios clínicos relevantes; Nível II - Ensaio clínico randomizado controlado bem delineado; Nível III - Ensaios clínicos bem delineados sem randomização; Nível IV - Estudos de coorte e de caso-controle bem delineados; Nível V - Revisão sistemática de estudos descritivos e qualitativos; Nível VI - Evidências derivadas de um único estudo descritivo ou qualitativo; Nível VII - Opinião de autoridades ou relatório de comitês de especialistas (10). Salienta-se que para a triagem, seleção dos artigos e apresentação dos resultados foram seguidas as recomendações do fluxograma do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (11).
RESULTADOS
Inicialmente, com o cruzamento dos descritores, 313 artigos foram encontrados para leitura do título e do resumo, sendo selecionados 58 artigos para leitura na íntegra. Destes, cinco artigos compuseram a amostra final. Os artigos foram encontrados nas seguintes bases de dados: dois na Scopus, dois na Scielo e um na Cinahl; quanto a sua origem, dois são do Brasil, dois da Índia e um da Finlândia, distribuídos pelos anos de 2006 a 2021.
Quadro 1 - Título, autores, base, país do estudo, ano, objetivo, método, nível de evidência e principais resultados dos artigos selecionados. Recife - PE, Brasil, 2022.
Título, autores, base, país do estudo e ano |
Objetivo |
Método e nível de evidência |
Principais resultados |
- Effectiveness of Art Therapy on Level of Anxiety among Hospitalized School Age Children in a Selected Hospital at Kanyakumari District (12). - Maheswari M, Reena Evancy A. - Cinahl. - Índia. - 2021. |
- Avaliar a eficácia da arteterapia no nível de ansiedade entre crianças em idade escolar hospitalizadas em um hospital selecionado no distrito de Kanyakumari.
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- Estudo quase experimental. - Nível VI. |
- A Arteterapia é uma das melhores intervenções não farmacológicas e de baixo custo para crianças hospitalizadas, foi eficaz na redução do nível de ansiedade entre crianças em idade escolar hospitalizadas. |
- A Arteterapia e o desenvolvimento do comportamento no contexto da hospitalização (13). - Valladares ACF, Carvalho AMP. - Scielo. - Brasil. - 2006. |
- Avaliar o comportamento de crianças com idade de 7 a 10 anos internadas, antes e após intervenção de arteterapia. |
- Estudo quase experimental. - Nível VI. |
- As intervenções de arteterapia foram eficazes, pois promoveram melhoras nas respostas comportamentais dos participantes. |
- A arteterapia e a promoção do desenvolvimento infantil no contexto da hospitalização (14). - Valladares ACF, Silva MTS. - Scielo. - Brasil. - 2011. |
- Avaliar e comparar o desenvolvimento da criança, antes e após as intervenções da Arteterapia, na Unidade de internação pediátrica. |
- Estudo de caso instrumental. - Nível VI. |
- A Arteterapia possibilitou prestar uma assistência globalizada à criança, bem como providenciar um ambiente facilitador e propício ao seu comportamento e desenvolvimento, buscando barrar a estagnação de estímulos. |
- Hospitalized children drawing their pain: The contents and cognitive and emotional characteristics of pain drawings (15). -Kortesluoma RL, Punamäki RL, Nikkonen M. -Scopus. - Finlândia. - 2008. |
- Examinar como crianças hospitalizadas expressam a dor por meio de desenhos. |
- Estudo de entrevista. - Nível VI. |
- A avaliação dos desenhos das crianças foi um auxílio relativamente simples e útil na prática clínica para conhecer as emoções relacionadas à dor das crianças.
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- Effectiveness of art therapy on level of stress and anxiety among pediatric oncology patients (16). - Patil PP, Karale R, Mohite VR, Naregal P. - Scopus. - Índia. - 2021. |
- Avaliar o nível existente de estresse e ansiedade em pacientes oncológicos pediátricos.
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-Estudo quase experimental. - Nível VI. |
- A arteterapia foi uma estratégia eficaz na redução dos níveis de estresse e ansiedade em crianças hospitalizadas com câncer.
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Fonte: Autoria própria (2022).
DISCUSSÃO
Estudos evidenciam a Arteterapia como um método que contribui para a diminuição do estresse e ansiedade, assim como, resulta em melhoras no atendimento, comportamento e emoções das crianças hospitalizadas. É importante o profissional de saúde estar atento as atitudes das crianças, como nervosismo ou choro, e tentar transmitir segurança para ela e sua família, para assim, criar uma relação de confiança durante o período da hospitalização e evitar possíveis complicações (17).
Cada criança tem um ritmo e, sua idade, estilo de vida e realidade influenciam seu modo de enxergar o mundo e no seu tempo de adaptação. O período de hospitalização fica marcado na memória de qualquer pessoa independentemente da idade, seja adulto ou criança. A arteterapia vem contribuir para que o período de hospitalização seja menos traumatizante para que as crianças, seres em desenvolvimento, se sintam acolhidas e capazes de expressar seus sentimentos e emoções. A utilização de materiais variados (pintura, desenho, colagem, escultura, bordado, dança, construção com sucata, entre outras) permite que a criança expanda e reconheça o próprio potencial criativo.
Os estudos realizados no Brasil são voltados para a observação do desenvolvimento e comportamento infantil no período da hospitalização. Os autores (13) avaliam as crianças antes e após as intervenções com Arteterapia, e atestam que as crianças do grupo experimental apresentam progresso significativo da avaliação inicial para a final, por mostrarem maior tranquilidade, respeito, obediência, comunicação, solicitude, relaxamento, independência e controle. Enquanto as crianças do grupo controle não indicaram alterações estatisticamente significativas em relação à avaliação inicial, atestando que as crianças se desenvolvem e interagem melhor quando estimuladas pela arte (18).
Em estudo semelhante no Brasil (14), utilizou-se intervenções de arteterapia com grupo experimental e grupo controle, onde o desenvolvimento infantil foi avaliado durante aquele período hospitalar, e as crianças após as sessões de Arteterapia apresentaram progresso no funcionamento físico, padrões de relacionamento, humor, afeto, equilíbrio, movimento, criatividade e expressão temática, reforçando os achados que as crianças se desenvolvem e interagem melhor quando estimuladas pela arte.
A ansiedade infantil, comum nos hospitais, tem como características a autoproteção e a preocupação em relação a eventos que possam trazer perigo à criança ou seus conhecidos, seus sintomas são facilmente observados, como queixas corporais, palpitação, sudorese excessiva, preocupação e irritabilidade (19), é importante rastrear a ansiedade cedo para evitar que ela se transforme em um transtorno. Os autores (12) constataram que a arteterapia é uma das melhores intervenções não farmacológicas e de baixo custo para crianças hospitalizadas que possuem crises de ansiedade no período de hospitalização. O estudo concluiu que a arteterapia foi eficaz na redução do nível de ansiedade entre crianças em idade escolar, tendo em vista os melhores resultados do grupo controle na diminuição dos níveis de ansiedade em comparação com o grupo experimental.
As crianças com ansiedade encontram na arte um modo criativo de contar suas histórias e ressignificá-las, o que traz esperança para as mesmas (20). Outro estudo realizado na Índia (16), avaliou os níveis de estresse e ansiedade em pacientes pediátricos hospitalizados, o uso do método de intervenção apresentou melhores resultados na diminuição dos níveis de estresse e ansiedade nas crianças hospitalizadas que participaram da intervenção do que as que não participaram, reforçando os achados do estudo (12).
A partir dos dados obtidos (15), que atestam a avaliação dos desenhos das crianças como um auxílio simples e útil na prática para conhecer as emoções relacionadas à própria dor, constatou-se que os desenhos podem fornecer orientações para intervenção do profissional de saúde visando o alívio da dor, redução do sofrimento e da ansiedade no período da criança hospitalizada. Nos desenhos analisou-se o impacto do diagnóstico da doença para a criança no conteúdo, qualidade cognitiva e distúrbio emocional. Assim, usando o método como benefício para o auxílio tanto do profissional, quanto para do paciente.
CONCLUSÃO
A presente revisão constata que as intervenções com arteterapia em crianças hospitalizadas possuem resultados benéficos para a saúde física e emocional. Há melhoras significativas no comportamento, coordenação motora, tranquilidade, respeito, obediência, comunicação, solicitude, relaxamento, independência e ansiedade. Assim como as intervenções arte terapêuticas auxiliam também os profissionais ao terem uma melhor abordagem com o paciente através da observação das suas artes, no qual comumente as crianças expressam suas dores e preocupações.
Sendo assim, a arteterapia se mostra como uma possível prática complementar não invasiva para auxiliar o cuidado com crianças no período de hospitalização, promovendo uma melhor qualidade de vida para as crianças e familiares, como também uma melhor qualidade da assistência prestada. Diante da escassez de artigos sobre o tema, é imprescindível o desenvolvimento de novos estudos para consolidar as evidências científicas nas práticas integrativas e complementares, em particular a arteterapia no Brasil, que tem a mesma incluída na Política Nacional de Prática Integrativa e Complementar no SUS, que regulamenta o uso legal no exercício profissional facilitando o acesso aos profissionais de saúde e à população.
REFERÊNCIA
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Contribuição dos autores
Maria Eduarda de Abreu Velozo. 1. Na concepção e/ou no planejamento do estudo; 2. Na obtenção, na análise e/ou interpretação dos dados; 3. Na redação e/ou revisão crítica e aprovação
Suyane Silvestre da Silva. 2. Na obtenção, na análise e/ou interpretação dos dados; 3. Na redação e/ou revisão crítica e aprovação final da versão publicada.
Laís Magalhães Lima. 2. Na obtenção, na análise e/ou interpretação dos dados; 3. Na redação e/ou revisão crítica e aprovação final da versão publicada.
Iracema Silva Meireles Suzano. 2. Na obtenção, na análise e/ou interpretação dos dados; 3. Na redação e/ou revisão crítica e aprovação final da versão publicada.
Ângela Eduarda Costa Silva. 2. Na obtenção, na análise e/ou interpretação dos dados; 3. Na redação e/ou revisão crítica e aprovação final da versão publicada.
Eliane Maria Ribeiro de Vasconcelos. 1. Na concepção e/ou no planejamento do estudo; 2. Na obtenção, na análise e/ou interpretação dos dados; 3. Na redação e/ou revisão crítica e aprovação final da versão publicada.
Analucia de Lucena Torres. 1. Na concepção e/ou no planejamento do estudo; 2. Na obtenção, na análise e/ou interpretação dos dados; 3. Na redação e/ou revisão crítica e aprovação final da versão publicada.