ARTIGO ORIGINAL  

  CICATRIZAÇÃO DE LESÕES CUTÂNEAS A PARTIR DA MENSURAÇÃO COMO PARÂMETRO DE EVOLUÇÃO

 

HEALING OF CUTANEOUS LESIONS USING MEASUREMENT AS A PARAMETER OF EVOLUTION

 

CURACIÓN DE LESIONES CUTÁNEAS UTILIZANDO LA MEDICIÓN COMO PARÁMETRO DE EVOLUCIÓN

 


https://doi.org/10.31011/reaid-2024-v.98-n.1-art.2032

 

1Thainara Fernanda Alves dos Santos

2Glegston Mateus Maciel Martins

3Naiara Riquelme Ataide Silva

4Denise de Sousa Tavares

5Roxana Braga de Andrade Teles

6Lusineide Carmo Andrade de Lacerda

7Flávia Emília Cavalcante Valença Fernandes

8Rachel Mola

 

1Universidade de Pernambuco (UPE) Campus Petrolina, Pernambuco, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-4429-4947

 

2Universidade de Pernambuco (UPE) Campus Petrolina, Pernambuco, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-9320-9070

 

3Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco, Brasil.  (HU-UNIVASF). Orcid: https://orcid.org/0000-0003-2237-4890

 

4Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco, Brasil.  (HU-UNIVASF). Orcid: https://orcid.org/0000-0001-6035-2516

 

5Universidade de Pernambuco (UPE) Campus Petrolina, Pernambuco, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-9486-5109

 

6Universidade de Pernambuco (UPE) Campus Petrolina, Pernambuco, Brasil. Orcid: http://orcid.org/0000-0002-0698-0105

 

7Universidade de Pernambuco (UPE) Campus Petrolina, Pernambuco, Brasil. Orcid: http://orcid.org/0000-0003-2840-8561

 

8Universidade de Pernambuco (UPE) Campus Petrolina, Pernambuco, Brasil. Orcid: http://orcid.org/0000-0002-0180-2721

 

Autora correspondente:

Rachel Mola

Universidade de Pernambuco, Campus Petrolina, Petrolina, PE, Brasil. Rodovia BR 203, km 2 s/n, Vila Eduardo, 56328-900 Petrolina PE - Brasil. Telefone: +55 (87) 3861-4879. E-mail: rachel.mola@upe.br

 

Submissão: 11-10-2023

Aprovado: 30-11-2023

 

RESUMO

Introdução: Entre as formas de avaliação do processo cicatricial a mais usual é a mensuração da área lesional, que pode ser realizada a partir de técnicas manuais e software. Objetivo: Descrever a cicatrização de lesões cutâneas, a partir da mensuração como parâmetro de evolução. Método: Estudo observacional descritivo, prospectivo, com abordagem quantitativa, desenvolvido em um ambulatório de feridas de referência entre novembro de 2021 a fevereiro de 2022. Realizada com pacientes acometidos por lesão cutânea maiores de 18 anos e de ambos os sexos. Resultados: A amostra totalizou 23 pacientes, com média de idade de 58,8 anos. A maioria homens, com etnia autodeclarada parda, naturalidade Pernambucana e ocupação aposentada. Em relação às médias de redução percentual, os pacientes que tinham entre 20 e 39 anos, que não eram hipertensos, nem tabagistas, e que não faziam uso de anti-hipertensivo apresentaram melhor cicatrização. Assim como, os que apresentavam lesões traumáticas, com tempo de existência menor ou igual a um mês, localizada na mão, pouco exsudativas, com presença de tecido de granulação no leito, sem infecção, necrose, exposição óssea e hipergranulação. Na mesma perspectiva também evoluíram, as que na conduta terapêutica não foi utilizada cobertura antimicrobiana e que a frequência de troca dos curativos era realizada duas vezes por semana. Conclusão: A mensuração da lesão como parâmetro preditivo de evolução, contribui positivamente para avaliação e manejo do processo cicatricial de lesões cutâneas pela equipe de Enfermagem.

Palavras-chave: Cicatrização; Ferimentos e Lesões; Precisão da Medição Dimensional; Assistência Ambulatorial.

 

ABSTRACT

Introduction: Among the ways of evaluating the healing process, the most common is the measurement of the lesional area, which can be carried out using manual techniques and software. Objective: To describe the healing of skin lesions, based on measurement as a parameter of evolution. Method: Descriptive, prospective observational study, with a quantitative approach, developed in a reference wound outpatient clinic between November 2021 and February 2022. Carried out with patients affected for skin lesions over 18 years of age and of both sexes. Results: The sample totaled 23 patients, with a mean age of 58.8 years. Mostly men, with self-declared mixed ethnicity, originally from Pernambuco and retired. In relation to the percentage reduction averages, patients who were between 20 and 39 years old, who were not hypertensive, nor smokers, and who were not using antihypertensive medication showed better healing. As well as those with traumatic lesions, with a duration of less than or equal to one month, located on the hand, with little exudation, with the presence of granulation tissue in the bed, without infection, necrosis, bone exposure and hypergranulation. In the same perspective, the therapeutic approach did not use antimicrobial coverage and the dressings were changed twice a week. Conclusion: The measurement of the lesion as a predictive parameter of evolution, contributes positively to the assessment and management of the healing process of skin lesions by the Nursing team.

Keywords: Wound Healing; Wounds and Injuries; Dimensional Measurement Accuracy; Ambulatory Care

 

RESUMEN

Introducción: Entre las formas de evaluar el proceso de cicatrización, la más común es la medición del área lesional, que puede realizarse mediante técnicas manuales y software. Objetivo: Describir la cicatrización de lesiones cutáneas, a partir de la medición como parámetro de evolución. Método: Estudio observacional, descriptivo, prospectivo, con enfoque cuantitativo, desarrollado en un ambulatorio de heridas de referencia entre noviembre de 2021 y febrero de 2022. Realizado con pacientes afectados para lesiones cutáneas mayores de 18 años y de ambos sexos. Resultados: La muestra fue de 23 pacientes, con una edad media de 58,8 años. En su mayoría hombres, con autodeclaración de etnia mestiza, originarios de Pernambuco y jubilados. En relación a los promedios porcentuales de reducción, los pacientes que tenían entre 20 y 39 años, que no eran hipertensos, ni fumadores y que no utilizaban medicamentos antihipertensivos presentaron mejor curación. Así como aquellos con lesiones traumáticas, con duración menor o igual a un mes, localizadas en la mano, con poca exudación, con presencia de tejido de granulación en el lecho, sin infección, necrosis, exposición ósea e hipergranulación. En la misma perspectiva, el abordaje terapéutico no utilizó cobertura antimicrobiana y los apósitos se cambiaron dos veces por semana. Conclusión: La medición de la lesión como parámetro predictivo de la evolución, contribuye positivamente a la evaluación y manejo del proceso de curación de las lesiones cutáneas por parte del equipo de Enfermería.

Palabras clave: Cicatrización de Heridas; Heridas y Lesiones; Precisión de la Medición Dimensional; Atención Ambulatoria


 


INTRODUÇÃO

 

Mundialmente, as lesões cutâneas configuram-se como um problema de saúde pública, pois,

interferem na qualidade de vida do paciente e de sua rede de apoio, também, demandam de cuidados especializados que elevam os gastos dos serviços assistenciais(1,2). No Brasil, embora haja uma estimativa de que 3% da população tenha algum tipo de lesão cutânea, poucos estudos apresentam informações referentes às formas de avaliação da evolução cicatricial das mesmas(3).

O cuidado com esse tipo de agravo exige atuação multiprofissional, no entanto, a enfermagem exerce papel de destaque frente a esta conduta, visto que, tais ações são intrínsecas a sua assistência com respaldo legal, segundo a Resolução do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) Nº 567/2018, o profissional enfermeiro possui autonomia para avaliar, planejar protocolos, selecionar e indicar novas tecnologias para a prevenção e tratamento de lesões(4,5).

Um dos meios de avaliação mais usuais é a mensuração da extensão da ferida, que pode ser realizada a partir de técnicas manuais e software(6). Para ser fidedigna, é necessário respeitar o padrão metodológico, independentemente da técnica de mensuração escolhida(7). A partir da adoção de ações práticas e eficientes de avaliação, é possível a identificação precoce de alterações intrínsecas e extrínsecas inerentes à cicatrização(8).

Nesse sentido, a avaliação e acompanhamento do processo cicatricial, adotando como parâmetro a mensuração da lesão, permitem ao enfermeiro sistematizar a assistência, traçar o perfil clínico, bem como identificar e analisar os fatores associados à cicatrização. Deste modo, justifica-se a realização desta pesquisa que objetivou descrever a cicatrização de lesões cutâneas, a partir da mensuração como parâmetro de evolução.

 

MÉTODOS

 

Estudo observacional descritivo, prospectivo, com abordagem quantitativa. Integrante do projeto “Ambulatório de feridas como campo de conhecimentos e práticas na formação de acadêmicos de enfermagem”, desenvolvido em um ambulatório de feridas de referência. O mesmo é uma unidade anexa ao Hospital Universitário (HU), localizado no município de Petrolina, Pernambuco.

A população do estudo foi constituída por pacientes com lesões cutâneas acompanhados no ambulatório, no período de novembro de 2021 a fevereiro de 2022. A amostragem foi intencional, do tipo consecutiva, totalizando inicialmente 24 participantes. Foram utilizados como critérios de inclusão ter idade igual ou maior de 18 anos, com lesão cutânea de qualquer etiologia. Um paciente foi excluído em decorrência da discrepância da mensuração obtida da lesão, sendo considerado um outlier; assim, a amostra final foi constituída por 23 participantes. Algumas variáveis apresentaram diferença no número total, devido à perda de algumas informações no instrumento de coleta de dados.

Os dados foram coletados in loco, mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, e aplicação de um instrumento estruturado elaborado pelos pesquisadores. As variáveis de interesse foram relacionadas a caracterização sociodemográfico dos participantes: sexo, idade, faixa etária (em anos), etnia, naturalidade e ocupação; caracterização clínica do paciente: comorbidades, fatores de risco e uso de medicamento; assim como as referentes a caracterização clínica das lesões: etiologia, tempo de existência da lesão, localização corporal, frequência de troca do curativo, grau de contaminação, leito, exsudato e uso de cobertura com antimicrobiano.

A operacionalização ocorreu pela seleção das duas primeiras semanas subsequentes de acompanhamento de cada participante no ambulatório; optou-se por essa padronização pois a mesma representa um indicativo de prognóstico(9-11). Para a mensuração das áreas das lesões dos pacientes, foi considerada a de maior extensão, e escolhida a técnica de comprimento (C) x largura (L), ou seja, a maior dimensão vertical (C), pela maior largura perpendicular (L)(7). A mensuração foi realizada com auxílio de régua milimetrada descartável, contendo as iniciais do paciente e a data de mensuração. Considerando a possibilidade de superestimação do valor real da extensão da lesão, a área foi determinada por meio de geometria elipsoidal, a partir da aplicação do Coeficiente Elipsoidal de Kundin(9,12), representado pela constante 0,785. A avaliação da cicatrização das lesões nas duas semanas, foi realizada pela equação de redução percentual da área representada pela equação abaixo:

 

 


𝐶𝑂𝑖 =

100. (𝑆0 − 𝑆𝑖)

𝑆0

 

 


 

 

 

 

Onde a redução percentual é representada pela variável 𝐶𝑂𝑖, a área do primeiro atendimento e do último são expressas pela variável 𝑆0 e 𝑆𝑖, respectivamente. O resultado de ambas são obtidas conforme o cálculo bidimensional da área (C x L)(7).

A partir do percentual de redução obtido por meio da mensuração das lesões, foi considerado que, a redução a partir de 25% na área da ferida no período das duas semanas de acompanhamento(11) prediz a cicatrização, sendo um reflexo da eficácia do tratamento(9).

Os dados coletados foram tabulados por dupla entrada no programa Microsoft office Excel® 2013, e analisados pelo software estatístico Stata versão 14.0. Os resultados foram apresentados por meio da estatística descritiva com utilização da distribuição de frequência absoluta e relativa.

O estudo obedeceu aos preceitos estabelecidos nas Resoluções Nº 466/2012 e 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde, sendo aprovado pelo comitê de Ética do Centro de Saúde Integrado Amaury de Medeiros (CISAM) da Universidade de Pernambuco, parecer nº 4.149.646, em 11 de julho de 2020.

 

RESULTADOS

 

A amostra final foi constituída por 23 participantes, cuja média de idade foi de 58,8 anos.  A maioria era do sexo masculino (60,8%), de etnia autodeclarada parda (60,8%), naturalidade Pernambucana (60,8%), e ocupação aposentada (34,7%) (Tabela 1).


 

Tabela 1 - Caracterização sociodemográfica dos pacientes atendidos no ambulatório de feridas. Petrolina (PE), Brasil, 2023. (n = 23) 

Variáveis

n

%

Sexo

 

 

   Feminino

09

39,1

   Masculino

14

60,8

Etnia

 

 

   Negra

04

17,3

   Branca

04

17,3

   Parda

14

60,8

   Outra

01

4,3

Naturalidade

 

 

   Pernambuco

14

60,8

   Bahia

06

26,0

   Outra*

03

13,0

Ocupação

 

 

   Aposentado(a)

08

34,7

   Autônomo(a)

05

21,7

   Dono(a) de casa

01

4,3

   Desempregado(a)

02

8,7

   Outro

07

30,4

 Fonte:  Dados da pesquisa. Petrolina, 2023.

 *Outra: Paraíba (PB), Piauí (PI), São Paulo (SP).

 


As informações relacionadas à faixa etária, comorbidades, presença de fatores de risco à saúde, e uso de medicamentos estão descritas na tabela 2. A maioria dos pacientes tinham 60 anos ou mais (56,6%). Entre as comorbidades, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) foi a prevalente (63,6%), e, entre os fatores de risco, predominou o sedentarismo (47,8%). No que se refere ao uso de medicamentos, os hipoglicemiantes não foram prevalentes (30,4%), já os anti-hipertensivos eram usados pela maioria da amostra (52,1%).

Em relação aos resultados das médias de redução percentual, os pacientes entre 20 e 39 anos apresentaram maior cicatrização (53,8%). Entre as comorbidades, os não hipertensos apresentaram redução percentual com média de 30,5%; e, dos fatores de risco analisados, os não tabagistas apresentaram melhor progressão cicatricial, com média de 27,5%. Acerca dos medicamentos, os pacientes que não faziam uso de anti-hipertensivos apresentaram uma média de redução de 30,3%, quando comparado aos usuários de hipoglicemiantes (23,9%).

As variáveis que evidenciaram evolução cicatricial dentro do esperado de acordo com o valor preditivo de redução da área em 25% ou mais, no período estabelecido nesse estudo foram: os pacientes entre 20 e 39 anos, os que não tinham hipertensão como comorbidade, os não tabagistas, e os que não faziam uso de medicamento anti-hipertensivo.


 

Tabela 2 - Médias de redução percentual das lesões segundo a faixa etária, comorbidades, fatores de risco para o desenvolvimento das lesões e uso de medicamentos dos pacientes atendidos no ambulatório de feridas. Petrolina (PE), Brasil, 2023. (n=23)

Variáveis

n

(%)

𝐶𝑂𝑖

Faixa etária em anos

 

 

 

   20-39

03

13,0

53,8

   40-59

07

30,4

36,0

   ≥ 60 anos

13

56,5

13,0

Comorbidades

 

 

 

 Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)*

 

 

 

      Não

8

36,3

30,5

      Sim

14

63,6

21,8

   Diabetes Mellitus (DM)*

 

 

 

      Não

12

54,5

23,4

      Sim

10

 45,4

26,9

 

Fatores de risco

 

 

 

   Etilismo

 

 

 

      Não

16

69,5

24,8

      Sim

7

30,4

26,5

   Tabagismo

 

 

 

      Não

17

73,9

27,8

      Sim

6

29,0

18,4

   Sedentarismo

 

 

 

      Não

12

52,1

26,6

      Sim

11

47,8

23,9

Medicamentos

 

 

 

   Hipoglicemiantes

 

 

 

      Não

16

69,5

23,9

      Sim

7

30,4

28,6

   Anti-hipertensivos

 

 

 

      Não

11

47,8

30,3

      Sim

12

52,1

20,7

 Fonte:  Dados da pesquisa. Petrolina, 2023.

*n=22.

 


A tabela 3 caracteriza os pacientes referente à etiologia, tempo de existência, e localização corporal das lesões, além da frequência de troca dos curativos. Houve prevalência das lesões de origem traumáticas (43,4%); com tempo de existência de 1 a 2 meses (40%); sendo localizadas predominantemente no pé (52,1%). A frequência de troca em uma vez semanal, e três vezes semanais foram igualmente prevalentes, ambas com 43,4%.

No que diz respeito à redução percentual das lesões de acordo com a etiologia, as traumáticas apresentaram maior média de cicatrização (30,0%). Os pacientes que apresentaram lesões com tempo de existência menor ou igual a um mês, apresentaram melhor percentual de redução (32,9%). A região corporal que apresentou maior evolução cicatricial foi a mão (75,3%); e os curativos que eram trocados duas vezes por semana, reduziram mais do que as demais frequências (39,5%). Todas as variáveis apresentaram o valor preditivo cicatricial acima de 25%. 


 

Tabela 3 - Médias de redução percentual das lesões de acordo com a etiologia da lesão, tempo de existência, localização corporal e frequência de troca dos curativos dos pacientes atendidos no ambulatório de feridas. Petrolina (PE), Brasil, 2023. (n = 23)

Variáveis

n

(%)

𝐶𝑂𝑖

Etiologia da lesão

 

 

 

   Traumática

10

43,4

 30,0   

   Lesão por Pressão

1

4,3

28,2

   Vascular Venosa

3

13,0

         13,2         

   Vascular Arterial

3

13,0

 26,1    

   Lesão por Diabetes Mellitus

4

17,3

26,4

   Outra (Traço falciforme)

2

8,7

15,1

Tempo de existência da lesão em meses*

 

 

 

   ≤1

4

20

32,9

   1 a 2

8

 40

          27,9        

   3 a 4

3

15

          26,8        

   5 a 6

1

5

6,2

   7 a 8

1

5

18,8

   >10

3

15

17,6

Localização corporal da lesão

 

 

 

   Mão

1

4,3

75,3

   Braço

1

4,3

72,5

   Sacra

2

8,7

40,7

   Perna

6

26,0

8,0

   Pé

12

52,1

24,2

  Outra

1

4,3

14,7

Frequência de troca do curativo

 

 

 

   Quinzenal

2

8,7

3,6

   Uma vez/semana

10

43,4

          29,3       

   Duas vezes/semana

1

4,3

39,5

   Três vezes/semana

10

43,4

          24,2        

Fonte:  Dados da pesquisa. Petrolina, 2023.

*n=20.

 


Os resultados referentes à presença de infecção, características do leito, quantidade de exsudato, e uso de cobertura antimicrobiana nas lesões, estão descritos na tabela 4. A maioria foi classificada como não infectada (82,6%), com presença de granulação (65,2%) e necrose (56,5%); porém, como menor predominância de exposição óssea e hipergranulação (91,3%). No que diz respeito à quantidade de exsudato, houve prevalência das lesões pouco exsudativas (68,1%); e, as coberturas contendo antimicrobianos em sua composição, foram utilizadas pela maior parte da amostra (60,8%).

Sobre a redução percentual, as lesões não infectadas apresentaram melhor evolução de cicatrização (27,5%). Com relação ao aspecto do leito das lesões, apresentaram melhor evolução aquelas que, continham tecido de granulação (28,3%), não apresentavam necrose (26,2%), não tinham exposição óssea (26,1%), nem hipergranulação (26,3%). No que diz respeito à quantidade de exsudato, as classificadas como pouco exsudativas apresentaram maior média de redução (44,4%). Os pacientes que não utilizaram coberturas antimicrobianas nas lesões, evidenciaram maior evolução (31,3%) (Tabela 4). Todas as variáveis apresentaram o valor preditivo cicatricial acima de 25%, considerado neste estudo.


 

Tabela 4 - Médias de redução percentual das lesões de acordo com a presença de infecção, características do leito, quantidade de exsudato, e uso de cobertura antimicrobiana dos pacientes atendidos no ambulatório de feridas. Petrolina (PE), Brasil, 2023. (n=23)

Variáveis

n

(%)

𝐶𝑂𝑖

Lesão infectada

 

 

 

   Não

19

82,6

27,5

   Sim

4

17,3

14,9

Leito com granulação**

 

 

 

   Não

8

34,7

19,7

   Sim

15

65,2

28,3

Leito com necrose**

 

 

 

   Não

10

43,4

26,2

   Sim

13

56,5

24,7

Leito com exposição óssea

 

 

 

   Não

21

91,3

26,1

   Sim

2

8,7

19,2

Leito com hipergranulação**

 

 

 

   Não

21

91,3

26,3

   Sim

2

8,7

15,0

Pouco exsudato*

 

 

 

   Não

15

68,1

16,8

   Sim

7

31,8

44,4

Cobertura com antimicrobiano

 

 

 

   Não

9

39,1

31,3

   Sim

14

60,8

21,4

Fonte:  Dados da pesquisa. Petrolina, 2023.

**Variáveis presentes em uma mesma lesão simultâneamente. *n=22.

 


 

DISCUSSÃO

 

Os resultados do estudo evidenciaram que os homens são mais acometidos por lesões cutâneas, embora não haja estudos que estabeleçam associação entre o gênero e a incidência de lesões(13). Pode-se inferir que o sexo masculino se expõe mais à eventos traumáticos(14), também, demostram resistência em buscar assistência à saúde devido à questões socioculturais e institucionais(2). O perfil segundo a etnia e ocupação foi semelhante a outros estudos sobre o tema(15,16), provavelmente devido às origens étnicas de miscigenação do Brasileiro, a maioria se autodeclarou parda(17). Com relação à naturalidade, os estados de Pernambuco e Bahia foram predominantes, demonstrando a atuação da Rede Interestadual de Atenção à Saúde do Vale do Médio São Francisco - PEBA, estabelecida entre os estados(18). A maioria era aposentada, convergindo com outros achados indexados na literatura(15,16).

A maior parte dos participantes eram idosos, apresentando como comorbidade e fator de risco prevalentes a HAS e o sedentarismo respectivamente. Tais achados convergem com outros estudos, que evidenciam a população idosa como mais acometida por lesões cutâneas(14,15). Geralmente as alterações fisiológicas, comuns no envelhecimento, aumentam a predisposição a comorbidades, dentre elas a HAS, que prejudica a perfusão tissular(14,15); e, quando associado ao sedentarismo, contribui para o surgimento desse agravo(14).

Quanto ao uso de medicamentos, os anti-hipertensivos eram usados pela maioria dos participantes, resultado condizente com o perfil de outros estudos, onde os pacientes geralmente fazem uso de terapia farmacológica para o controle e tratamento de doenças crônicas e degenerativas(2,14,15).

Os resultados referentes à redução percentual das lesões foi maior nos pacientes com faixa etária entre 20 a 39 anos de idade, assim como os não hipertensos e os não tabagistas. Pode-se sugerir deste modo que, o processo cicatricial positivo sofre interferência multifatorial, compreendendo em desordens celulares, de natureza fisiológica, à exemplo da idade, e comportamental, como o desenvolvimento de comorbidades(19).

No que se refere ao uso de medicamentos, os pacientes que faziam uso de hipoglicemiantes, apresentaram maior média de cicatrização, corroborando com a afirmativa de que altas taxas de glicose no sangue decorrente do DM, interferem na angiogênese, acarretando em isquemia tecidual(2,14,15). Já no que diz respeito ao uso de anti-hipertensivos, os pacientes que não faziam uso, apresentaram maior média de redução percentual; achados semelhantes discorrem sobre sua ação farmacológica, que pode resultar na redução da circulação sanguínea, das trocas gasosas e de nutrientes, tornando o tecido vulnerável ao desenvolvimento de feridas (20-21).

No que diz respeito à etiologia das lesões, as traumáticas foram predominantes, tal resultado pode ter relação com o fato de que o público masculino é mais exposto a eventos comprometedores da integridade física, a exemplo dos acidentes automobilísticos(14). Correlacionado-se também com o fato que o ambulatório é uma unidade anexa a um serviço hospitalar de referência no atendimento de acidente de transporte terrestre(18), e recebe via regulação, os pacientes que necessitam de tratamento especializado(22).

Acerca do tempo de existência e a localização corporal da lesão, a maioria foi classificada como aguda, localizada nos pés; pode-se observar portanto, que tais resultados corroboram com estudos que referem uma relação entre o tempo reduzido de existência de uma lesão com sua natureza aguda(5); além de, com respeito ao segmento corporal, os membros inferiores serem os mais acometidos em decorrência de eventos traumáticos que em sua maioria são inerentes a acidentes de trânsito(23,24). A troca dos curativos eram realizadas majoritariamente na frequência de uma vez, seguido de três vezes por semana. A escolha da periodicidade é relativa à indicação de troca da cobertura utilizada e à saturação da cobertura(2,25).

Os resultados da redução percentual das lesões com relação à etiologia e tempo de existência revelou que as de origem traumática, com tempo menor ou igual a um mês de existência, apresentaram melhor evolução cicatricial. Pode-se inferir que, isso ocorre devido a resposta imediata do processo de reparo tecidual desse tipo de lesão, apresentando assim, um tempo de restabelecimento mais rápido, ou seja, no período previsto sem intercorrências(19). Na mesma perspectiva de evolução cicatricial, as lesões localizadas na região das mãos tiveram reduções mais expressivas, o que pode ser explicado por essa região apresentar maior facilidade de suprimento sanguíneo quando comparado às extremidades inferiores(15).

Em relação à frequência de troca dos curativos, os que eram realizados duas vezes por semana tiveram reduções mais expressivas neste estudo. A periodicidade de troca de qualquer curativo deve ser determinada pelo profissional de enfermagem, a partir dos sinais e características observados na lesão, à exemplo do nível de exsudação e etiologia da lesão; além disso, o profissional deve considerar as recomendações e prazos específicos para o manuseio das coberturas utilizada(25,26). Desta forma, ressalta-se que, a definição da frequência de troca do curativo não deve ser determinada por meio de análise isolada, mas a partir de evidências clínicas e científicas (25).

Segundo o presente estudo, a maioria das lesões não era infectada, apresentava tecido de granulação em seu leito, e também era pouco exsudativa. No tocante das coberturas, as que continham antimicrobianos foram utilizadas pela maioria. Nesse contexto, a escolha da terapia tópica contribuirá na gestão do exsudato, que, em grande quantidade predispõe a infecção e retarda a cicatrização, porém, na quantidade necessária, mantêm o leito úmido o suficiente para epitelização com tecidos de granulação saudável(25). Além disso, o uso de coberturas com antimicrobianos de forma profilática, especialmente em pacientes com comorbidades crônicas, pode ser indicado, mediante avaliação criteriosa de sinais sugestivos de complicações e estagnação cicatricial (27).

Os resultados das médias de redução percentual de acordo com a presença ou não de infecção na lesão, evidenciaram que, as não infectadas e com granulação em seu leito, apresentaram cicatrização mais rápida. A infecção é um dos principais contribuintes para o retardo cicatricial, visto que, as células envolvidas no processo mantêm-se ativas para reverter o fator causal(19). Nessa perspectiva, feridas com condução terapêutica dentro do esperado, com tecido de granulação viável, sem interferências adversas com relação ao leito, evoluem melhor(19,25).

Ainda sobre os resultados envolvendo o leito da lesão, aquelas com presença de necrose, exposição óssea, e hipergranulação; apresentaram menor média de redução percentual, comparado às lesões que não apresentavam tais características. Os fatores supracitados são impeditivos para o reparo tecidual; a presença de tecido desvitalizado configura-se como fator local de barreira mecânica para cicatrização(25). Da mesma forma atua a hipergranulação, que decorre da umidade inadequada no leito da lesão(28); bem como a exposição óssea, aumenta a vulnerabilidade à infecção, desencadeando um desafio para cicatrização(29).

Foi identificado nesse estudo, que as lesões com pouca quantidade de exsudato apresentaram maior média de redução percentual, assim como aquelas em que não era aplicada coberturas com antimicrobianos. A preparação do leito conforme a necessidade da lesão é imperioso no manejo da sua gestão, o controle do exsudato é essencial para evolução cicatricial, visto que, o déficit predispõe a desvitalização tecidual e o excesso proporciona sítio de infecção e maceração de áreas circunvizinhas(30).

Ainda na perspectiva da conduta terapêutica, a maioria dos pacientes não tinha lesão infectada, sendo assim, as coberturas antimicrobianas eram mais utilizadas. A ação antimicrobiana local, embora faça parte da conduta terapêutica, quando aplicada indiscriminadamente, pode acarretar, à depender do princípio ativo utilizado, em resistência microbiana(31). Desta maneira, reitera-se a importância de avaliar e conduzir a terapêutica das lesões de acordo com seu atual estágio(30,31), mas também incluir análise de cultura, visto que esses microrganismos podem sofrer mutações e resistências ao longo do tratamento (32) .

Os achados da presente pesquisa mostram a importância da realização de estudos sobre o uso da mensuração de lesões cutâneas, com base em requisitos padronizados, como ferramenta de avaliação do processo cicatricial. Pode-se inferir também que, a atuação da equipe de enfermagem no ambulatório, encontra-se alinhada ao conhecimento das lesões e suas intervenções terapêuticas, pois a maioria alcançou o valor preditivo cicatricial considerado neste estudo. Tais conhecimentos devem ser compreendidos como uma etapa crucial na sistematização do cuidado, bem como, contribua para a Enfermagem como atualização científica acerca de tais estratégias de cuidados.

A limitação encontrada para a realização desta pesquisa esteve relacionado à dificuldade de aprofundamento da discussão, decorrente da escassez de estudos que aplicassem o coeficiente de redução percentual para o cálculo do valor preditivo cicatricial das lesões. Assim, espera-se a realização de novas pesquisas, que busquem evitar a superestimação, sob a perspectiva da redução percentual da área.

 

CONCLUSÃO

 

A realização deste estudo permitiu descrever a cicatrização de lesões cutâneas, a partir da mensuração como parâmetro de evolução. Os resultados revelaram que a maioria das variáveis atingiram o valor preditivo cicatricial esperado, entre elas, os pacientes com faixa etária entre 20 e 39 anos, os não hipertensos e não tabagistas, e os que não faziam uso de anti-hipertensivo.

Referente às características clínicas das lesões, as que atingiram a redução percentual estabelecida foram as de origem traumática, com tempo de existência menor ou igual a um mês, localizadas na mão, pouco exsudativas, com presença de tecido de granulação no leito; sem infecção, necrose, exposição óssea e hipergranulação. Também evoluíram dentro da margem preditiva cicatricial as lesões nas quais, na conduta terapêutica não era utilizada cobertura antimicrobiana, e as que a frequência de troca dos curativos eram realizadas duas vezes por semana, segundo a demanda e as características de cada lesão.

Conclui-se portanto, que a mensuração da lesão como parâmetro preditivo de evolução, contribui positivamente para avaliação e manejo do processo cicatricial de lesões cutâneas pela equipe de Enfermagem.

 

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Agradecimento

À equipe gestora e assistencial de Enfermagem atuante no ambulatório.

 

Critérios de autoria (contribuições dos autores)

Concepção ou desenho do estudo: Mola R, Fernandes FECV.

Coleta de dados: Santos TFA, Martins GMM

Análise e interpretação dos dados: Mola R, Fernandes FECV.

Redação do artigo ou revisão crítica: Santos TFA, Fernandes FECV, Mola R, Teles RBA, Lacerda LCA, Silva NRA, Tavares DS.

Aprovação final da versão a ser publicada: Mola R, Fernandes FECV, Silva NRA.

 

Declaração de conflito de interesses: Nada a declarar.

Fomento: A pesquisa não recebeu financiamento.

 


Editor Científico: Ítalo Arão Pereira Ribeiro. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-0778-1447
Editor Associado: Edirlei Machado dos-Santos. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-1221-0377

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rev Enferm Atual In Derme 2024;98(1): e0242