ARTIGO ORIGINAL

 

PLANO DE ALEITAMENTO MATERNO: DESENVOLVIMENTO DE MATERIAL DIDÁTICO EDUCACIONAL PARA USO COMPARTILHADO EM REDE

 

BREASTFEEDING PLAN: DEVELOPMENT OF EDUCATIONAL DICTATIC MATERIAL FOR SHARED USE IN NETWORK

 

PLAN DE LACTANCIA MATERNA: DESARROLLO DE MATERIAL DIDÁCTICO EDUCATIVO PARA USO COMPARTIDO EN LA RED

 

https://doi.org/10.31011/reaid-2024-v.98-n.3-art.2294

 

1Bruna Piahui dos Santos

2Ana Paula Xavier Ravelli

3Gisele Basso Zanlorenzi

4Elen Petean Parmejiani

5Silvana Regina Rossi Kissula Souza

6Juliane Dias Aldrighi

7Rafaella Pereira Martins

8Marilene Loewen Wall

 

1Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-4046-8826

2Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-4095-758X

3Conselho Regional de Enfermagem do Paraná, Curitiba, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-6111-9326

4Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-0512-8172

5Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1679-4007

6Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9270-7091

7Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Brasil. https://orcid.org/0009-0000-4622-6572

8Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-1839-3896

 

Autor correspondente

Juliane Dias Aldrighi

Rua Jaguariaíva, nº 512, Caiobá – UFPR Litoral – Matinhos/PR - Brasil. CEP 83260-000. +55(41) 99188-7411. E-mail: juliane.aldrighi@gmail.com

 

RESUMO

Objetivo: Descrever o processo de construção do material didático “Meu plano de aleitamento materno” para educação, apoio e promoção do aleitamento materno para gestantes e pessoas lactantes. Método: Este é um estudo metodológico realizado em três fases: diagnóstico situacional, revisão de literatura e contextualização da prática profissional, e construção da tecnologia educacional baseada em políticas públicas e programas de aleitamento materno brasileiros. O estudo ocorreu de março de 2022 a outubro de 2023 e utilizou-se o software Canva para construção do produto. Resultados: Desenvolveu-se uma tecnologia nova que integra educação e cuidado em saúde por meio do plano de aleitamento materno. Considerações finais: Considera-se que o material didático intitulado “Meu plano de aleitamento materno” é um recurso que poderá contribuir para promover a autonomia da mulher no ciclo gravídico-puerperal e pode ser utilizado na enfermagem para educar, promover e apoiar o aleitamento materno em diversos níveis de atenção à saúde.

Palavras-chave: Aleitamento Materno; Enfermagem; Tecnologia; Desenvolvimento Sustentável.

 

ABSTRACT

Objective: To describe the process of developing the educational material “My Breastfeeding Plan” for education, support, and promotion of breastfeeding for pregnant and lactating individuals. Method: This is a methodological study conducted in three phases: situational diagnosis, literature review and contextualization of professional practice, and the construction of educational technology based on Brazilian public policies and breastfeeding programs. The study took place from March 2022 to October 2023, using Canva software for product development. Results: A new technology was developed that integrates education and health care through the breastfeeding plan. Final considerations: The educational material entitled “My Breastfeeding Plan” is considered a resource that can contribute to promoting women’s autonomy during the perinatal period and can be used in nursing to educate, promote, and support breastfeeding at various levels of health care.

Keywords: Breast Feeding; Nursing; Technology; Sustainable Development.

 

RESUMEN

Objetivo: Describir el proceso de construcción del material didáctico “Mi plan de lactancia materna” para la educación, apoyo y promoción de la lactancia materna para gestantes y personas lactantes. Método: Este es un estudio metodológico realizado en tres fases: diagnóstico situacional, revisión de literatura y contextualización de la práctica profesional, y construcción de la tecnología educativa basada en políticas públicas y programas de lactancia materna brasileños. El estudio se llevó a cabo de marzo de 2022 a octubre de 2023 y se utilizó el software Canva para la construcción del producto. Resultados: Se desarrolló una tecnología inédita a nivel nacional que integra educación y cuidado en salud a través del plan de lactancia materna. Consideraciones finales: Se considera que el material didáctico titulado “Mi plan de lactancia materna” es un recurso eficaz para promover la autonomía de la mujer en el ciclo gravídico-puerperal y puede ser utilizado en enfermería para educar, promover y apoyar la lactancia materna en diversos niveles de atención a la salud.

Palabras clave: Lactancia Materna; Enfermería; Tecnología; Desarrollo Sostenible.

 

 

INTRODUÇÃO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo (AME) até os seis meses de vida do bebê e complementado até os dois anos(1). No Brasil, o Ministério da Saúde reforça que o aleitamento materno (AM) é vital para nutrir, formar vínculo, promover afeto e reduzir a morbimortalidade infantil(2). Contudo, uma análise geoespacial indica que o país tem menos de 5% de chance de atingir a meta de 70% de prevalência de AME até 2030(3).

O avanço dos indicadores de AM é uma urgência internacional e contribui para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para 2030. O AM ajuda a reduzir pobreza, desigualdade social, promove saúde, bem-estar, desenvolvimento infantil e empoderamento feminino(4). No Brasil, a taxa de AME aumentou de 39,0% em 2006 para 45,8% em 2019, mas ainda é insuficiente(5).

Pesquisas apontam a necessidade de maior promoção e apoio ao AM na Atenção Primária à Saúde (APS) e hospitais, com enfermeiros qualificados desempenhando um papel crucial. Esses profissionais utilizam tecnologias que potencializam a prática profissional no cuidado materno-infantil(6) e demonstram ações positivas no manejo do AM devido ao vínculo com a comunidade e ao conhecimento científico(7).

Em contrapartida, estudos indicam que gestantes e puérperas têm conhecimento limitado sobre o AM(8-9), e tecnologias de saúde são fundamentais na educação em saúde. As Tecnologias Cuidativo-Educacionais (TCE) surgem como respostas inovadoras e resolutivas, baseadas em trocas de experiências práticas(10). Assim, o conhecimento e a habilidade do enfermeiro sobre o manejo do aleitamento materno são importantes para o serviço de saúde, e o uso de tecnologias é essencial para ampliar a possibilidade de sucesso desse ensino às gestantes e puérperas. Os recursos tecnológicos guiados pela orientação do profissional potencializam a aprendizagem pretendida, embora nem sempre estejam disponíveis(11).

Em 2019, a OMS iniciou a construção de uma estratégia global em saúde digital, fomentando o apoio à informatização por conhecimentos e experiências entre organizações, empresas e usuários via celulares, tablets e computadores, com o objetivo de promover o bem-estar em longo alcance. Essa estratégia tem sido promovida pela enfermagem e compreende a apropriação de recursos de tecnológicos para intermediar o cuidado desde a identificação até a propostas para resolução problemas de saúde com informações seguras e abrangentes(11). Porém, o desenvolvimento desses recursos tecnológicos ainda é um processo em crescimento na enfermagem. Nesse sentido, há escassez de pesquisa metodológica sobre planos de AM e seu uso na rede de saúde.

Assim, este estudo desenvolveu uma ferramenta educacional para mulheres e pessoas lactantes no ciclo gravídico-puerperal que atua como um recurso tecnológico para aprimorar a prática profissional do AM por enfermeiros, aplicável na atenção primária e hospitalar. Portanto, o objetivo foi descrever o processo de construção do material didático “Meu plano de aleitamento materno” para educação, apoio e promoção do aleitamento materno para gestantes e pessoas lactantes.

 

MÉTODO

Trata-se de uma Pesquisa Metodológica desenvolvida a partir do processo de construção de Tecnologia Educacional(12), realizada no período de março de 2022 a outubro de 2023, dividida em três fases: 1) diagnóstico situacional; 2) contextualização da problemática com a prática profissional e com a literatura; 3) construção de TCE.

O diagnóstico situacional foi realizado em quatro etapas: levantamento de problema de pesquisa; escolha do tema; elaboração da questão norteadora e definição do objeto de pesquisa.

O problema de pesquisa emergiu de uma fragilidade na prática profissional da pesquisadora, baseada nos desafios encontrados no contexto assistencial quanto ao AM. Ao buscar dados institucionais sobre assunto, constatou que no último quadriênio 2019-2022, o hospital-escola de uma Universidade Federal do sul do Brasil, onde atua a primeira autora, fez um monitoramento interno em que foram evidenciadas fragilidades na Política de Aleitamento Materno. Essa situação indicou que a promoção e o apoio do aleitamento materno estavam abaixo do estabelecido. Em 2023, uma avaliação trienal realizada pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA-PR) determinou que o hospital-escola deveria reformular as estratégias para uma nova avaliação de recertificação de Hospital Amigo da Criança.

Para isso, a exigência era de que a instituição: a) possuísse uma política de AM escrita que fosse rotineiramente transmitida a toda equipe de cuidados de saúde e que estivesse em conformidade com o Código Internacional de Substitutos do Leite Materno – Lei nº 11.265/2066 (NBCAL), com a iniciativa Cuidado Amigo da Mulher, bem como que promovesse a permanência da mãe ou do pai durante o internamento e acesso livre de ambos ao recém-nascido; b) Capacitasse toda a equipe de cuidados de saúde nas práticas necessárias para implementar essa política; c) informasse todas as gestantes sobre os benefícios e o manejo do AM; e, d) incentivasse o AM sob livre demanda. Assim, a escolha do tema partiu da necessidade institucional e profissional, aliada à relevância para a saúde materno-infantil, uma área de afinidade da pesquisadora e compatível com a linha de pesquisa do Mestrado Profissional.

A elaboração da questão norteadora resultou do problema de pesquisa, da prática profissional e da necessidade de intervenções que melhorem o suporte aos profissionais e o entendimento do público. Isso gerou a necessidade de criar uma TCE para ampliar e tornar acessível a orientação do AM para gestantes, lactantes e comunidade. Assim, formulou-se a questão norteadora: Como a enfermagem pode ampliar a prática do cuidado e da educação na promoção e no apoio ao AM?

A segunda fase, denominada exploratória, associou a contextualização da problemática com a prática assistencial, que tem como objetivo melhorar as dimensões da educação, cuidado e gestão inerentes à profissão. Para tanto, foi realizada busca não sistematizada da literatura, na intenção de encontrar estudos de aplicação de tecnologias para o manejo do AM, bem como políticas públicas relacionadas ao tema.

Durante a busca, detectou-se a existência de um protocolo validado, mas que poderia ser aperfeiçoado e adaptado para serem facilmente compreendidas por pessoas leigas que necessitam de automanejo para o AM. O “Protocolo de Manejo Clínico de Aleitamento Materno da Atenção Primária de Saúde”(13), validado e chancelado pelo Conselho Regional de Enfermagem do Paraná em 2023, foi eleito e utilizado juntamente com a literatura, Programas e Políticas Públicas relacionados ao tema AM no Brasil como referencial teórico deste estudo.

A terceira e última fase compreendeu a construção do material didático em cinco etapas: seleção de conteúdo para inclusão no plano de amamentação; criação artística e design; revisão ortográfica; registro de tecnologia e disponibilização de material.

Para a seleção de conteúdo, o protocolo previamente validado, assim como os vídeos contidos nele, foram sintetizados e adaptados para facilitar a compreensão de pessoas leigas, sendo autorizada a reprodução via termo de consentimento(13). O conteúdo do protocolo foi revisado para o item de manejo de mastite de acordo com a atualização da Academia de Medicina do Aleitamento Materno, em 2022, e adicionada redação de serviços de apoio do Banco de Leite Humano e Unidade Básica de Saúde.

A linguagem de gênero e inclusiva utilizada na preparação da tecnologia manteve o uso da linguagem usualmente instituída em documentos oficiais do referencial teórico utilizado e possibilitou substituir “mulher” por “pessoa” e “mãe que amamenta” por “pessoa lactante”. Os termos “mulheres” e “mães” referem-se exclusivamente às pessoas que dão à luz e que amamentam, que são linguagem cisnormativa(14). Contudo, essa linguagem pode não representar com totalidade a população-alvo do estudo e pode ser imprecisa.

Para criação artística e design foi utilizado o software online Canva. Buscou-se padronizar linguagem, ilustração, layout e design considerados na elaboração do material educativo em saúde com o objetivo de facilitar a leitura e atingir o público-alvo. Para direcionar os vídeos e imagens disponíveis no YouTube(13), foi necessário converter o link em QR Code.

A etapa de revisão ortográfica foi direcionada ao profissional especialista na área com posterior registro e obtenção de ISBN 978-65-00-93367-3 via online pelo site da Câmara Brasileira do Livro. Este trabalho respeitou as exigências éticas e científicas baseadas na Resolução n.º 510/16 do CNS e na Lei n.º 9.610/98 da Casa Civil(15-16).

 

RESULTADOS

O material didático produzido e nomeado “Meu Plano de Aleitamento Materno”, apresenta um planejamento para que a pessoa lactante explore as orientações de manejo no aleitamento nos 1000 dias, tempo que compõe a gestação e o AM até os dois anos de idade. O produto contém 37 páginas, com figuras e 12 QR Code e/ou link para acessar vídeos no YouTube. A estrutura e composição do material didático é apresentada de forma sequencial do período da gestação ao puerpério, conforme o Quadro 1.

 

Quadro 1 – Estrutura de apresentação do conteúdo. Curitiba, Paraná, Brasil, 2024.

Página

Estrutura

Tópico

-

capa

Meu plano de aleitamento materno

02

folha de rosto

Minhas dúvidas

03

texto

Hora de planejar o aleitamento materno

04

texto

A decisão de amamentar

05-09

texto e figura

Direitos para o aleitamento materno

10

texto

Benefícios do aleitamento materno para o bebê

11

texto

Benefícios do aleitamento materno para a mulher, sociedade e ambiente

12

texto e figura

Você percebe as mudanças nas mamas com a sua gestação?

13

texto e figura

Pré-natal para amamentar

14

texto e figura

Nasceu! E o leite, quando vem?

15-16

texto e figura

Meu bebê prematuro

17

texto

Check List para o aleitamento materno em UTI Neonatal

18

texto e figura

Posição Canguru

19

texto

Quando e quanto amamentar?

20

texto e figura

Como estimular a produção de leite materno?

21

texto e figura

Como preparar o recipiente para armazenar leite humano em casa?

22

texto e figura

Como extrair e armazenar leite humano em casa?

23

texto e figura

Como armazenar o leite materno?

24-26

texto e figura

Dor, inchaço e vermelhidão! Mastite puerperal?

27-28

texto, figura e QR Code e link

Meu bebê engasgou! E agora?

29

texto

Banco de Leite Humano

30

texto

Unidade Básica de Saúde

31-32

texto

Saiba mais

33-34

QR Code, link e texto

Meus vídeos, dicas e técnicas

35-36

texto

Referências

 

A página inicial contempla espaço para que a usuária da TCE anote eventuais dúvidas antes das consultas com profissionais da saúde, como, por exemplo, a possibilidade de amamentar quando em uso de determinado medicamento.

A página 02 disponibiliza o conteúdo apresentado no material com espaço para que seja conferido pelo profissional de saúde ou pela pessoa atendida se aquelas informações foram reforçadas. Em seguida, das páginas 05 a 11, é esclarecido que cabe à pessoa lactante sua autonomia, seus direitos para garantir o AM desde o nascimento em território nacional, síntese dos benefícios do AM a curto e longo prazo para o bebê, a mãe, a sociedade e o meio ambiente. Os itens “Você percebe as mudanças nas mamas com a sua gestação?” e “Pré-Natal para amamentar”, apresentados nas páginas 12 e 13, informam o que pode mudar nos seios e que tipos de cuidados devem ser tomados.

Para o momento do nascimento, a possibilidade de parto prematuro e a posição Canguru, descritas nas páginas 14 a 18, incentivam o contato pele a pele e a importância de estimular a produção de leite materno e da sua essencialidade para o bebê pré-termo, além de apresentar check list para o aleitamento em UTI Neonatal.

As páginas 19 a 26 orientam quando e quanto amamentar, técnicas para estimular a produção de leite, preparo de recipiente, como extrair e como armazenar o leite humano; e, para casos de dor nas mamas com sinais de mastite puerperal, descrevem como deve ser realizado o manejo com orientações específicas.

O conteúdo “Meu Bebê engasgou! E agora?” disponibiliza, nas páginas 27 e 28, texto, figura, QR Code e link com orientação sobre identificação de engasgo, manobra de reanimação básica e especializada.

Informações sobre divulgação e contato para as lactantes que desejam doar leite materno após estabelecer a amamentação e enfatizar o acompanhamento em Unidade Básica de Saúde, assim como o programa de oferta de teleatendimento realizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, ficam disponíveis nas páginas 29 e 30. Para gestantes e lactentes de outras regiões, orienta-se verificar em sua região a disponibilidade de apoio.

Com o objetivo de ampliar assuntos referentes ao tema, foi inserido nas páginas 31 e 32 o tópico “Saiba mais”. Os QR Codes e links disponíveis nas páginas 33 e 34 abordam técnicas para auxiliar a amamentação, os quais seguem uma ordem estabelecida, conforme o Quadro 2.

 

Quadro 2 – Organização de vídeos gerados pelo QR Code. Curitiba, Paraná, Brasil, 2024.

QR Code

Técnicas

01

Posicionamento da mãe, bebê e pega correta

02

Como saber se o bebê está mamando?

03

Técnica da mão bailarina

04

Massagem no mamilo para retirada de leite materno

05

Manejo de mamilos planos e invertidos

06

Almofada de amamentação

07

Tipoia de amamentação

08

Como fazer a sua própria rosquinha de amamentação?

09

Para que serve e como utilizar o coletor de leite materno?

10

Extração de leite materno com uso de bombas extratoras

11

Oferta de leite sem o uso da mamadeira

 

DISCUSSÃO

Embora a evolução das tecnologias educacionais tenha fomentado pesquisas na Enfermagem e estimulado a criação de materiais didáticos para a educação, apoio e promoção do AM(6), a tecnologia por si só não basta, pois os profissionais têm um papel fundamental nesse processo. O AM é crucial para o desenvolvimento infantil, devendo ser promovido em todas as fases da maternidade e, para isso, a pessoa lactante precisa de orientação desde o pré-natal até os dois anos de vida da criança ou mais(17). Observa-se, assim, que são necessárias estratégias articuladas entre os serviços de saúde para fortalecer essa prática possibilitar intervenções positivas destinadas a esse público. Assim, a tecnologia atua como uma ferramenta valiosa, mas é a sinergia entre essa ferramenta e a intervenção dos profissionais de enfermagem que realmente potencializa a promoção do AM(10).

Um estudo realizado para avaliar a técnica de amamentação em primíparas indicou que 59% das pessoas lactantes apresentam técnica incorreta de AM, e indicam sistema educativo para melhorar a performance(18). Neste sentido, deve ser proporcionado o conhecimento para automanejo, direitos e oportunidade para outros serviços de apoio e técnicas, por meio de investimento científico na construção de tecnologias com linguagem simples e acessível, que facilite a compreensão dessas gestantes e puérperas. A estrutura da TCE optou pela comunicação escrita, com disponibilidade de recursos multimídia. Essas considerações reforçam os aspectos de planejamento, criação e intervenção de ruídos que interfiram no processo de comunicação.

No que tange ao conteúdo, o material didático criado reúne inicialmente a proteção legal, políticas e estratégias ao AM, e tem seus desdobramentos na saúde, na economia e no ambiente. Essas ações devem ser continuamente empregadas na educação da família, da sociedade e de profissionais de saúde(19).

Vale ressaltar que, ainda que haja leis, programas e outros incentivos vigentes, muitas vezes a prática alimentar de AM é incoerente ao preconizado pelas políticas públicas(20). Nessa perspectiva, as leis de proteção que proporcionam o aleitamento materno foram agrupadas e referenciadas para possibilidade de busca na íntegra pelo leitor.

Ao abordar os benefícios do AM para o bebê, para a pessoa lactante, a sociedade e o ambiente, é enfatizada a sustentabilidade. Há benefícios a curto e longo prazo para a díade, independentemente de onde vivem e da capacidade financeira, além de vasta proteção infecciosa ao bebê e desdobramentos na saúde materna pela redução de riscos relacionados ao diabetes e ao câncer de mama e ovário, entre outros(21). Isso posto, o material didático desenvolvido levanta a contribuição social, ambiental e econômica que pode não ser facilmente percebida no cotidiano.

As instruções acerca de mudanças em virtude da gestação devem ter início no pré-natal, quando grávidas recebem informações e desafios que podem surgir. Neste sentido, a intenção de amamentar geralmente é estabelecida na gestação(22). Contudo, a preparação se estende até a hora do parto, assim como o puerpério e nessa perspectiva, o material indica o momento do nascimento e estima a descida do leite em até 72 horas. Um ensaio clínico randomizado e controlado indicou que a expressão láctea logo após o nascimento está associada ao aumento da produção de leite, contudo, são necessários outros estudos para determinar a frequência de expressão(23).

Instruções para o preparo emocional e fisiológico no preparo para AM são cronologicamente estabelecidos no material. Para o contexto da prematuridade tem-se uma estimativa de milhões de nascimentos prematuros no mundo anualmente e o leite humano está relacionado à sobrevivência da criança. O assunto foi incorporado no material por estar associado a menor risco de complicações, como enterocolite necrosante e sepse neonatal, e por seus efeitos imunes e anti-inflamatórios(24).

Sabe-se que em virtude de complicações durante a gestação ou pela prematuridade, ou ainda no caso de separação entre o bebê e a mãe, quando há necessidade, por exemplo, de encaminhar um dos dois para a UTI, a produção de leite materno pode atrasar ou reduzir. Trata-se de um espaço desafiador para a díade, a família e os profissionais. Por isso é importante constar no material didático alternativas e técnicas para alta com AM e esclarecer que o fomento do estímulo do leite pode antecipar ou mudar o desfecho da alta hospitalar. A posição Canguru, caracterizada pelo contato pele a pele com a pessoa lactante, também pode proporcionar maior interação da díade, facilitando o processo de amamentação(25).

Ações como estimular a lactação, a ordenha e o armazenamento são orientadas para maior segurança materna e segurança alimentar do bebê. Embora a ordenha possa reduzir a confiança da mãe quanto à sua produção de leite, e ainda que estudos demonstrem que o leite ordenhado e armazenado não oferece a mesma variedade biológica se comparado ao leite obtido direto do seio, em virtude do congelamento, essa ainda é a melhor opção em custo e efetividade se comparada ao uso de fórmula infantil(25).

Outro item essencial estabelecido no Plano de Aleitamento Materno que merece atenção pela tendência de desmame precoce ou interrupção do AM é a mastite puerperal. Ações simples podem ser realizadas pela pessoa que amamenta para alívio e recuperação da mastite sem o uso de antibióticos, como a orientação sobre alimentação, descanso, identificação de formas para alívio do estresse, além da educação para o automanejo correto das mamas(26). Desse modo, a equipe de saúde, em especial enfermeiros e médicos, são os prestadores de cuidados adequados para educar o automanejo.

O material conta também com a descrição para manejo de emergência em bebês engasgados, entendendo-se o potencial de fatalidade para crianças até três anos de idade. O reconhecimento precoce e a intervenção são essenciais para salvar vidas. Nesse ínterim, os profissionais devem fornecer ações educativas antecipatórias, mesmo que faltem evidências de que os aconselhamentos resultem em menores taxas.

Como serviço de apoio foi incluída a informação sobre o Banco de Leite Humano (BLH), o qual agrega estratégias de apoio e promoção ao AM com repercussão positiva para a saúde da díade, além de possibilitar segurança alimentar aos bebês que recebem essas doações por impossibilidade de serem alimentados pelo seio materno. Pesquisa identificou que o desejo de doar leite humano está significativamente ligado às orientações que a pessoa recebe durante o ciclo gravídico-puerperal, reforçando a importância da educação referente ao tema(27). Nessa perspectiva, o material promove o serviço de BLH com a ideia de conscientizar massivamente sobre a importância da doação de leite humano para salvar vidas de recém-nascidos prematuros internados em terapia intensiva.

A proposta do plano de AM é ter seu uso compartilhado nos níveis de atenção, ao ser utilizado na APS e no ambiente hospitalar, uma vez que se constatam fragilidades de integração com os demais atendimentos na rede de saúde ao não garantir um acompanhamento sistemático da saúde da mulher no período puerperal, o que resulta em baixa resolutividade, acesso e integralidade, e consequentemente remete para a exposição ao maior risco de agravos no puerpério devido às restritas ações de promoção e prevenção pelos profissionais de saúde(28). Assim, entende-se que a estratégia de integração de rede traz benefícios à continuidade do cuidado centralizado nas necessidades da usuária, proporciona maior aderência ao acompanhamento de saúde, previne a morbimortalidade materno-infantil, e promove a responsabilidade compartilhada e a troca de saberes entre os profissionais da rede de saúde.

O tópico “Saiba Mais”, entre as últimas páginas do material, aborda os seguintes assuntos: comparação da composição do leite materno em relação à fórmula infantil, impacto de uso de chupetas e bicos artificiais, consumo de bebida alcoólica e drogas durante a amamentação, contraindicação para amamentar, aleitamento cruzado e manutenção do aleitamento materno em tempos de COVID-19. Esse tópico é geralmente utilizado como um chamado à ação, são estratégicos para chamar a atenção do leitor a buscar informações adicionais.

Há evidências de gestantes e lactantes que enfrentam dúvidas sobre iniciar ou prosseguir a amamentação em situações de suspeita ou confirmação de COVID-19. Isolar a díade não é a resposta adequada para prevenir a transmissão do vírus, pois isso pode limitar a proteção do lactente contra doenças infecciosas(29). Nesse contexto a TCE apoia a amamentação, embora com as devidas precauções respiratórias e desde que sejam seguidas diretrizes apropriadas para a proteção da saúde da díade.

Cabe ressaltar ainda que o conteúdo reunido neste produto, elaborado com subsídios de informações consistentes, mas simplificadas, tomadas da literatura científica, com propostas de vídeos e figuras ilustrativas, também estimula o vínculo entre a rede de saúde e serviços afins. O material teve seu número de registro de direito autoral sob o número DA-2024-049862 .

Destaca-se, por fim, a necessidade de investimento financeiro para a execução dessa intervenção educativa que opte pelo plano de AM, bem como do apoio de órgãos governamentais para a reprodução, divulgação e ampla distribuição desse material nos serviços de saúde. Por sua vez, é importante considerar que o custo de reprodução deste material (atualmente calculado em R$ 16,00 reais a unidade) é substancialmente menor do que os potenciais gastos com os investimentos necessários para se tratar as complicações agudas e crônicas de pessoas em virtude da interrupção do AM antes do recomendado, situação sobre a qual a TCE pode contribuir.

É pertinente, neste sentido, o seguimento da educação em nível terciário, pois ainda há poucos estudos sobre as estratégias que os profissionais de saúde utilizam para falar sobre apoio ao AM no contexto hospitalar.

 

Limitações do estudo

Tem-se como limitação deste estudo a ausência de avaliação da efetividade da TCE como motivadora de um comportamento de automanejo adequado, portanto, sugere-se a realização de novos estudos que possam avaliar as contribuições deste plano de AM para produzir benefícios clínicos e de uso integralizado na atenção à saúde.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A tecnologia apresentada no material educativo intitulado “Meu plano de aleitamento materno” é um recurso tecnológico cuidativo educacional para a enfermagem, capaz de fomentar a apoio e promoção para o início e a manutenção do AM.

O produto tem utilidade no trabalho de profissionais de saúde que realizam consultas e orientações nos diversos níveis de atenção à saúde, com potencial para promover a integração entre eles. Além de proporcionar sistematização da informação proposta, é um conteúdo apresentado em linguagem coloquial e simplificada, porém fruto de base científica. Ademais, emprega o exercício da sustentabilidade de acordo com os ODS de 2030 e tem implicações para a prática clínica, avanços na pesquisa e inovação e no combate à desinformação.

 

REFERÊNCIAS

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Agradecimentos: Ao Programa de Pós-graduação Prática do Cuidado em Saúde, inserida no Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Cuidado Humano de Enfermagem (NEPECHE) pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e seu credenciamento vinculado à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), através do Edital nº 20/2022. Todos envolvidos com o objetivo de incentivo à pesquisa, incorporação tecnológica e fomentação de boas práticas assistenciais.

 

Critérios de autoria (contribuições dos autores)

A designação de autoria deve ser baseada nas deliberações do ICMJE, que considera autor aquele que:

1. contribui substancialmente na concepção e/ou no planejamento do estudo: Bruna Piahui dos Santos, Marilene Loewen Wall

2. na obtenção, na análise e/ou interpretação dos dados: Bruna Piahui dos Santos, Marilene Loewen Wall

3. assim como na redação e/ou revisão crítica e aprovação final da versão publicada: Bruna Piahui dos Santos, Ana Paula Xavier Ravelli, Gisele Basso Zanlorenzi, Elen Petean Parmejiani, Silvana Regina Rossi Kissula Souza, Juliane Dias Aldrighi, Rafaella Pereira Martins, Marilene Loewen Wall

Declaração de conflito de interesses

Nada a declarar.

Editor Científico: Ítalo Arão Pereira Ribeiro. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-0778-1447     

Rev Enferm Atual In Derme 2024;98(3): e024364