ARTIGO ORIGINAL

 

CONHECIMENTO E PRÁTICA CLÍNICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM SOBRE AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DE LESÕES DE PELE

 

KNOWLEDGE AND CLINICAL PRACTICE OF NURSING PROFESSIONALS ON THE ASSESSMENT AND TREATMENT OF SKIN INJURIES

 

 CONOCIMIENTO Y PRÁCTICA CLÍNICA DE LOS PROFESIONALES DE ENFERMERÍA SOBRE LA EVALUACIÓN Y TRATAMIENTO DE LAS LESIONES DE LA PIELL

 

https://doi.org/10.31011/reaid-2025-v.99-n.3-art.2421

 

1Ithiele Carolina Rothmann Knechtel

2Edna Jeremias Martins

3Gabriela Camponogara Rossato

 

1Faculdades Integradas de Taquara (FACCAT). Taquara, RS, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0009-0009-4662-6491

2Faculdades Integradas de Taquara (FACCAT). Taquara, RS, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2546-2987

3Faculdades Integradas de Taquara (FACCAT). Taquara, RS, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4371-0590

 

Autor correspondente

Ithiele Carolina Rothmann Knechtel

Rua Anita Garibaldi, 840, Figueiras - Igrejinha/RS, Brasil. CEP: 95650-000. Contato: +55 51 99830-6677. E-mail:  ithielekne@sou.faccat.br.

 

Submissão: 05-11-2024

Aprovado: 14-07-2025

 

RESUMO

Introdução: A pele, composta por epiderme, derme e hipoderme, atua como uma barreira protetora contra traumas e agentes externos. As interrupções nessa barreira resultam em lesões que variam de superficiais a profundas, causadas por fatores como traumas ou isquemia. A atenção primária à saúde é essencial nesse contexto, sendo o ponto mais próximo da comunidade. Os profissionais de enfermagem têm um papel central no cuidado com feridas, desde a prevenção até a escolha do tratamento adequado, aproveitando seu conhecimento teórico e prático para garantir uma assistência integral. Objetivo:  Avaliar o conhecimento e a prática clínica dos profissionais de enfermagem da rede de Atenção Básica do Vale do Paranhana sobre o cuidado de pacientes com lesões de pele. Método: Estudo quantitativo, transversal, e descritivo, realizado de março a novembro de 2024, composto por uma amostra do tipo censo, onde os participantes foram convidados a responder um questionário eletrônico com 58 perguntas, abordando dados sociodemográficos, formação e prática clínica. Resultados: Predominância do sexo feminino (90,9%), média de idade 39 anos; formados até 10 anos (40%) e atuantes na Atenção Primária até 2 anos (36,4%). Entre métodos terapêuticos a sulfadiazina de prata foi a mais conhecida e utilizada. Quanto ao conhecimento cognitivo específico em feridas, foi observada maior pontuação na categoria úlceras neuropáticas e menor pontuação em relação a úlceras venosas e arteriais. Conclusão: O estudo identificou lacunas de conhecimento, atualização profissional e tecnologias de tratamento, sugerindo necessidade de educação permanente e investimento em materiais e coberturas inovadoras.

Palavras-chave: Ferimentos e Lesões, Enfermagem Primária, Conhecimento.

 

ABSTRACT

Introduction: The skin, composed of the epidermis, dermis, and hypodermis, acts as a protective barrier against trauma and external agents. Disruptions in this barrier result in injuries ranging from superficial to deep, caused by factors such as trauma or ischemia. Primary health care is essential in this context, being the closest point of contact to the community. Nursing professionals play a central role in wound care, from prevention to choosing the appropriate treatment, leveraging their theoretical and practical knowledge to ensure comprehensive care. Objective: To assess the knowledge and clinical practice of nursing professionals in the Primary Care network of the Paranhana Valley regarding the care of patients with skin lesions. Method: This quantitative, cross-sectional, and descriptive study was conducted from March to November 2024. It consisted of a census-type sample. Participants were invited to complete an electronic questionnaire comprising 58 questions that addressed sociodemographic data, training, and clinical practice. Results: Females predominated (90.9%), mean age 39 years; 40% had graduated up to 10 years ago and had worked in Primary Care for up to 2 years (36.4%). Among the therapeutic methods, silver sulfadiazine was the most well-known and widely used. Regarding specific cognitive knowledge in wounds, a higher score was observed in the neuropathic ulcers category and a lower score in relation to venous and arterial ulcers. Conclusion: The study identified gaps in knowledge, professional development, and treatment technologies, suggesting the need for continuing education and investment in innovative materials and dressings.

Keywords: Wounds and Injuries, Primary Nursing, Knowledge.

 

RESUMEN

Introducción: La piel, compuesta por epidermis, dermis y hipodermis, actúa como barrera protectora frente a traumatismos y agentes externos. Las interrupciones de barrera provocan lesiones que van desde superficiales hasta profundas, provocadas por factores como traumatismos y isquemia. La atención primaria es fundamental en este contexto, siendo el punto más cercano a la comunidad. Los profesionales de enfermería desempeñan un papel central en el cuidado de las heridas, desde la prevención hasta la elección del tratamiento adecuado, aprovechando sus conocimientos teóricos y prácticos para garantizar una atención integral. Objetivo: Evaluar conocimiento y la práctica clínica de los profesionales de enfermería de la red de Atención Primaria del Vale do Paranhana sobre el cuidado de pacientes con lesiones cutáneas. Método: Estudio cuantitativo, transversal y descriptivo, realizado de marzo a noviembre de 2024, consistente en una muestra tipo censal, donde se invitó a los participantes a responder un cuestionario electrónico con 58 preguntas, que abarcaban datos sociodemográficos, formación y práctica clínica. Resultados: Predominio del sexo femenino (90,9%), edad promedio 39 años; formado hasta 10 años (40%) y trabajando en Atención Primaria hasta 2 años (36,4%). Entre los métodos terapéuticos, la sulfadiazina de plata fue más conocido y utilizado. En cuanto conocimiento cognitivo específico en heridas, se observó mayor puntuación en la categoría de úlceras neuropáticas y menor puntuación en relación a las úlceras venosas y arteriales. Conclusión: El estudio identificó lagunas en conocimiento, actualización profesional y tecnologías de tratamiento, sugiriendo la necesidad de educación continua e inversión en materiales y revestimientos innovadores.

Palabra clave: Heridas y Lasiones; Enfermería Primaria; Conocimento.

INTRODUÇÃO

A pele é um órgão complexo, composto por diferentes camadas - epiderme, derme e hipoderme - que desempenham um papel vital como barreira protetora contra diversos fatores externos, como traumas, agentes biológicos e químicos. Qualquer interrupção nessa barreira pode resultar em lesões que variam de superficiais a mais profundas, podendo ser causadas por diversos fatores, incluindo trauma intencional, acidental ou isquemia(1). Interrupções nessa barreira resultam em lesões, desde a epiderme até camadas mais profundas, podendo ser causadas intencionalmente, por trauma ou isquemia(2).

A Atenção Primária à Saúde (APS) desempenha um papel crucial nesse contexto, sendo o ponto de acesso mais próximo à comunidade, onde os profissionais de enfermagem rotineiramente lidam com o cuidado de feridas, tanto em ambientes de atenção primária quanto hospitalar(3). O cuidado com feridas é rotina para os profissionais de enfermagem, tanto na atenção primária quanto hospitalar(4). Dentre os profissionais de saúde, os enfermeiros têm um papel crucial no tratamento de feridas, atuando na prevenção, avaliação e indicação do tratamento adequado(5).

Dentro desse cenário, os enfermeiros desempenham um papel fundamental, envolvendo-se na prevenção, avaliação e indicação do tratamento adequado para ferida e a capacitação contínua desses profissionais é essencial para fornecer uma assistência individualizada e integral aos pacientes e suas famílias, aproveitando seu conhecimento teórico e prático adquirido ao longo de sua formação e experiência profissional(6). O enfermeiro, por estar em contato direto com o paciente, possui um domínio significativo sobre os cuidados com feridas, devido à sua formação curricular e prática profissional(7). A APS é crucial para o cuidado de lesões de pele, sendo o nível mais próximo ao usuário. Os profissionais de APS coordenam o cuidado, realizam avaliações, propõem terapias personalizadas e promovem o fortalecimento das redes de apoio(8).

Reconhecendo a relevância desse tema, o objetivo deste estudo é avaliar o conhecimento e a prática clínica dos profissionais de enfermagem da rede de Atenção Básica (AB) do Vale do Paranhana sobre o cuidado de pacientes com lesões de pele, verificando se há busca de conhecimento com evidência científica para avaliação das lesões de pele, curativos e coberturas, verificar se há atualização profissional e como ocorre, descrever os métodos terapêuticos conhecidos e utilizados para feridas, delinear o perfil sociodemográfico dos enfermeiros e técnicos em enfermagem, caracterizar a formação profissional e identificar os conhecimentos específicos sobre feridas cutâneas. Assim sendo, pretende-se contribuir para a melhoria da assistência aos pacientes com feridas, promovendo um cuidado mais eficaz e personalizado, alinhado às necessidades da comunidade atendida. Acredita-se que o conhecimento aprofundado dos profissionais de saúde nessa área resultará em uma melhor gestão das lesões de pele e, consequentemente, em uma qualidade de vida aprimorada para os pacientes(9).

MÉTODOS

Trata-se de um estudo quantitativo, transversal, descritivo, realizado no período de março a novembro de 2024, para analisar o conhecimento e a prática clínica dos profissionais de enfermagem sobre avaliação e tratamento de lesões de pele na rede de AB de duas cidades do Vale do Paranhana-RS. A pesquisa seguiu os critérios da Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE).

A amostra foi do tipo censo, composta por profissionais de enfermagem, de nível técnico e graduação, atuantes em 21 diferentes Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Estratégias de Saúde da Família (ESF). Estabeleceu-se como critérios de inclusão ser técnico de enfermagem, enfermeiro ou estagiário acadêmico do curso de enfermagem, com atuação na assistência direta ao paciente, da rede de atenção básica.  Atribuiu-se como critérios de exclusão profissionais de férias, atestados, ou afastamento no período da coleta.

Após atendidos os critérios de elegibilidade, os profissionais foram convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e, em seguida, responder o questionário, com tempo médio de duração de 15 minutos. O questionário foi auto aplicável, mesmo que respondido na presença da pesquisadora, a partir do escaneamento de um quadro com QR code, durante a reunião de equipe pré-agendadas com os enfermeiros das unidades de saúde, durante o horário de trabalho dos mesmos, que ocorre em todas as unidades de saúde, desta forma não houve  interrupção dos atendimentos aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)(10).

O instrumento  de   coleta   de   dados consistiu em um único questionário eletrônico,  via Google formulário, com questões majoritariamente de múltipla escolha, construído com base em um questionário estruturado, elaborado por dois especialistas, para dissertação apresentada à Faculdade de Medicina, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Câmpus de Botucatu, para obtenção do título de Mestra em Enfermagem, de acordo com revisões sistemáticas e guidelines específicos e atualizados, mas adaptado à realidade da região(11). O questionário conta com 58 perguntas, sendo 7 perguntas sociodemográficas e 51 perguntas relacionadas à formação/atualização dos conhecimentos, informações sobre a prática clínica em feridas e conhecimentos específicos em relação a feridas, coberturas e curativos.

As variáveis categóricas foram apresentadas por frequências absolutas e percentuais. Para avaliação do escore geral no questionário de conhecimentos, foi adotada a seguinte pontuação e classificação: quando houve menos de 25% de acertos foi considerado ruim, 26% a 50% regular, 51% a 75% bom e acima de 75% ótimo, conforme a escala de categorização de desempenho com base na porcentagem de acertos.

O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa das Faculdades Integradas de Taquara - FACCAT para   análise   e apreciação e, após sua aprovação sob parecer n.º 6.964.754 e CAAE 80793424.5.0000.8135, a pesquisa desenvolvida, seguindo todos   os   padrões   éticos   preconizados   pela resolução 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

RESULTADOS

Participaram da pesquisa 55 profissionais de enfermagem, sendo 38,2% enfermeiros, 52,7% com formação técnica e 5% estagiários de enfermagem. A amostra prevaleceu de mulheres (90,9%) com idade média 39 anos, formados até 10 anos (40%) e atuantes na AB até 2 anos (36,4%) conforme apresentado na Tabela 1.

Tabela 1 - Perfil sociodemográfico dos profissionais de enfermagem da rede de Atenção Básica de dois municípios do Vale do Paranhana

Variáveis

n

%

Profissão

Enfermeiro

Técnico

Estagiário acadêmico de enfermagem

21

29

5

38,2

52,7

9,1

Sexo

Feminino

Masculino

50

5

90,9

9,1

Idade

Até 39 anos

40 anos ou mais

28

27

50,9

49,1

Tempo de formação

Em formação

Até 10 anos

11 a 20 anos

21 anos ou mais

5

22

21

7

9,1

40,0

38,2

12,7

Tempo de atuação ESF/UBS

Até 2 anos

2 a 5 anos

6 anos ou mais

20

13

16

36,4

23,6

29,1

ESF= Estratégia de Saúde da Família. UBS= Unidade Básica de Saúde

Dentre as formas possíveis de atualização profissional, a mais frequente foi a busca de informações com outros profissionais 25 (58,1%), seguido pela consulta a sites eletrônicos 21 (48,8%) e pela leitura de artigos científicos 21(48,8%), conforme representado no Gráfico 1.

Gráfico 1 - Recursos utilizados na atualização profissional – em relação a feridas cutâneas – pelos profissionais de enfermagem da rede de Atenção Básica de dois municípios do Vale do Paranhana
Points scored

EPS= Educação Permanente em Saúde.

Em relação aos métodos terapêuticos conhecidos e utilizados para o tratamento de feridas, foi possível marcar mais de uma opção. Expressivamente, no Gráfico 2 observa-se que a cobertura mais conhecida é a sulfadiazina de prata, conhecida por 53 (96,4%) e utilizada por 44 (80%). Assim como a papaína, conhecida por 52 (94,5%) e utilizada por 35 (63,6%), a colagenase, conhecida por 51 (92,7%) e utilizada por 34 (61,8%) e os Ácidos Graxos Essenciais (AGE), conhecido por 50 (90,9%) e utilizado por 27 (49,1%). Depois da sulfadiazina de prata, o método mais utilizado é a neomicina 41 (74,5%) e conhecido por 50 (90,9%),  já os métodos menos utilizados são a bota de Unna 0 (0%), mas conhecida por 24 (43,6%); a Oxigenioterapia Hiperbárica (OHB) 0 (0%), mas conhecida por 16 (29,1%) e Terapia por Pressão Negativa (TPN) 0 (0%), mas que foi referida como conhecida por 26 (47,3%). 

Gráfico 2 - Distribuição dos métodos terapêuticos conhecidos e utilizados pelos profissionais de enfermagem da rede de Atenção Básica de dois municípios do Vale do Paranhana

Points scored

AGE= Ácidos Graxos Essenciais. OHB= Oxigenioterapia Hiperbárica. TPN= Terapia por Pressão Negativa.

Na tabela 2 estão dispostos os temas das 37 questões e a quantidade de acertos/erros. Os resultados obtidos evidenciam que, entre as 37 questões avaliadas, apenas 17 apresentaram uma taxa de acertos superior a 50%. Os temas com melhor desempenho foram relacionados a curativos hidrogéis, escala de Braden, feridas neuropáticas, Lesões Por Pressão (LPP), AGE, desbridamento mecânico, entre outros. Entre os erros, 19 questões tiveram 50% ou mais de respostas incorretas, abrangendo temas como ambiente para cicatrização de feridas, técnica de swab, diferenciação entre feridas colonizadas e infectadas, curativos hidrocolóides, entre outros. Destaca-se que as questões com maior escore de acertos foram em relação a feridas neuropáticas e avaliação nutricional, ambas com 94,55% de acertos, enquanto as que apresentaram maior índice de erros foram sobre LPP na região sacra (92,73%) e a diferenciação entre feridas colonizadas e infectadas (90,91%).

Tabela 2 - Distribuição dos temas das questões segundo porcentagem de acertos e erros dos profissionais de enfermagem da rede de Atenção Básica de dois municípios do Vale do Paranhana

Variáveis

            Acertos

Erro

Tema da questão

n

%

n

%

Q.1 Ambiente para cicatrização de feridas

27

49,09

28

50,91

Q.2 Técnica de swab

18

32,73

37

67,27

Q.3 Diferença de feridas colonizadas e infectadas

5

 9,09

50

90,91

Q.4 Curativos hidrogéis

30

54,55

25

45,45

Q.5 Curativos hidrocolóides

27

49,09

28

50,91

Q.6 Curativos de carvão ativado com prata

19

34,55

36

65,45

Q.7 Bota de Unna

17

30,91

38

69,09

Q.8 Escala de Braden

38

69,09

17

30,91

Q.9 Feridas neuropáticas

52

94,55

3

5,45

Q.10 Feridas crônicas

16

29,09

39

70,91

Q.11 Antibióticos tópicos

21

38,18

34

61,82

Q.12 Biofilmes

23

41,82

32

58,18

Q.13 Antibióticos sistêmicos

8

14,55

47

85,45

Q.14 Lesão por pressão

37

67,27

18

32,73

Q.15 Colonização crítica

6

10,91

49

89,09

Q.16 Clínica mal perfurante plantar

24

43,64

31

56,36

Q.17 Ácidos graxos essenciais

32

58,18

23

41,82

Q.18 Desbridamento mecânico

44

80,00

11

20,00

Q.19 Tecido desvitalizado e desbridamento

37

67,27

18

32,73

Q.20 Terapia compressivas

23

41,82

32

58,18

Q.21 Antissépticos

21

38,18

34

61,82

Q.22 Úlceras venosas e lesões por pressão

43

78,18

12

21,82

Q.23 Tecido de granulação

51

92,73

4

7,27

Q.24 Feridas crônicas

48

87,27

7

12,73

Q.25 Curativos combinados

9

16,36

46

83,64

Q.26 Feridas crônicas e indicação de curativo

36

65,45

19

34,55

Q.27 Feridas crônicas e limpeza

24

43,64

31

56,36

Q.28 Avaliação nutricional

52

94,55

3

5,45

Q.29 Úlcera por pressão na região sacra

4

7,27

51

92,73

Q.30 Úlcera por pressão na região de calcâneo

16

29,09

39

70,91

Q.31 Mal perfurante plantar

42

76,36

13

23,64

Q.32 Dispositivos redutores de pressão

45

81,82

10

18,18

Q.33 Limpeza com soro fisiológico 0,9%

50

90,91

5

9,09

Q.34 Limpeza com água corrente

34

61,82

21

38,18

Q.35 Compressas com permanganato de potássio

10

18,18

45

81,82

Q.36 Uso do açúcar

43

78,18

12

21,82

Q.37 Úlcera arterial

29

52,73

26

 47,27

Q = Questão

Em relação aos temas específicos, categorizados por assunto em 6 subgrupos, foi possível estipular a média da porcentagem de acertos. O maior percentual de acertos, com 70,90%, foi em úlceras neuropáticas; e o menor, em úlceras venosas e arteriais, com 34,18%.  Segundo o escore geral alcançado, nenhum dos temas específicos obteve resultado ruim ou ótimo, sendo úlceras venosas e arteriais e avaliação clínica das feridas classificadas com conhecimento “regular” e LPP, úlceras neuropáticas e curativos classificadas com conhecimento “bom”.

Tabela 3 - Média do percentual de acertos e classificação do conhecimento por temas específicos das respostas dos profissionais de enfermagem da rede de Atenção Básica de dois municípios do Vale do Paranhana

Variáveis

Média do percentual

de acertos (%)

Classificação do Conhecimento

Lesões por pressão

58,48

Bom

Úlceras venosas e arteriais

34,18

Regular

Úlceras neuropáticas

70,90

Bom

Avaliação clínica das feridas

40,80

Regular

Conceitos de limpeza, antissepsia e desbridamento

62,82

Bom

Curativos

52,36

Bom

DISCUSSÃO

É evidente que a enfermagem no Brasil é marcada pela feminilização da profissão, refletindo uma histórica associação entre o ato de cuidar e o trabalho feminino, sendo as mulheres 90,9% neste estudo. No entanto, os homens estão marcando espaço na enfermagem, iniciando uma transformação na realidade de forma gradual(12).

Em relação a idade geral dos profissionais de saúde, identificou-se uma idade média de 39 anos, características que também se evidenciam em um estudo realizado nos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, em 2022, onde a média de idade era de 39,1 anos. Em relação à formação, o presente estudo destaca uma maior proporção de profissionais com formação técnica (52,7%), enquanto o estudo realizado em 2022 aponta uma distribuição mais equilibrada, com 27% dos trabalhadores possuindo nível técnico e 29,7% graduação, sugerindo diferenças na qualificação dos profissionais de saúde em diferentes cenários(13).

O presente estudo revela que 36,4% dos profissionais atuam na AB há dois anos ou menos, o que pode indicar uma rotatividade elevada ou novas contratações recentes. Por outro lado, um estudo de 2022, que analisou o perfil dos trabalhadores da APS, evidencia que uma parcela significativa dos profissionais possuía uma carga horária elevada, com 44 horas semanais, e múltiplos vínculos empregatícios, apontando para desafios adicionais enfrentados durante o período(13).

O cuidado de pacientes com feridas cutâneas é uma prática comum entre os profissionais de enfermagem nos serviços de atenção básica e hospitalar. O enfermeiro exerce uma função fundamental ao conduzir, acompanhar e coordenar a equipe de enfermagem na aplicação de curativos, sendo responsável pela prevenção, avaliação e indicação do tratamento adequado. Diante da alta prevalência de feridas cutâneas agudas e crônicas, é fundamental que os profissionais da rede de atenção à saúde possuam o conhecimento e as habilidades técnicas necessárias para prevenir, avaliar e tratar essas lesões(14).

Manter-se atualizado sobre o cuidado de feridas contribui para a melhoria da assistência de enfermagem, porém, representa um desafio contínuo tanto no âmbito assistencial quanto gerencial. Adquirir conhecimentos sobre a prevenção e tratamento de pacientes com feridas, além de se manter alinhado às práticas baseadas em evidências, é uma tarefa constante(12). O presente estudo revela que a forma mais frequente de atualização profissional sobre cuidados com feridas cutâneas entre os profissionais de enfermagem da rede de AB é o compartilhamento de informações com outros profissionais (58,1%), seguido pela consulta a sites eletrônicos (48,8%) e leitura de artigos científicos (48,8%). Esses achados são semelhantes aos resultados de um estudo transversal realizado em 2015 em Bauru (SP), no qual 58,0% dos enfermeiros também relataram a interação com outros profissionais como a principal forma de busca de informações. No estudo de 2015, a consulta a sites eletrônicos foi apontada por 40,0% dos respondentes e a leitura de artigos científicos por 21,0%, indicando que, no contexto atual, há um aumento na utilização de fontes digitais e científicas para atualização(9).

Os dados sugerem uma tendência crescente no uso de recursos eletrônicos e de literatura científica para a atualização profissional, refletindo uma possível maior valorização das evidências científicas e das tecnologias digitais. Contudo, os percentuais mais elevados no uso de sites eletrônicos indicam uma mudança de comportamento influenciada pela maior disponibilidade de recursos digitais e o avanço das Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)(9).

É importante que o profissional avalie de forma crítica todas as informações recebidas, seja através da indústria farmacêutica ou da troca de experiências multiprofissionais, uma vez que essas fontes de atualização podem conter vieses(15). Isso não descarta a necessidade de educação permanente em saúde e educação continuada, acredita-se que a melhoria na qualidade da assistência só será alcançada se houver capacitação profissional adequada(12).

Um estudo publicado em 2024 sobre o uso de TIC em saúde no Brasil apontou que a prevalência de uso da Telessaúde na prática clínica aumentou de 32,7% em 2014 para 54,6% em 2018, com destaque para a região Sul, onde 66, 5% das equipes adotaram essa prática. A Teleducação foi a modalidade mais utilizada, trazendo um foco contínuo em capacitação, com prevalência de 69,5% em 2014 e 73,8% em 2018. Isso reflete uma valorização crescente das evidências científicas e das tecnologias digitais para melhoria do conhecimento(17).

A pesquisa atual reforça essa tendência, ao mostrar que os profissionais de enfermagem da rede de Atenção Básica têm utilizado consulta a sites eletrônicos. Esses dados destacam a importância de promover e expandir o uso de TIC na prática clínica e na educação continuada, aproveitando as plataformas digitais e a Telessaúde como ferramentas para melhorar a qualidade do atendimento e proporcionar ainda novas estratégias de Educação permanente em Saúde(18).

Em relação aos dados identificação sobre os métodos terapêuticos conhecidos e utilizados demonstram um padrão que se assemelha ao encontrado no estudo realizado em 2015 em Bauru, destaca-se que a sulfadiazina de prata é a cobertura mais conhecida (96,4%) e utilizada (80%) pelos profissionais(9). De maneira similar, a pomada colagenase, que foi amplamente reconhecida (96,4%) e utilizada (78,9%) no estudo anterior, atualmente conhecida por 92,7% dos profissionais, embora sua taxa de uso tenha diminuído para 61,8%.

Outros métodos, como a papaína e os AGE, também mostram taxas elevadas de conhecimento e uso, o que levanta questões sobre a interseção entre o conhecimento e os recursos disponíveis na rede pública para o tratamento de feridas(9). Não há evidências na literatura que sustentem o uso dessas opções no tratamento local de feridas são os mais indicados, sugerindo que esses sejam os recursos acessíveis nas instituições(16).

No entanto, os métodos menos utilizados, como a bota de Unna, a oxigenoterapia hiperbárica e a terapia por pressão negativa, apresentam uma queda significativa no uso, apesar de serem reconhecidos por uma parte dos profissionais(9). Métodos mais modernos para o cuidado de feridas, como hidrocolóides e hidrogéis, que possuem certa comprovação de eficácia, são familiares para a maioria dos profissionais, mas ainda são pouco utilizados. Isso sustenta a hipótese de que existe uma carência de investimentos destinados ao tratamento de feridas cutâneas(16). Embora haja um bom nível de conhecimento sobre várias opções terapêuticas, a utilização efetiva de algumas delas ainda é limitada, isso reflete em desafios relacionados à prática clínica, falta de capacitação específica e questões relacionadas à implementação das terapias. É essencial promover iniciativas que incentivem a utilização adequada dos métodos existentes, visando a melhoria da qualidade do cuidado prestado aos pacientes com feridas(12).

Em relação às questões específicas, os dados obtidos permitem uma comparação com os resultados de um estudo anterior realizado em Bauru, onde, das 37 questões avaliadas, apenas 13 apresentaram menos de 50% de acertos. Os temas com menor desempenho incluíram técnica de swab, Bota de Unna, uso de antibióticos tópicos em úlceras colonizadas, biofilme e terapia compressiva. A questão com maior índice de acertos foi a que afirmava que pacientes diabéticos apresentam maior risco de feridas neuropáticas nos pés, com 96,9%, enquanto a com menor acerto referia-se ao tratamento de feridas com alta exsudação, onde apenas 11,2% dos participantes concordaram corretamente com a necessidade de antibióticos sistêmicos(9).

Quanto à taxa de acertos por temas específicos, o menor percentual foi observado no tema de úlceras venosas e arteriais (34,18%), enquanto os maiores percentuais foram registrados em úlceras neuropáticas (70,90%). Um estudo observacional, longitudinal, retrospectivo com amostra randomizada, realizado com pacientes atendidos no Ambulatório de Feridas Crônicas da Divisão de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), no período de 2011 a 2013, observou  predomínio das causas vasculares (69,2%) como doenças de base para úlcera crônica, sendo maior incidência de úlceras de etiologia venosa (67,7%) e úlceras decorrentes de obstrução arterial (1,5%)(18).  Em vista do resultado obtido em questão do baixo conhecimento sobre úlceras venosas e arteriais, ressalta-se que é uma necessidade prioritária a busca e atualização de conhecimento no tema específico.

As úlceras neuropáticas e LPP são altamente prevalentes, e a maior frequência de acertos nesses temas pode ser atribuída ao fato de que, historicamente, essas lesões têm sido abordadas com ênfase na prática de enfermagem(19,20). Conforme avaliação dos resultados obtidos em relação ao conhecimento, destaca-se a necessidade de concentrar esforços na prevenção, manejo e reabilitação de pacientes com lesões cutâneas refletindo a relevância do conhecimento especializado dos profissionais de enfermagem no cuidado com feridas e na implementação de estratégias eficazes para minimizar complicações.

Esse panorama sugere deficiências relacionadas às lesões de pele, sendo possível evidenciar que a educação permanente, continuada e em serviço é essencial para o desenvolvimento e aprimoramento das competências dos profissionais, nas suas diversas modalidades - que inclusive foi pouco observada como método de atualização profissional. Nesse sentido, esta pesquisa não esgota a necessidade de estudos mais aprofundados sobre o tema e pode servir como base para a elaboração de novas abordagens educacionais e estratégias de ensino voltadas para o cuidado com feridas.

Ressalta-se que esta pesquisa possui limitações importantes a serem consideradas, como a utilização de um instrumento de coleta de dados não validado na literatura, porém foi baseado em pesquisas anteriores e documentos de referências nacionais e internacionais que envolvem a temática. Além disso, pode haver um viés quanto ao acesso de informações de outras fontes para conhecimento durante o preenchimento do questionário.  Esta pesquisa também possui uma limitação quanto a área geográfica, quanto a generalização dos resultados. A amostra pode não representar a diversidade encontrada em outras regiões, limitando a capacidade de extrapolar os achados para contextos diferentes. Apesar dessas limitações, o estudo conseguiu identificar deficiências relacionadas às lesões de pele.

CONCLUSÕES 

Este estudo forneceu uma análise abrangente sobre o conhecimento e a prática dos profissionais de enfermagem da AB do Vale do Paranhana em relação ao manejo de lesões de pele. Foi observado que, embora os profissionais possuam conhecimento teórico sobre diversos métodos terapêuticos, a aplicação prática dessas técnicas ainda é limitada, especialmente em tratamentos mais complexos, como o uso da bota de Unna e terapia por pressão negativa. A sulfadiazina de prata e a colagenase destacaram-se como os recursos mais conhecidos e utilizados, refletindo tanto a disponibilidade de materiais quanto às práticas consolidadas nos serviços de saúde locais.

Os resultados indicam que é necessário fortalecer as estratégias de educação permanente e continuada em saúde, visando melhorar o manejo de feridas e a implementação de práticas baseadas em evidências. A predominância de métodos terapêuticos tradicionais pode estar associada à falta de capacitação e à limitação de recursos nos serviços públicos de saúde. Portanto, promover treinamentos específicos e incentivar a troca de conhecimento entre profissionais pode melhorar significativamente a qualidade da assistência.

Os achados deste estudo sugerem a necessidade de políticas públicas que garantam acesso a materiais de qualidade e promovam a educação continuada para os profissionais de enfermagem. A incorporação de novas TIC na educação em saúde pode facilitar o acesso a conteúdo atualizados e práticas inovadoras, apoiando a melhoria do cuidado com lesões de pele.

Pesquisas futuras poderiam explorar intervenções específicas para melhorar a aplicação de métodos avançados no cuidado de feridas, bem como avaliar a eficácia de programas de educação continuada na prática clínica. Além disso, estudos comparativos entre diferentes regiões poderiam fornecer insights sobre as variabilidades nas práticas de cuidado de feridas e identificar fatores que contribuem para uma melhor implementação das terapias recomendadas.

Em síntese, o estudo evidencia lacunas no conhecimento e na prática do manejo de lesões de pele na atenção básica, destacando a importância da educação permanente como ferramenta essencial para o aprimoramento das competências dos profissionais de enfermagem. O investimento em materiais e coberturas inovadoras, a capacitação contínua e a implementação de estratégias baseadas em evidências são fundamentais para melhorar a qualidade da assistência e, consequentemente, os desfechos clínicos dos pacientes com lesões cutâneas.

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Fomento e Agradecimento:

A pesquisa não recebeu financiamento.

Critérios de autoria (contribuições dos autores)

A designação de autoria deve ser baseada nas deliberações do ICMJE, que considera autor aquele que: 1. contribui substancialmente na concepção e/ou no planejamento do estudo; 2. na obtenção, na análise e/ou interpretação dos dados; 3. assim como na redação e/ou revisão crítica e aprovação final da versão publicada.

Ithiele Carolina Rothmann Knechtel. (1) (2) (3)

Edna Jeremias Martins. (1) (2) (3)

Gabriela Camponogara Rossato. (3)

Declaração de conflito de interesses

Nada a declarar.

Editor Científico: Francisco Mayron Morais Soares. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-7316-2519

 

Rev Enferm Atual In Derme 2025;99(3): e025111               

 Atribuição CCBY