ARTIGO ORIGINAL

 

CONSUMO DE CIGARRO ELETRÔNICO POR GRADUANDOS EM CURSOS DE SAÚDE DE UMA UNIVERSIDADE PRIVADA

 

ELECTRONIC CIGARETTE CONSUMPTION BY UNDERGRADUATE HEALTH STUDENTS AT A PRIVATE UNIVERSITY

 

CONSUMO DE CIGARRILLOS ELECTRÓNICOS POR ESTUDIANTES UNIVERSITARIOS DE CURSOS DE SALUD EN UNA UNIVERSIDAD PRIVADA

 

https://doi.org/10.31011/reaid-2025-v.99-n.Ed.Esp-art.2448

 

Gabriel Nivaldo Brito Constantino1

Milena Maria da Silva Acioli2

Camila de Sousa Martins Isaiais3

Ane Raquel de Oliveira4

Emmanuelly Soares Barbosa da Silva5

Wanderson Alves Ribeiro6

Bruna Porath Azevedo Fassarela7

Keila do Carmo Neves8

 

¹ Acadêmico de Enfermagem. Universidade Iguaçu. Nova Iguaçu, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9129-1776

² Acadêmica de Enfermagem. Universidade Iguaçu. Nova Iguaçu, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4558-8333

³ Acadêmica de Enfermagem. Universidade Iguaçu. Nova Iguaçu, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0009-0003-9108-6670

4 Graduada em Enfermagem. Universidade Iguaçu. Nova Iguaçu, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-0242-1856;

5 Graduada em Enfermagem. Universidade Iguaçu. Nova Iguaçu, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0009-0004-2357-7205;

6 Enfermeiro. Mestre e Doutor pelo Programa Acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde da Universidade Federal Fluminense (PACCS/EEAAC). Docente da Universidade Iguaçu. Nova Iguaçu, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8655-3789

7 Enfermeira; Médica. Mestre em Urgência e Emergência pela Universidade Severino Sombra. Docente da Universidade Iguaçu. Nova Iguaçu, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1400-4147

8 Enfermeira. Mestre e Doutora em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EEAN-UFRJ). Docente da Universidade Iguaçu. Nova Iguaçu, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6164-1336

 

Autor correspondente

Gabriel Nivaldo Brito Constantino

Rua Dezesseis, s/n, lt 03 qd 01 – Boa Esperança, Belford Roxo – Brasil. CEP: 26.143-390 - fone: +55(21) 99999-0020 - E-mail: gnbconstantino@gmail.com

 

Submissão: 11-12-2024

Aprovado: 11-03-2025

RESUMO

Introdução: O Tabagismo é uma doença crônica que teve seu ápice na década de 90 devido a assimilação do uso do cigarro ao luxo. No contexto atual, esta problemática se perpetua, porém, por meio do uso do Cigarro Eletrônico (CE), dispositivo que surgiu com o intuito de auxiliar o fim do tabagismo, porém, não foi o impacto obtido. Metodologia: Este estudo foi realizado por meio de uma pesquisa exploratória descritiva, sendo realizada pesquisa de campo com abordagem mista. Objetivo: Teve-se como objetivo avaliar o perfil epidemiológico e de consumo de graduandos usuários de cigarro eletrônico dos cursos de saúde de uma universidade privada na Metropolitana I. Resultados: Tendo-se 203 participantes, pode-se verificar: 44% dos participantes são brancos; 72% pertencem ao sexo feminino; 33% possuem de 21 a 25 anos de idade; 83% nunca fumaram; 17% fizeram uso de CE; 4% afirmam ter a pretensão de utilizar CE; 40% são do curso de Enfermagem. Conclusão: Devido a baixa adesão por parte dos demais cursos participantes desta pesquisa, dificultou-se traçar um perfil epidemiológico fidedigno, logo, optou-se por traçar um parcial para que se pudesse tangenciar um verossímil na continuação da pesquisa que ocorrerá no ano de 2025. Deste modo, traçou-se, parcialmente, o seguinte perfil: Os usuários de CE da Universidade Privada Na Metropolitana I são do sexo feminino, brancos, pertencentes ao curso de Enfermagem e estão dentro da faixa etária de 21 a 25 anos. Salienta-se que estes nunca usaram cigarro convencional.

Palavras-chave: Estudante Universitário; Tabagismo; Cigarro Eletrônico.

 

ABSTRACT

Introduction: Smoking is a chronic disease that peaked in the 1990s due to the assimilation of cigarette use into luxury. In the current context, this problem is perpetuated, however, through the use of the Electronic Cigarette (EC), a device that emerged with the intention of helping to end smoking, however, it was not the impact obtained. Methodology: This study was carried out using descriptive exploratory research and field research with a mixed approach. Objective: The aim was to evaluate the epidemiological and consumption profile of undergraduate electronic cigarette users from the health courses of a private university in Metropolitana I. Results: Of the 203 participants, 44% were white; 72% were female; 33% were aged between 21 and 25; 83% had never smoked; 17% had used ECs; 4% said they intended to use ECs; 40% were nursing students. Conclusion: Due to the low level of participation by the other courses taking part in this study, it was difficult to draw up a reliable epidemiological profile, so we decided to draw up a partial profile so that we could get a realistic picture when the study continues in 2025. In this way, the following profile was partially drawn up: The EC users at the Na Metropolitana I Private University are female, white, belong to the Nursing course and are within the 21 to 25 age group.  It should be noted that these students had never used conventional cigarettes.

Keywords: University Student; Smoking; Electronic Cigarette.

 

RESUMEN

Introducción: El tabaquismo es una enfermedad crónica que tuvo su auge en la década de los 90 debido a la asimilación del uso del cigarrillo al lujo. En el contexto actual, este problema se perpetúa, sin embargo, a través del uso del Cigarrillo Electrónico (CE), un dispositivo que surgió con la intención de ayudar a acabar con el tabaquismo, sin embargo, no fue el impacto obtenido. Metodología: Este estudio se realizó mediante investigación exploratoria descriptiva e investigación de campo con enfoque mixto. Objetivo: El objetivo fue evaluar el perfil epidemiológico y de consumo de los usuarios de cigarrillos electrónicos de pregrado de los cursos de salud de una universidad privada de la Metropolitana I. Resultados: De los 203 participantes, 44% eran blancos; 72% eran mujeres; 33% tenían entre 21 y 25 años; 83% nunca habían fumado; 17% habían usado AE; 4% dijeron que pensaban usar AE; 40% eran estudiantes de enfermería. Conclusión: Debido a la escasa participación del resto de cursos participantes en esta investigación, era difícil elaborar un perfil epidemiológico fiable, por lo que optamos por elaborar uno parcial para poder tener una visión realista cuando la investigación continúe en 2025. De este modo, se elaboró parcialmente el siguiente perfil: Los usuarios de AE de la Universidad Privada Na Metropolitana I son mujeres, de raza blanca, pertenecen a la carrera de Enfermería y se encuentran dentro de la franja etaria de 21 a 25 años. Cabe señalar que estos estudiantes nunca habían consumido cigarrillos convencionales.

Palabras clave: Estudiante Universitario; Tabaquismo; Cigarrillo Electrónico.

 

INTRODUÇÃO

Tabagismo é uma doença crônica causada pela dependência da nicotina. Nos anos 90, o cigarro atingiu seu auge, o que fez com que fosse observado seu uso excessivo por ser relacionado a luxo, sendo esta imagem replicada incessantemente no universo cinematográfico.(1)

Atualmente, é perceptível o retorno desta problemática por meio do uso dos cigarros eletrônicos (CE) que, assim como o seu antecessor, é tido como luxo entre os jovens, bem como é associado a diversão e entretenimento1. Salienta-se que este dispositivo é classificado como um Dispositivo Eletrônico para Fumar (DEF) e é popularmente conhecido por diferentes nomes: vapes, hookah-pens, e-hookah, e-cigars e mods.(2)

Tal fato supracitado urge em resposta aos malefícios e à elevada taxa de mortalidade relacionada ao tabaco, uma vez que o cigarro eletrônico despontou como um produto alternativo para aqueles que desejavam parar de fumar. Além disso, este ganhou popularidade entre os fumantes convencionais, mulheres grávidas e, até mesmo, jovens, pois são comercializados com uma opção terapêutica, haja vista que devido ao marketing expô-lo como uma alternativa mais saudável e segura, tem-se, consequentemente, um maior aceite por parte da sociedade.(2-3)

O CE tem sua criação datada em 1963 por Herbert A. Gilbert, sendo patenteado como um “dispositivo de cigarro não-tabaco” com o intuito de substituir o hábito de fumar, a partir da queima do tabaco, por um ar mais seguro e “limpo”, como um vapor. Entretanto, devido à falta de tecnologia à época, sua produção não foi realizada.(3)

O farmacêutico chinês Hon Link, em 2003, desenvolveu os primeiros dispositivos nomeados Ruyan, termo que significava “substituto ao ato de fumar” em chinês. Agora patenteados, foram lançados os CE, os quais conquistaram de maneira rápida e extensivamente o mercado mundial.(3-5)

Este dispositivo ganhou popularidade, o que possibilitou sua evolução tecnológica tanto em design, quanto em função, permitindo-o ser classificado em quatro gerações. Todos os produtos das diferentes categorias encontram-se disponíveis no mercado hoje, contudo, são adaptados ao padrão mais atualizado, até mesmo os mais antigos, dentro do que a sua estrutura permite. Os dispositivos podem ser divididos em sistemas abertos (recarregáveis) ou fechados (não recarregáveis) e possuem diferentes formas, tamanhos e cores.(4)

Apesar de existirem diferentes modelos de Cigarro Eletrônico no mercado, diferenciando-se pelo design, mecanismo e nomenclatura, todos possuem as seguintes estruturas em comum: um bocal, a bateria, o atomizador e o espaço destinado ao líquido.(6)

Salienta-se que a solução utilizada nos cigarros eletrônicos – conhecida por e-liquid ou e-juice – é composta de diferentes substâncias. A base consiste na combinação de propilenoglicol e glicerina em água purificada. A fração típica de volume é de 20% de propilenoglicol para 80% de glicerina, embora isto varie consideravelmente de uma marca para outra. Durante o uso, o usuário absorve o vapor gerado a partir do e-líquido, solventes, nicotina, água, aromatizantes e outros aditivos.(7)

Ao contrário dos cigarros convencionais, que são queimados continuamente a temperaturas elevadas durante todo o tempo de uso, os cigarros eletrônicos passam por ciclos térmicos de aquecimento e resfriamento. O dispositivo inicia à temperatura ambiente, ao passo que quando a resistência é ativada, o calor chega até o ponto de ebulição do líquido e sua liberação em forma de vapor.(8)

Após completada a inalação, nenhuma energia é fornecida à resistência e ao pavio, de modo que a temperatura diminui progressivamente. Ao mesmo tempo, o líquido é novamente fornecido à resistência e ao pavio, o que diminui ainda mais sua temperatura.(8) Atualmente os dispositivos podem ser divididos em sistemas abertos (recarregáveis) ou fechados (não recarregáveis) e possuem diferentes formas, tamanhos e cores.(4)

A estratégia comercial vem projetando a imagem cada vez mais inovadora dos cigarros eletrônicos, haja vista que uma série de acessórios permitem sua customização segundo as necessidades e desejos do consumidor. Outrossim, a disponibilidade de líquidos com os mais diversos sabores têm atraído a atenção de jovens (fumantes e não fumantes) guiados pela curiosidade e o desejo de novas experiências.(4)

O hábito de fumar é um processo que envolve fatores tanto psicossociais, quanto ambientais, sendo considerado, atualmente, um grande problema de saúde pública. O tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são fatores de riscos importantes para as principais doenças crônicas que acometem seus usuários, tais quais o câncer bucal, doenças pulmonares e cardiovasculares. Estima-se que 8 milhões de pessoas morrem ao ano por doenças relacionadas ao uso tabaco, contudo, apesar deste indicador, aproximadamente 1,1 bilhão de pessoas no mundo são fumantes hoje.(9)

No Brasil, apesar de ser constatado que houve uma redução no número de fumantes nos últimos dez anos, salienta-se que a taxa de fumantes maiores de 18 anos é de 9,8%, o que corresponde a aproximadamente 22 milhões de brasileiros, tendo como índices 12,3 % entre homens e 7,7 % entre mulheres.(7)

Em contrapartida, tem sido notado que o uso do cigarro eletrônico aumenta exponencialmente ao redor do mundo, estimando-se que 68 milhões de pessoas são usuárias deste no contexto atual.8 Além disso, prevê-se que até 2025 o mercado global deste produto ultrapasse 50 bilhões de dólares.(7; 9)

A exposição crônica às substâncias produzidas pelos cigarros eletrônicos, em um nível muito mais alto que no ar, parece trazer risco à saúde dos usuários, bem como para as pessoas passivamente expostas ao vapor.(10) Sobre seus efeitos a médio e longo prazo na saúde humana, ainda não existem conclusões significativas devido ao curto tempo em que os dispositivos se encontram no mercado.

Em relação às doenças pulmonares, a literatura evidencia que ainda não há dados suficientes para determinar se os cigarros eletrônicos causam ou não doenças respiratórias em humanos. Sabe-se que sintomas respiratórios brandos são comumente relatados por seus usuários (como irritação na garganta / boca, cefaleia, tosse e náusea) que tendem a cessar com o tempo de uso.(11)

Além disso, há possibilidade de irritação pulmonar em pessoas com hipersensibilidade a certos produtos químicos.(8) Evidências recentes relataram inflamação brônquica, danos pulmonares, bem como inflamação sistêmica e alteração em células de defesa em indivíduos expostos ao cigarro eletrônico.(11) Observados em conjunto, os achados sugerem que alterações pulmonares podem ser induzidas pelo uso de cigarro eletrônico em curto prazo.

Assim, considerando o conhecimento e disponibilidade do CE entre universitários e a população em geral, é fundamental a existência de intervenções que objetivem estimular hábitos saudáveis entre os estudantes e inibam a adoção do uso desse tipo de dispositivo, evitando, em última análise, o aumento do consumo de outros produtos que também liberem nicotina inalada, incluindo derivados de tabaco.(12)

Portanto, este estudo tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico e de consumo de graduandos usuários de cigarro eletrônico dos cursos de saúde de uma Universidade Privada na Metropolitana I para que se possa propor, a partir da literatura, possíveis estratégias para enfrentamento e diminuição do consumo de cigarro eletrônico por graduandos nos cursos de saúde.

 

MÉTODOS

Tipo de Estudo

Trata-se de um estudo exploratório descritivo, tendo como fonte de informação a pesquisa de campo e abordagem mista sobre “CONSUMO DE CIGARRO ELETRÔNICO POR GRADUANDOS EM CURSOS DE SAÚDE DE UMA UNIVERSIDADE PRIVADA” e ainda, captar diferentes experiências relacionadas ao tema proposto.

Segundo Lakatos e Marconi(13) os estudos exploratórios são investigações de pesquisa empírica, cujo objetivo é a formulação de questões ou de um problema, no qual se empregam geralmente procedimentos sistemáticos para a obtenção de observações empíricas ou para as análises de dados, em que são obtidas frequentemente descrições tanto quantitativas, quanto qualitativas do objeto de estudo.

Para Minayo(14), uma pesquisa exploratória deve seguir os seguintes passos: escolha do tópico de investigação; delimitação do problema, definição do objeto e objetivo, construção do marco teórico conceitual, dos instrumentos de coleta de dados e da exploração do campo.

Trata-se ainda de uma pesquisa de campo que segundo Leopardi et al.(15) são definidas como pesquisa de campo aquelas desenvolvidas cenárias culturais onde se pratica o convívio social. O pesquisador, ao realizar um estudo de campo, procura avaliar profundamente as práticas, comportamentos, crenças e atitudes das pessoas, ou grupos, enquanto estão em ação na vida real.

Para melhor compreensão deste tipo de pesquisa, Creswell(16-17) esclarece que os métodos mistos são uma combinação dos métodos de pesquisas quantitativas com qualitativas, buscando assim responder questões abertas e fechadas. Neste tipo de pesquisa, utilizam-se formas múltiplas de dados contemplando todas as possibilidades, incluindo análises estatísticas e textuais.

De acordo com Creswell e Clarck(18), na pesquisa mista o pesquisador implementa os elementos qualitativos e quantitativos ao mesmo tempo, os dois elementos têm igual ênfase e os resultados separados se convergem (QUAN+ QUAL).

Nesse sentido, Creswell(17) informa que o conceito de reunir diferentes métodos dá ao pesquisador uma observação maior do evento, sendo eles uma ação múltipla de métodos quantitativos, ou múltiplos métodos qualitativos, ou utilização dos dois.

Ressalta-se que os dados quantitativos nesta pesquisa foram obtidos de questões fechadas, enquanto os dados qualitativos das questões abertas, ambos de um mesmo questionário.

 

Aspectos Éticos da Pesquisa

Atendendo aos princípios éticos da Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) nº.466/2012(19) que assegura os direitos e deveres da comunidade científica e dos sujeitos da pesquisa, assim como se respeitando os princípios de justiça, equidade e segurança, este projeto foi encaminhado ao Conselho de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Iguaçu com aprovação segundo CAAE 75264023.0.0000.8044; e parecer de número 6.492.149, no dia 07 de Novembro de 2023.

Em observância à legislação em pesquisa envolvendo seres humanos, os participantes de pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, após serem informados sobre os objetivos da pesquisa, a participação voluntária, o direito ao anonimato e sigilo dos dados informados, além do direito de abandonar a pesquisa em qualquer etapa, se assim desejarem.

Foram previstos procedimentos que assegurem a confidencialidade e privacidade, além da proteção da imagem e a não estigmatização, garantindo a não utilização das informações em prejuízo das pessoas, incluindo em termos de autoestima, de prestígio e/ou econômico-financeiro. Para preservar a identidade dos participantes, serão utilizados nomes comuns, porém, fictícios, para a identificação das falas dos participantes.

 

Campo de Pesquisa

A pesquisa foi desenvolvida na Universidade Iguaçu de Nova Iguaçu, situada na Baixada Fluminense. Vale salientar que a instituição possui toda a estrutura física, funcional, tecnologia, recursos humanos, modelos de gestão e assistência necessários para execução do projeto.

 

Participantes da Pesquisa

Os participantes foram os graduandos dos cursos de Enfermagem, Educação Física, Estética, Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Nutrição e Odontologia, pois se enquadram nos critérios de inclusão e aceitaram, de livre e espontânea vontade, participar desta pesquisa.

Cabe mencionar que os critérios de inclusão dos participantes foram: Ter acima de dezoito anos e pertencer a um dos cursos supracitados.

Como critérios de exclusão: Alunos que estivessem com o curso trancado durante a realização da pesquisa.

 

Coleta dos Dados

Foi utilizado como base o questionário já aplicado em um estudo prévio na UFSC(20) com modificações e questões adicionais inseridas a partir da análise de questionários encontrados na revisão preliminar da literatura.(4; 21) O questionário (Apêndice B) foi adaptado para o modelo on-line da plataforma Google Forms e enviado através de um link para o acesso dos participantes.

Os Coordenadores dos respectivos cursos foram informados sobre a pesquisa, tendo acesso ao projeto e ao questionário, após assinatura de carta de anuência. Deste modo, quando a coleta de dados foi iniciada, solicitou-se a eles que encaminhassem o convite aos graduandos por meio de grupos de whatsapp, sendo estes grupos de turmas. Assim, os graduandos foram convidados a participar da pesquisa com uma breve explicação sobre a temática e os objetivos da pesquisa em questão.

O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE - Apêndice A) foi apresentado previamente à apresentação do questionário, havendo também um link para o acesso e download do arquivo em PDF, e foi recomendado aos participantes que arquivassem o documento para futura consulta, caso necessário. Também foi solicitado aos participantes que informassem seus endereços de e-mail, de forma a permitir a identificação de um formulário em específico (e a exclusão dos dados da amostra) caso haja alguma desistência, bem como o envio de uma cópia das respostas ao participante. O acesso ao questionário só foi possível após o aceite ao TCLE; em caso de discordância, o formulário encaminhava o participante a uma página de agradecimento e encerramento.

Acerca da coleta dos dados, foram obtidos os dados demográficos e foi utilizada a técnica de entrevista semiestruturada que, de acordo com De Souza Minayo, Deslandes e Gomes(22), “é o procedimento mais usual no trabalho de campo. Através desta técnica, o pesquisador busca obter informes contidos na fala dos atores sociais”. Gonzales, Beck e Leopardi15 corroboram que “a entrevista na investigação qualitativa é um recurso importante e pode ser construída de diferentes maneiras, porém, sempre vista como um encontro social”.

Além dos dados demográficos, o questionário possui vinte questões fechadas (múltipla escolha) e uma questão aberta. As variáveis pesquisadas foram: curso; idade; sexo; status tabagista; usuário de cigarro eletrônico; conhecimento sobre cigarro eletrônico; curiosidade, pretensão e influência de amigos no possível uso; comparação entre cigarro convencional e eletrônico; percepção sobre o conhecimento de cigarro eletrônico; conhecimento sobre a legislação do dispositivo no Brasil; conhecimento sobre a lesão pulmonar associada ao uso de cigarro eletrônico; conhecimento sobre a venda dos dispositivos no Brasil; conhecimento do dispositivo como método de cessação do tabagismo; sabores dos dispositivos; fumo passivo através do cigarro eletrônico; custo financeiro anual do dispositivo em comparação ao cigarro convencional; presença de substâncias cancerígenas e de nicotina na composição do produto; informações recebidas e oportunidade de discussão sobre o assunto durante a graduação; opinião sobre o papel do profissional da saúde no conhecimento dos dispositivos, recomendação para fumantes e preparação do profissional quanto a orientação do paciente a respeito de cigarro eletrônico.

 

Tratamento dos Dados Coletados

Os dados coletados foram recuperados da plataforma do Google e organizados em uma planilha do Microsoft Excel 2016®, cabendo ao pesquisador exportar e salvar a planilha. As respostas foram organizadas em grupos, estabelecidos pelos cursos, nos quais os estudantes estavam matriculados.

A organização e análise dos dados do questionário foram feitas com base na divisão:

·         Dados Demográficos: idade, sexo, curso, status tabagista e usuário de cigarros eletrônicos;

·         Curiosidade, pretensão e influência no uso de cigarros eletrônicos;

·         Percepção e conhecimento sobre cigarros eletrônicos (classificação do seu conhecimento, comparação entre cigarro convencional e cigarro eletrônico, risco à saúde, legislação no Brasil, cessação do tabagismo, sabores, fumo passivo e cigarro eletrônico, custo, presença de substâncias cancerígenas e nicotina);

·         Levantamento sobre os conhecimentos recebidos durante cada curso e oportunidade de discussão do assunto;

·         Opinião sobre a importância do conhecimento como profissional da saúde sobre o tema, recomendação de uso e segurança na orientação dos pacientes a respeito do dispositivo.

Após a coleta dos dados foi realizada a análise das entrevistas e os resultados foram apresentados e descritos, seguidos da sua discussão em torno das variáveis do estudo, articulada com o referencial teórico e a análise foi feita pela distribuição da frequência e percentual.

Os dados quantitativos foram dispostos apropriadamente em uma planilha eletrônica e tratados com estatística simples.

Uma vez que a pesquisa contemplou registro de respostas das variáveis do questionário e da entrevista com discurso livre do respondente, a análise dos resultados teve abordagem quantitativa e qualitativa.

Na abordagem quantitativa, a análise descritiva dos dados foi feita baseada em gráficos, distribuições de frequências, tabelas cruzadas e cálculo de estatísticas descritivas, com o objetivo de sintetizar e caracterizar o perfil do graduando que utiliza o cigarro eletrônico.

Em relação aos dados qualitativos, foram transcritas as parcialidades gravadas das entrevistas e foram identificados com nomes fictícios e, por sua vez, foram impressas para facilitar a leitura, organização e análise das informações. Assim, foi realizada inicialmente uma leitura flutuante visando o contato com o material elaborado e fosse feita a elaboração de uma primeira impressão que proporcione uma familiaridade com os dados.

Nesse sentido, após o primeiro contato com todas as entrevistas, prosseguiu-se com uma leitura mais minuciosa de cada entrevista com a finalidade de identificar os temas emergentes em cada uma delas. Este procedimento se repetiu por diversas vezes até a certeza, pelo pesquisador, da identificação dos temas emergentes dos depoimentos. Diante de tal fato, Polit, Beck e Hungler(23) referem que os pesquisadores que utilizam a abordagem qualitativa, devem ler muitas vezes seus dados narrativos em busca do significado e do entendimento mais profundo.

            Após a identificação dos temas emergentes de cada entrevista, foram identificados os temas similares que apareceram com maior frequência nos discursos dos sujeitos. Nessa etapa, os temas foram destacados por meio de recortes de frases dos discursos, identificados com nomes fictícios, tendo que Bardin(24) define essa ação como uma transformação dos dados brutos do texto em dados codificados.

Em seguida, para análise das informações, foi utilizada a análise de conteúdo temática que, segundo Bardin(24), possibilita descobrir os núcleos de sentido que compõe a comunicação e cuja frequência pode significar alguma coisa para o objetivo analítico escolhido. Assim, segundo Bardin(24), a análise temática “É transversal”, isto é, recorta o conjunto das entrevistas através de uma grelha de categoria projetada sobre o conteúdo. Não se tem em conta a dinâmica e a organização, mas a frequência dos temas extraídos dos conjuntos dos discursos, considerados dados segmentáveis e comparáveis”.

Por sua vez, depois da leitura dos relatos dos participantes sobre o nível de conhecimento foram descritos os temas identificados para a construção dos resultados para elaboração das categorias de análise.

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O estudo coletou 203 entrevistas por meio do preenchimento de um formulário no Google Forms. Para que não houvesse nenhuma possibilidade de identificação e associação da história dos participantes da pesquisa, não houve identificação nas informações obtidas.

Ao analisar os dados coletados nas entrevistas, obteve-se as seguintes respostas:

Gráfico 1 – Apresentação do percentual da etnia dos entrevistados. Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brasil. 2024.

 

 

 

 

 

Fonte: Produção dos autores (2024).

Gráfico 2 – Apresentação do percentual do gênero dos entrevistados. Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brasil. 2024.

 

 

 

 

Fonte: Produção dos autores (2024).

Analisando os dados obtidos, constatou-se que dos 203 participantes da pesquisa, 146 são do sexo feminino, enquanto apenas 57 são do sexo masculino, o que representa aproximadamente 28% do total. Em análogo a isso, tem-se que 90 (44%) participantes se consideram brancos, 22 negros (11%), 88 pardos (43%) e 3 (2%) outra etnia a qual não se tinha como opção nas alternativas de resposta para esta pergunta.

 

Gráfico 3 – Apresentação do percentual da faixa etária dos participantes. Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brasil. 2024.

 

 

 

 

 

Fonte: Produção dos autores (2024).

Acerca da faixa etária dos participantes da pesquisa, notou-se que em um todo há um predomínio entre a faixa de 18 a 30 anos de idade, totalizando 104 acadêmicos dos cursos escolhidos para coleta de dados, destacando-se uma maior concentração entre a faixa etária de 21 a 25 anos.

Gráfico 4 – Apresentação do percentual de participantes Tabagistas. Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brasil. 2024.

 

 

 

 

Fonte: Produção dos autores (2024).

 

Gráfico 5 – Apresentação do percentual de participantes que fizeram uso de Cigarro Eletrônico. Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brasil. 2024.

Fonte: Produção dos autores (2024).

Em complemento ao exposto, averiguou-se por meio dos dados coletados que 169 participantes (83%) nunca utilizaram cigarro, tendo apenas 10 (5%) fumantes, 10 (5%) ex-fumantes e 14 (7%) alegam fumar às vezes.

Outrossim, ressalta-se que dentre os 203 participantes, 34 (17%) alegam já terem utilizado cigarro eletrônico ao menos uma vez. Contudo, fazendo uma análise mais aprofundada deste dado, constatou-se que 17 (50%) participantes que já utilizaram CE nunca utilizaram o cigarro convencional antes.

Além disso, notou-se que o menor quantitativo de usuários de Cigarro Eletrônico se encontra entre os fumantes, totalizando 03 participantes, enquanto aqueles que se consideram ex-fumantes totalizam 04 e aqueles que fumam “Às vezes” totalizam 10. Logo, demonstra-se que há uma maior tendência do uso do CE por aqueles que não fumam, o que pode ser reflexo do citado anteriormente acerca da questão do uso deste dispositivo como meio de lazer e socialização entre os jovens.

Dando prosseguimento a análise de dados, foi realizada a seguinte pergunta aos acadêmicos participantes: “Você tem curiosidade sobre a sensação de fumar um cigarro eletrônico ou a pretensão de prová-lo?”. Obteve-se os seguintes dados:

 

Gráfico 6 – Apresentação do percentual de participantes que possuem curiosidade ou pretensão de usar Cigarro Eletrônico. Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brasil. 2024.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Produção dos autores (2024).

Como exposto, 108 participantes (53%) não possuem curiosidade acerca do uso do cigarro eletrônico, bem como 38 participantes (19%) definitivamente não possuem a pretensão de usá-lo. Além disso, 19 possuem curiosidade, 15 não sabem se posicionar acerca deste assunto, porém, fariam o uso caso tivessem a oportunidade.

Apenas 7 participantes (4%) têm a pretensão de fazer uso do cigarro eletrônico. Por mais que este valor pareça ínfimo, uma vez que consiste em apenas 4% no universo de entrevistados, contudo, como posto pelo Filósofo Karl Marx(25), o homem é fruto do meio ao qual está inserido. Logo, estes indivíduos que pretendem fazer o uso de CE em algum momento podem influenciar aqueles que estão em seu convívio para que façam o mesmo e, por conseguinte, contribuirão para o aumento do número de usuários.

Além disso, este fato pode ser um indicio do que foi exposto pela Global State of Tobacco Harm Reduction(8), a qual narra um aumento exponencial do uso do cigarro eletrônico ao redor do mundo, estimando-se que 68 milhões de pessoas são usuárias deste no contexto atual. Fato este confirmado pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (IPEC), o qual divulgou em uma pesquisa afirmando que os usuários de CE no Brasil aumentaram 600% de 2018 a 2023, saindo de 500 mil para 2,9 Milhões(26).

Godoi et al.(27) relata a tendência do uso do Cigarro Eletrônico por universitários em seu estudo, uma vez que expõe que mais da metade dos estudantes entrevistados usavam esse dispositivo, ainda que possuíssem, em sua maioria, a percepção que o uso do CE é danoso à saúde.

Acerca do uso devido a convite de algum colega, obteve-se os seguintes dados:

 

Gráfico 7 – Apresentação do percentual de participantes que fariam uso de Cigarro Eletrônico por convite de um colega. Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brasil. 2024.

 

 

 

Fonte: Produção dos autores (2024).

De acordo com os dados coletados, 159 (78%) alegam que recusariam utilizar Cigarro Eletrônico ainda que seja por intermédio de convite de algum amigo. Porém, como exposto por Martins et al.(1), o uso de CE é associado a diversão e entretenimento entre os jovens, logo, a recusa do uso deste objeto em um meio em que há usuários pode acarretar a exclusão deste jovem. Assim, nota-se que o uso, ou não, do Cigarro Eletrônico pode impactar diretamente nas relações sociais dos jovens no contexto atual.

Fato que pode complementar a fala do autor supracitado é o dado exposto de que 17, dos 34 usuários de CE, nunca terem fumado antes. Logo, isto pode ser indício tanto deste evento, quanto do que foi posto pelo filósofo Karl Marx como supracitado.

Ressalta-se que há um maior destaque para os jovens nesta temática, pois, segundo Barradas et al.(28), o período da adolescência até os 30 anos, sendo esta uma faixa etária em que os indivíduos são mais inclinados à experimentação em geral, o que faz, no viés do contexto em análise, com que sejam mais suscetíveis a experimentar os cigarros eletrônicos. Assim, acentua-se a incidência de uso do dispositivo devido a um modismo, uma vez que há o apelo da identificação e do pertencimento nestes indivíduos dessa mesma faixa etária.

É válido elencar que o foi exposto por este autor é verificado neste estudo, uma vez que, por meio da análise de dados, verificou-se que dos 34 usuários de CE, 27 estão inseridos na faixa etária de 18 a 30 anos, o que equivale a aproximadamente 79% do seu total.

Com o intuito de analisar se os participantes possuíam algum conhecimento acerca do CE, indagou-os sobre como consideravam seu nível de conhecimento acerca da temática. Em análogo a isso, pediu-se que se comparassem o uso do Cigarro Eletrônico com o convencional e qual o impacto do seu uso. Deste modo, obteve-se os seguintes dados:

 

Gráfico 8 – Apresentação do percentual de nível de conhecimento de Cigarro Eletrônico segundo os participantes. Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brasil. 2024.

 

 

 

 

Fonte: Produção dos autores (2024).

Gráfico 9 – Apresentação do percentual de comparação sobre o Cigarro Eletrônico ser mais prejudicial que o convencional. Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brasil. 2024.

 

 

 

 

 

Fonte: Produção dos autores (2024).

Como observado no gráfico 8, 93 participantes (46%) consideram seu nível de conhecimento médio acerca da temática, enquanto 56 (28%) consideram baixo, 27 (13%) alto e 27 (13%) alegam não possuírem conhecimento. Em análogo a isso, no Gráfico 9, 135 participantes (67%) acreditam que o uso de CE é mais prejudicial que o convencional, 42 (21%) acham que ambos são prejudiciais em mesma proporção, 3 (1%) acreditam que é menos prejudicial e 23 (11%) alegam não saber se posicionar acerca ao impacto do CE.

Além disso, constatou-se que entre os 34 usuários do CE, 25 o consideram mais prejudicial que o convencional, porém, ainda assim fazem o seu uso. Outro fato encontrado é que dentre os 42 participantes que possuem curiosidade, almejam utilizar e, apesar de não saberem, mas que talvez usariam o CE, acham, em sua maioria, que este dispositivo é mais prejudicial, o que equivale a aproximadamente 21% do total dos entrevistados.

Como afirmação do exposto, Godoi et al.(27) afirma também em seu estudo que a maioria dos estudantes que utilizavam o CE tinham a percepção de que seu uso é danoso à saúde, entretanto, desconheciam os efeitos e as doenças que poderiam surgir devido as substâncias contidas no dispositivo

Em complemento a análise do Gráfico 9, segundo Menezes et al.(29), os CEs são considerados menos perigosos e tóxicos que os convencionais. Contudo, apesar de menos perigosos, não são isentos de afetar a saúde de seus usuários, já que o vapor gerado ainda apresenta produtos tóxicos, como nicotina, chumbo e agentes cancerígenos, ainda que em menor quantidade em relação à fumaça do cigarro convencional, além de compostos orgânicos voláteis.

Os Cigarros Eletrônicos despontaram como um produto alternativo para aqueles que desejavam parar de fumar, objetivo o qual é destacado desde o seu primeiro nome comercial em 2003, Ruyan, o qual significava “substituto ao ato de fumar” em chinês. Contudo, os mesmos possuem os mesmos componentes que levam à dependência física que os cigarros tradicionais.(2; 4; 28)

Este fato é exposto em parte por Godoi et al.(27) em seu estudo, o qual narra que há uma perspectiva entre os usuários de CE de que o seu uso é uma alternativa para cessar o consumo do cigarro convencional. Contudo, esta pesquisa vai em desencontro acerca da substituição do convencional por meio do uso do eletrônico, uma vez que 118 (58%) dos participantes afirmam que esta premissa é falsa, enquanto 26 (13%) afirmam ser verdadeiro e 59 (29%) não sabem se posicionar.

Fato importante a ser ressaltado é que as estratégias de marketing deixam o produto mais atrativo e popular por meio da propagação do CE como uma solução concebida para mitigar os perigos inerentes aos cigarros convencionais e, simultaneamente, como uma alternativa terapêutica para o tratamento da dependência tabágica e do vício nicotínico(27-28).

Assim, corrobora-se com o aumento da prevalência de uso deste dispositivo, fazendo que haja uma persistência dos hábitos de fumar de modo que ocorra uma dependência psicológica e comportamental, o que ocorre porque o ato de fumar está tão ligado ao vício quanto as substâncias presentes no cigarro. Portanto, a dependência não é apenas uma questão orgânica, mas também afetiva, social e psicológica(27-28).

Por fim, deve-se ressaltar, por intermédio do estudo de Gomes et al.(30), que embora haja confiança na adoção do dispositivo eletrônico para tabagismo como uma estratégia terapêutica, a documentação científica ainda não chegou a uma concordância definitiva em relação à sua aplicabilidade no tratamento da dependência do tabaco.

Em complemento a pergunta anterior, indagou-se a respeito do conhecimento dos participantes acerca do nome dado para o comprometimento pulmonar associado ao uso do cigarro eletrônico. Assim, obteve-se os seguintes dados:

Dos 203 participantes, 120 (59%) não sabiam o nome, enquanto 39 (19%) apontaram sendo Lesão Pulmonar Induzida pelo Cigarro Eletrônico (EVALI), 17 (8%) relatam como Enfisema Pulmonar, 1 como “Pulmão d’água”, 8 como câncer, 2 como Fibrose Pulmonar, 01 como Atelectasia (colapso do tecido pulmonar com perda de volume), 15 como Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).

Como exposto por Junior e Junior(27), o cigarro eletrônico produz grande volume de substâncias tóxicas e cancerígenas que levam a doenças importantes, como cânceres de pulmão, esôfago, boca, pâncreas, bexiga, entre outros; doenças cardiovasculares com forte relação com tabaco, entre as quais infarto e derrame cerebral; e doenças pulmonares, como enfisema.

Gomes et al.(30) expõe em seu estudo uma ênfase nas queixas respiratórias, as quais têm predominância, e queixas gastrointestinais, sugerindo como uma possível influência adversa do uso de cigarros eletrônicos.

Menezes et al.(29) relatam que os CEs também podem provocar: lesão pulmonar induzida por cigarro eletrônico (EVALI); envenenamentos agudos por excesso de nicotina (por ingestão acidental ou intencional); lesões traumáticas, em virtude de explosões e incêndios, resultando em queimadura, dilaceração e hematoma no lábio. Por fim, a saúde bucal também é comprometida, por meio de transformações nos tecidos da cavidade oral, além da redução no fluxo do fluido crevicular, menor sangramento, atraso na cicatrização, degradação periodontal, podendo originar e agravar lesões da mucosa oral, problemas periodontais e periimplantares.

Acerca da EVALI, esta consiste em uma síndrome emergente nos últimos anos que se caracteriza por lesões pulmonares graves, manifestando-se por sintomas como dispneia, tosse, febre, fadiga, dor torácica e sintomas gastrointestinais, incluindo vômitos, náuseas, diarreia e dor abdominal. Assim, ressalta-se a necessidade de investigações mais abrangentes sobre os impactos na saúde dos usuários de cigarros eletrônicos, particularmente no sistema respiratório(30).

Desta maneira, deve-se fomentar a realização de estudos acerca do CE para que se possa aprofundar o conhecimento acerca dos impactos do seu uso, assim como se deve reforçar a importância de medidas de conscientização e regulamentações para mitigar eventuais riscos associados ao uso desses produtos.

Seguindo este viés, aproveitou-se a oportunidade para verificar sobre o conhecimento legislativo dos entrevistados acerca do Cigarro Eletrônico. Para tal, realizou-se indagações a respeito Conhecimento sobre a legislação do cigarro eletrônico e se é permitido a venda de cigarros eletrônicos no Brasil, assim, obteve-se os seguintes dados:

 

Gráfico 10 – Apresentação do percentual sobre o conhecimento dos participantes acerca da Legislação do Cigarro Eletrônico. Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brasil. 2024.

 

 

 

 

Fonte: Produção dos autores (2024).

Gráfico 11 – Apresentação do percentual sobre o conhecimento da permissão de venda de Cigarro Eletrônico. Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brasil. 2024.

 

 

 

 

 

Fonte: Produção dos autores (2024).

Analisando estes dados, nota-se que mais de 50% dos participantes da entrevista possuem a noção da proibição do uso e comercialização do Cigarro Eletrônico. Tal fato é exposto no estudo de Junior e Junior(31), o qual relata que a comercialização, a importação e a propaganda deste produto foram proibidas no Brasil pela Resolução de Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) número 46, de 28 de agosto de 2009. Assim, tornou-se precursor no mundo na proibição de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF), que na época recebeu variadas críticas, evidentemente dos grupos de usuários.

Além disso, Godoy(32) expõe em seu estudo que a atual regulamentação brasileira proíbe a comercialização de cigarros eletrônicos e inclui a adoção de medidas adicionais para coibir o comércio ilegal desses dispositivos, como o aumento das ações de fiscalização e a realização de campanhas educativas. No entanto, manter a vigilância sobre a proibição da venda é uma tarefa difícil, ainda mais por causa do comércio eletrônico, e as pessoas podem obter seus cigarros eletrônicos em viagens internacionais bem como de amigos ou familiares.

Logo, reafirma-se que para obtermos sucesso, deve-se haver um trabalho em conjunto, de modo que se possa alinhar e coordenar esforços entre agências governamentais em nível nacional, estadual e local, bem como entre entidades médicas, instituições educacionais e a sociedade.

Todavia, ainda que a ANVISA institua um ato administrativo normativo, como demonstrado acima, o mesmo não é considerado como lei e ainda que a mesma determine regulamentações em uma norma, ninguém é obrigado a obedecer, pois não é configurada como lei. Assim, deprecia-se toda a luta no combate à regularização do tabagismo, levando os consumidores a acreditarem que os cigarros eletrônicos não fazem mal a saúde.(29)

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia narra que devido à existência de muitas marcas de cigarros eletrônicos com características e composições variadas é difícil gerar estudos confiáveis que comprovem a segurança e eficácia dos cigarros eletrônicos, logo, torna-se árduo autorizar sua comercialização. Além disso, caso este fato venha a ocorrer, serão necessárias normas de controle similares às aplicadas aos cigarros e outros produtos fumígenos(33).

 

Gráfico 12 – Apresentação do percentual sobre o recebimento de informação sobre o Cigarro Eletrônico durante a Graduação. Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brasil. 2024.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Produção dos autores (2024).

Durante o percurso de sua formação acadêmica, o estudante universitário enfrenta uma série de desafios que transcendem não apenas o âmbito educacional, mas também envolvem questões afetivas, sociais e psicológicas. Assim, estes desafios podem torná-los suscetíveis a adotar comportamentos prejudiciais para a saúde devido à influência do meio universitário, o que pode ser um obstáculo na interrupção deste hábito(30).

Conforme os dados expostos no gráfico 12, apenas 67 (33%) dos 203 participantes receberam informação sobre o Cigarro Eletrônico durante a formação, o que pode corroborar para o uso deste dispositivo devido à falta de informação sobre ele. Fato este é demonstrado no estudo de Gomes et al.(30), o qual narra a influência positiva da educação formal na disseminação de conhecimentos sobre os riscos e benefícios relacionados a este dispositivo.

Contudo, constatou-se, ao analisar os dados, que 13 dos 67 participantes são integrantes dos 34 usuários de CE, o que equivale a 38% deste grupo, o que demonstra que 62% destes utilizaram este dispositivo sem terem obtido informações adequadas sobre o mesmo.

Assim, faz-se necessário que se crie intervenções que sejam possíveis de ser aplicadas no meio acadêmico para que se possa mitigar esta problemática a partir das instituições de ensino. Outrossim, com a propagação feita de maneira correta nos cursos participantes deste estudo, pode-se auxiliar, também, a atenuá-la no meio social, haja vista que os profissionais da saúde, como exposto por Ceccon et al.(34), são atores sociais e educadores em potencial.

Este fato exposto pelo autor supracitado é algo presente na perspectiva da maioria dos entrevistados, pois 180 (89%) deles afirmam que, como profissional da saúde, devem obter conhecimento acerca do Cigarro Eletrônico e os impactos acerca do seu uso e orientar seus pacientes sobre isso.

Por fim, como exposto na metodologia deste estudo, restringiu-se a pesquisa para os cursos de saúde da Universidade Iguaçu. Sendo assim, até o momento, teve-se como cursos participantes, segundo os dados coletados:

 

Gráfico 13 – Apresentação do percentual de participante por curso. Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brasil. 2024.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Produção dos autores (2024).

 

Analisando o dado acima, é válido expor que não se obteve os dados de maneira satisfatória no que tange os cursos de Estética, Fisioterapia, Educação Física, Farmácia, Nutrição e Odontologia, devido à baixa adesão por parte de seus discentes. Além disso, nota-se que os dados coletados se concentram nos cursos de Medicina e Enfermagem, o que impacta na obtenção de um perfil epidemiológico fidedigno.

Desta maneira, traçou-se um perfil parcial com os dados levantados e obteve-se o seguinte: Os usuários de CE da Universidade Privada Na Metropolitana I são do sexo feminino, brancos, pertencentes ao curso de Medicina e estão dentro da faixa etária de 20 a 30 anos. Salienta-se que estes nunca usaram cigarro convencional.

 

CONCLUSÕES

O Cigarro Eletrônico é um dispositivo recente no contexto atual, haja vista que o mesmo só se encontra no mercado há cerca de 30 anos, apesar de sua invenção datar há mais de 60 anos. Logo, traçar seus impactos em seus usuários a longo e médio prazo ainda não é possível, fato que é exposto não somente neste estudo, mas em outros que foram utilizados para sua confecção.

Acerca do perfil epidemiológico, devido a baixa adesão por grande parte dos cursos participantes, foi possível traçar apenas um parcial, como demonstrado anteriormente. Porém, ainda não é possível afirmar se há prevalência, ou não, do uso do CE no local em que este estudo foi realizado, pois dos 203 participantes, apenas 34 são usuários ou já usaram este dispositivo.

Apesar da baixa adesão a este estudo por partes da maioria dos cursos, como relatado anteriormente, Gomes et al.(30) e Gódoi et al.(32) demonstram em seus estudos dados semelhantes aos que são apresentados neste estudo em alguns aspectos, o que auxilia na veracidade e embasamento para este estudo que se pretende dar prosseguimento no ano de 2025.

Por fim, ressalta-se que o uso de CE é uma preocupação global, tanto por conta da tendência do aumento dos seus usuários, como também do desconhecimento no âmbito científico acerca dos seus impactos, haja vista que sua curta existência ainda não possibilitou que se fizessem estudos conclusivos.

Logo, deve-se fomentar estudos que possibilitem traçar um perfil epidemiológico fidedigno, assim como ofereçam uma perspectiva ampliada sobre os impactos do uso do Cigarro Eletrônico aos seus usuários para que, deste modo, possa-se orientar a sociedade e os futuros profissionais da saúde sobre isso e se possa mitigar o seu uso.

 

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Fomento e Agradecimento:

Não houve financiamento.

 

Critérios de autoria

 

1. Contribui substancialmente na concepção e/ou no planejamento do estudo: Ribeiro, W.A; Fassarela, B.P.A; Neves, K.C.

2. Obtenção, na análise e/ou interpretação dos dados: Constantino, G.N.B; Acioli, M.M.S; Isaias, C.S.M.

3. Assim como na redação e/ou revisão crítica e aprovação final da versão publicada:  Constantino, G.N.B.

Declaração de conflito de interesses:

Nada a declarar.

 

Editor Científico: Ítalo Arão Pereira Ribeiro. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-0778-1447

Rev Enferm Atual In Derme 2025;99(Ed.Esp): e025047                   

by Atribuição CCBY