MIME-Version: 1.0 Content-Type: multipart/related; boundary="----=_NextPart_01D805FF.758CC9F0" Este documento é uma Página da Web de Arquivo Único, também conhecido como Arquivo Web. Se você estiver lendo essa mensagem, o seu navegador ou editor não oferece suporte ao Arquivo Web. Baixe um navegador que ofereça suporte ao Arquivo Web. ------=_NextPart_01D805FF.758CC9F0 Content-Location: file:///C:/047559EC/1202-Textodoartigo-PTcopiaHTML.htm Content-Transfer-Encoding: quoted-printable Content-Type: text/html; charset="windows-1252"
REPRESENTAÇÕES
SOCIAIS ENTRE GESTANTES VIVENDO COM SOROPOSITIVIDADE PARA HIV: O DISCURSO DO SUJEITO COLETIVO
SOCIAL
REPRESENTATIONS AMONG PREGNANT WOMEN LIVING WITH HIV SEROPOSITIVITY: THE
COLLECTIVE SUBJECT'S DISCOURSE
REPRESENTACIONES SOCIALES ENTRE M=
UJERES
EMBARAZADAS QUE VIVEN CON SEROPOSITIVIDAD DEL VIH: EL DISCURSO DEL SUJETO
COLECTIVO
Floriacy Stabnow Santos1
Adna Nascimento =
Souza2
Janainna Ferreira e =
Silva3
Milena
da Silva Soares4
Iolanda
Graepp Fontoura5
Pedro
Mário Lemos da Silva6
Adriana
Gomes Nogueira Ferreira7
Marcelino
Santos Neto8
Autor correspondente
1
Enfermeira,
Docente da Graduação em enfermagem e da Pós-Graduação em Saúde e Tecnologia=
da
Universidade Federal do Maranhão (MA), Campus Avançado Bom Jesus Av. da
Universidade, S/N, Bairro Dom Afonso Felipe Gregory Im=
peratriz-MA
CEP: 65.915-240 (99) 35296062 ORCID: http://orcid.org/0000-
0001-7840-7642
E-mail:
floriacy.stabnow@ufma.br
2 Enfermeira.
Discente da Pós-graduação em Saúde coletiva da Universidade Federal do Mara=
nhão
(MA), Brasil. ORCID: https://orcid=
.org/0000-0003-3873-5494.
E-mail:
adna.ns@discente.ufma.br
3 Discente do =
curso
de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (MA), Brasil.
ORCID: https://orcid.org/0000-0002=
-0044-6606
E-mail:
janainna.fs@discente.ufma.b=
r
4 Discente do = curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (MA), Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3619-4332 E-mail: silva.milena@discente.ufma.<= o:p>
5 Enfermeira,
Docente da Graduação em enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (MA)
Brasil. ORCID: http://orci=
d.org/0000-0002-9201-480X
E-mail:
iolanda.graepp@ufma.br
6
Médico,
Docente do Curso de medicina da Universidade Federal do Maranhão (MA) Brasi=
l.
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2044-1757 E-mail: pedromario@uol.com
7 Enfermeira,
Docente da Graduação em enfermagem e da Pós-Graduação em Saúde e Tecnologia=
da
Universidade Federal do Maranhão (MA), e da Pós-graduação em Enfermagem da
Universidade Federal do Maranhão (MA), Brasil. ORCID:
https://orcid.org/0000-0002- 7107-1151
E-mail:
adriana.nogueira@ufma.br
8 Farmacêutico
bioquímico, Docente da Graduação em enfermagem e da Pós-Graduação em Saúde e
Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão (MA), e da Pós-graduação em
Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (MA), Brasil. ORCID: https:/=
/orcid.org/0000-0002-
6105-1886
=
E-mail:
marcelino.santos@ufma.br
RESUMO
Objetivo: conhecer as
representações sociais da gravidez entre gestantes vivendo com HIV positivo=
. Métodos: estudo qualitativo,
fundamentado na Teoria das Representações Sociais. Os dados foram coletados
entre março e maio de 2018 através de entrevista semiestruturada iniciada c=
om a
questão norteadora da pesquisa: “Fale-me como se sente em relação a sua ges=
tação?”
Foram incluídas mulheres com
soropositividade para HIV conhecida antes da atual gravidez, atendidas em
maternidade de referência do interior do nordeste do Brasil com idade maior=
de
18 anos. Para a análise utilizou-se o discurso do Sujeito Coletivo. Resultados: Foram entrevistadas 12
gestantes na faixa etária de 20 a 45 anos e dos discursos emergiram os tema=
s:
Descoberta da soropositividade; Motivos da atual gravidez; Percepção quanto=
a
possibilidade da transmissão vertical; Sentimentos quanto ao futuro dos beb=
ês e
Fatores facilitadores da adesão terapêutica. Considerações finais: Tornou-se evidente que as gestantes passam
por decepção e choque no recebimento do diagnóstico entre outros sentimentos
negativos, manifestando-se não apenas ao descobrir-se HIV-positivo, mas em
diversas áreas da vida. As gestantes manifestaram boas expectativas quanto =
ao
futuro de seus filhos e conheciam os benefícios da adesão terapêutica.
Palavras-chav=
e: Gestantes;
Soropositividade para HIV; Saúde da Mulher; Transmissão Vertical de Doenç=
as
Infecciosas; Cuidado de Enfermagem.
ABSTRACT
Objective: to know the social representations<=
/span>
of pregnancy among pregnant women living with H=
IV
positive. Methods: qualitative study, based on the =
Theory
of Social Representations. Data were collected between March and May 2018 through a semi-structured interview initia=
ted
with the research's guide question: "Tell =
me how
you feel about your pregna=
ncy?"
We included women with HIV seropositivity known before the current pregnancy, attended in a reference m=
aternity
hospital in the northeast of Brazil aged over 18 years. For the analysis, the collective subject discourse was used. Results:
We interviewed 12 pregnant women aged
20 to 45 years and the following themes emerged from the discourses:
Discovery of seropositivity; Reasons
for the current pregnancy<=
/span>; Perception regarding the
possibility of vertical transmission; Feelings about the future of babies a=
nd
Factors that facilitate th=
erapeutic
adherence. Final
considerations: It became evident
that pregnant women experience disappointment a=
nd shock in receiving the diagnosis among other negative feelings, manifesting themselves no=
t only
when discovering HIV-positive, but
in several areas of=
life.
The pregnant women expressed good
expectations about the future of their children and knew the
Keywords: Pregnant Women; HIV Seropositivity; Women's=
span>
Health; Infectious Disease Transmission
Vertical; Nursing Care.
RESUMEN
Objetivo:<=
/b> conocer
las representaciones sociales del embarazo en =
mujeres embarazadas que viven con=
el VIH.
Métodos: =
estudio
cualitativo, basado=
en la Teoría de las Representaciones
Sociales. Los datos se rec=
olectaron
entre marzo y mayo =
de 2018
a través de una entrevista semiestructurada que=
comenzó con la pregunta guía de
la investigación: "¿D=
ime
cómo te sientes ace=
rca de
tu embarazo?" Se incl=
uyeron
mujeres con seropositividad al VIH conocida antes del embarazo actual, atendidas en una materni=
dad
de referência en el
interior del noreste de Brasil, mayores de 18 <=
span
class=3DSpellE>años. Para el análisis se=
utilizó el discurso del Sujeto=
span> Colectivo. R=
esultados:
se entrevistó a 12 gestantes de entre 20 y 45 <=
span
class=3DSpellE>años y de los discursos surgiero=
n
los siguientes temas: Desc=
ubrimiento
de la seropositividad; Raz=
ones
del embarazo actual=
; Percepción de la posibilidad de transmisión vertical; Sentimient=
os
sobre el futuro de los bebés y Factores que facilitan<=
/span>
la adherencia terapéutica<=
/span>. Consideraciones=
finales:=
Se hizo evidente que las muj=
eres embarazadas experimentan =
desilusión y conmoción al=
recibir el diagnóstico, entre ot=
ros
sentimientos negativos, ma=
nifestándose
no solo cuando descubren=
span>
que son seropositivas, sino
en diferentes ámbitos de la vida. Las mujeres <=
span
class=3DSpellE>embarazadas expresaron buenas expectativas sobre el futuro de sus hijos y fueron consciente=
s de los
beneficios de la adherenci=
a
terapéutica. =
Palabras<=
/span> clave: Mujeres Embarazadas;
Seropositividad para VIH; Salud de la Mujer; Transmisión
Vertical ; Cuidado de Enfermeira
INTRODUÇÃO
A proporção de infect=
ados
pelo HIV na América Latina e no Caribe permaneceu estável entre 2010 e 2015=
com
aproximadamente 100.000 novas pessoas anualmente. Como país mais populoso da
região, o Brasil conta com a maior proporção de novas infecções, cerca de 4=
0%
do total de novos infectados. Atualmente cerca de 830.000 pessoas infectadas
vivem no país, desse número, 290.000 correspondem a mulheres adultas com ma=
is
de 15 anos(1).
A relação preocupante
entre o HIV e as mulheres brasileiras tem sido objeto de diversas investigações(2-4). Maior exposi=
ção
aos fatores de risco e maior preocupação desse grupo na promoção da saúde
(especialmente no ciclo gravídico-puerperal), são possíveis causas do aumen=
to
dos diagnósticos nesse público. O modo de transmissão de maior prevalência =
é o
sexual e na faixa etária de 25 a 34 anos, período bastante delicado e perig=
oso,
correspondente a idade fértil(5)=
.
Com o avanço das
pesquisas a respeito do HIV e com o desenvolvimento de antirretrovirais, foi
realizado um estudo conhecido como “Protocolo 076” a fim de determinar se
Zidovudina (AZT) administrada em mulheres HIV-positivo durante a gravidez e=
ao
bebê até a sexta semana de vida poderia reduzir as taxas de infecção do vír=
us
nos bebês. Os resultados indicaram que apenas 8 de 100 crianças do grupo que
recebeu AZT foram infectadas comparados com 25 de 100 crianças do grupo pla=
cebo
que foram infectadas(6).
Muito progresso foi
alcançado no conhecimento acerca da patogênese, tratamento, transmissão do =
HIV
e fatores que influenciam o risco de transmissão vertical (TV). Além da
interrupção da transmissão de mãe pra filho. Entretanto, apesar dos avanços
científicos e tecnológicos, muitos são os desafios para a eliminação da
transmissão vertical em países em desenvolvimento(=
7).
A gestação como um
processo que implica mudanças físicas, biológicas e emocionais quando ocorr=
e no
cenário sensibilizado devido à presença do HIV repercute fortemente na vida=
das
mulheres. Equipes de saúde com profissionais habilitados para fornecer
assistência para esse grupo precisam contemplá-las integralmente envolvendo
suas particularidades e subjetividades(8).
A maternidade é um momento do ciclo de v=
ida da
mulher enfrentada de forma única. Em mulheres soropositivas, a experiência
torna-se ainda mais singular, o que requer uma equipe sensibilizada para
acolher, incluir, compreender e apoiar, em todos os níveis de atenção, send=
o o
acompanhamento pré-natal de alto risco, ferramenta que agrega qualidade na
assistência em saúde nessa jornada(9).
No Brasil, os protoco=
los
de assistência pré-natal de alto risco incluem consultas e exames realizado=
s em
intervalo definido de acordo com a condição da gestante. O principal objeti=
vo é
interferir no curso de uma gestação que possui maior chance de ter um resul=
tado
desfavorável, de maneira a diminuir o risco ao qual está expostos
o binômio mãe-filho. Quaisquer fatores que possam comprometer a gravidez, a
equipe de saúde deve estar preparada para enfrentar, sejam eles clínicos,
obstétricos, socioeconômico ou mesmo emocional(10).
O Pré-natal é um
importante meio de monitorar as condições
de desenvolvimento da gravidez, das condições imunológicas, da adesão ao us=
o de
antirretrovirais (ARV), ponto fundamental na interrupção da cadeia da
transmissibilidade, além da investigação das condições psicossociais da
gestante. A postura acolhedora em relação aos sentimentos que
surgem no momento do diagnóstico e da vivência da soropositividade deve ser
assumida pelos profissionais, permitindo a identificação de vulnerabilidades(10).
A equipe de enfermagem no que tange a promoção da saúde
sejam elas como ação preventiva, educativa ou holística, é fundamental. O
enfermeiro exerce papel central ao efetivar a implementação dos cuidados
preconizados para promoção da saúde no contexto da TV do HIV, atuando em to=
das
as fases que constituem a linha do cuidado, desde o período pré-concepciona=
l,
pré-natal, parto até o puerpério(11).
A assistência de saúd=
e a
gestante com soropositividade para o HIV envolve também o cuidado emocional,
incluindo além dos procedimentos e rotinas assistenciais, uma abordagem
integral da mulher(12). Di=
ante
disso, essa pesquisa foi realizada com o objetivo de conhecer as representa=
ções
sociais da gravidez em gestantes vivendo com HIV.
MÉTODOS
Estudo qualita=
tivo
fundamentado na Teoria das Representações Sociais, sustentadora da ideia de=
que
em toda sociedade os indivíduos compartilham representações, opiniões, cren=
ças,
valores, que são externos a estes indivíduos, e a compreensão do processo de
construção do conhecimento é do senso comum, sendo possível inferir que o
estudo de uma representação pressupõe investigar o que pensam, por que pens=
am e
como pensam os indivíduos(13).
As
representações sociais são fenômenos que estão relacionados com o modo
particular de compreender e se comunicar, que necessitam ser descritos e
explicados, pois cria tanto a realidade como o senso comum e tem como
finalidade abstrair sentidos do mundo e introduzir nele percepções e ordens=
que
possam reproduzi-lo de forma significativa(<=
/span>14).
A
proposta do DSC possibilita reunir distintos discursos ou pensamentos de
conjuntos de indivíduos sob categorias únicas, que, de alguma forma, descre=
vem
seus sentidos(15), desenvo=
lvido
por Lefevre e Lefevre(16)
para explorar as representações, os valores e as crenças de mulheres
HIV-positivo acerca de sua gravidez.
O cenário do estudo foi o Hospital Regio=
nal
Materno Infantil de Imperatriz-MA (HRMI), mater=
nidade
pública de referência no sudoeste maranhense, que dispõe de serviços de urgência e emergência obstétrica, parto e nascime=
nto,
UTI neonatal, Banco de Leite Humano, entre outros serviços. A maternidade
também conta com o Serviço Ambulatorial Especializado, um conjunto de servi=
ços
disponibilizados para o monitoramento de mulheres em gestação com alto risc=
o de
desenvolvimento de complicações.
Os sujeitos envolvidos na pesquisa foram gestant=
es
que atendiam aos seguintes critérios de inclusão: soropositivid=
ade
para HIV conhecida antes da atual gravidez, ser atendida no HRMI e ter no
mínimo 18 anos de idade. Os critérios de exclusão foram: usuária com incapa=
cidade
de compreender comando verbal ou que apresentavam problemas mentais e de
linguagem, implicando em dificuldade de comunicação entre pesquisador e
participantes.
Considerando
o critério da saturação por exaustão, onde todos os sujeitos elegíveis fora=
m abordados(17) durante o período =
da
pesquisa, 13 mulheres que se adequavam aos critérios de inclusão estavam se=
ndo
acompanhadas no pré-natal no Serviço Ambulatorial Especializado (SAE) do HR=
MI.
No entanto, uma gestante negou-se a participar do estudo, alegando desconfo=
rto
em responder a pesquisa, sendo o total de participantes 12 gestantes.
Os dados foram coleta=
dos
nos meses de março a maio de 2018 através de entrevista semiestruturada com
perguntas relacionadas as condições sociodemográficas e com um roteiro base=
ado
na questão norteadora da pesquisa: “Fale-me como se sente em relação a sua
gestação”?
As entrevistas foram
realizadas individualmente, apenas com a presença da pesquisadora e em sala=
de
atendimento especializado, ambiente onde todas as gestantes se dirigiam apó=
s a
consulta de pré-natal com obstetra e cada entrevista durou aproximadamente =
20 minutos.
A pesquisa foi
apresentada previamente as gestantes pelo médico responsável pelo
acompanhamento do pré-natal de alto risco durante a consulta médica (pessoa=
de
confiança das entrevistadas), de sorte a reduzir o primeiro impacto nas
participantes em conversar com alguém com quem elas não estavam habituadas.
Após discorrer resumidamente em linguagem acessível sobre o trabalho e acei=
te
do convite a participação através do consentimento escrito das pacientes, a
primeira autora realizou entrevista individual com o simultâneo registro do
áudio a fim de assegurar a fidedignidade dos dados.
Na
fase analítica, foi utilizada para organização e tabulação das falas, o
Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), esse método de
processamento dos dados qualitativos foi desenvolvido por Lefevre(16), que apresenta uma proposta de
análise a partir de discursos coletivos, que agrega os depoimentos sem
reduzi-los a quantidades através de procedimentos sistemáticos e padronizad=
os,
sendo necessário identificar quatro operadores:
as Expressões-Chave (E-Ch), as Ideias Ce=
ntrais
(IC), as Ancoragens (AC) e finalmente os Discursos do Sujeito Coletivo (DSC=
).
As ECH são trechos selecionados do material verbal=
de
cada depoimento, que melhor descrevem seu conteúdo. Podem ser trechos contí=
nuos
ou descontínuos que o pesquisador deve selecionar que revelam a teoria
subjacente, sendo retirarado do discurso tudo o=
que
for irrelevante, ficando apenas com partes que revelam a essência do
pensamento, de forma literal como ele aparece(16).
AC são como as IC, fórmulas sintéticas que descrev=
em
não os sentimentos, mas as ideologias, os valores, as crenças, presentes no
material verbal das respostas individuais ou das agrupadas, sob a forma de
afirmações genéricas destinadas a enquadrar situações particulares. Na
metodologia do DSC, considera-se que existem AC apenas quando há, no materi=
al
verbal, marcas discursivas explícitas dessas afirmações genéricas(16).
DSC são as reuniões d=
as
ECH presentes nos depoimentos, que têm IC e/ou AC de sentido semelhante ou =
complementar(16).
As
entrevistas foram transcritas integralmente e após a leitura exaustiva do
material, foram identificadas as ECH e as Ideias Centrais (IC) também foram=
definidas(16).
O presente estudo ate=
ndeu
as recomendações éticas e foi aprovado do projeto pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão sob o número do Parecer:
2.496.047.
RESULTADOS
Participaram do estudo 12 gestantes na faixa etári=
a de
20 a 45 anos, sendo a idade média de 32,6 anos (DP ± 5,9 anos). Sete das
participantes se autodeclaravam pardas, haviam concluído o Ensino Médio e
possuíam renda familiar de até um salário mínimo (58,3%). União estável foi=
o
estado civil relatado por seis mulheres (50%). Nove gestantes (75%) residia=
m em
municípios vizinhos e o tempo de diagnóstico de HIV-positivo informado foi =
de 1
a 9 anos.
Sabe-se
que é um momento crítico o descobrimento da soropositividade para o HIV, a =
fim
de compreender a dimensão dessa experiência, as mulheres foram questionadas
sobre os sentimentos vivenciados ao receber o diagnóstico. Entre as pausas,
lágrimas e a dificuldade de pôr em palavras como se sentiram, em quatro das
falas (33,3%) foi apreendida IC 1- Tristeza, decepção e choque; em três rel=
atos
(25%) emergiu IC 2- Da raiva a aceitação e em duas entrevistas (16,7%) foi
percebida IC 3- Emoções extremamente negativas, como pode ser percebido no
discurso-síntese abaixo. DSC 1 - Descoberta da soropositividade:
Eu me senti excluída, pensei por que aconteceu comigo? Eu não sei
explicar direito não, sentimento de decepção, de tristeza, porque têm muitos
meios da gente se proteger e eu não me protegi. Foi um choque pra mim, como=
se
o meu chão caísse, foi difícil.
Senti
um pouquinho de raiva, mas depois vai passando, a vida continua. Um pouco de
revolta também porque ele já tinha quase certeza que era, e não hesitou em =
me
contaminar, mas com o tempo passou. Eu senti pouca coisa, até que eu não ti=
ve
muita reação. É triste, a gente chora, fica abalada e tudo, mas tem que faz=
er o
tratamento, não pode se entregar. Eu já vivo tranquila, normal, como uma pe=
ssoa
normal.
Senti
angústia, foi como ter recebido uma sentença, foi como me dissessem que tin=
ha
acabado tudo. Me senti um lixo, todo sentimento ruim, passou pela minha cab=
eça,
ódio.
Diferentes
aspectos podem influenciar as decisões sobre a maternidade, em especial no =
caso
de mulheres soropositivas, os desejos do parceiro, a influência da família =
e a
saúde reprodutiva podem ser citadas como exemplo. Os motivos da atual gravi=
dez
foram narrados pelas gestantes demostrando singularidade o que gerou um
discurso heterogêneo, envolvendo as seguintes ideias centrais: IC 1-
descuido/falha nos métodos anticoncepcionais (seis depoimentos - 50%); IC 2-
Desejo de ser mãe/pai (dois relatos -16,7%) e IC 3- Fertilidade inesperada
(dois relatos- 16,7%). DSC 2 - Motivos da atual gravidez:
Descuido
mesmo, um pouquinho de descuido. Vacilo mesmo, pura burrice. A camisinha
estourou, eu estava na medicação ainda pra evitar. Engravidei pra poder lig=
ar.
Eu sempre quis engravidar, apesar do problema e tudo. Eu tenho muita vontade de ser mãe, eu queria muito mesmo ter mais um (filho), apesar do problema que = é um dos mais graves, né? Ele (o parceiro) queria ter um filho, ele só tem um. <= o:p>
Eu
nem pensava mais de engravidar, por que eu sou muito difícil de engravidar,=
aí
aconteceu, é bem-vindo. Essa gravidez não foi planejada. Ele (parceiro) fal=
ou
que não fazia filho, aí ele falou que não ia usar camisinha, e aconteceu de=
eu
engravidar.
A
gravidez para as mulheres soropositivas tem importantes implicações pessoai=
s e
para a saúde pública. Foi possível perceber que os sentimentos negativos
vivenciados na descoberta diagnóstica do HIV retornam, em alguns casos, com
maior peso. Ao conhecer como as gestantes percebem a possibilidade da
ocorrência da TV, seis entrevistadas (50%) relataram IC 1- Medo, e três (25=
%)
descreveram IC 2- Tristeza e culpa em suas respostas. DSC 3 - Percepção qua=
nto
à possibilidade da transmissão vertical.
Não
dá nem pra descrever o que a gente sente, por que é meio complicado. Eu ent=
rei
em pânico quando descobri que estava grávida, eu não queria mais, mas eu não
tive coragem de abortar, porque eu fiquei pensando, se fosse de morrer eu q=
ue
tinha que morrer não um inocente que está na minha barriga. Eu tenho muito
medo, que nasça com a doença
Me
sinto a pior pessoa do mundo por engravidar e o meu filho correr o risco de
nascer com esse problema, eu podia ter ficado mais esperta, me sinto culpad=
a,
me sinto assim ruim. Eu fico triste por ele ou por ela, eu não sei ainda qu=
al é
o sexo. Me sinto meio desconfortável por não poder amamentar.
Nenhuma
das pacientes teve filho com soroconversão posi=
tiva
para o HIV, entretanto duas pacientes haviam tido filhos expostos ao vírus,=
um
deles com um ano e quatro meses na época da pesquisa. Ao discorrer sobre o
futuro de seus bebês, em oito dos depoimentos (66,6%) emergiu IC 1- Fé em
Deus/boas expectativas para o futuro e em duas entrevistas (16,7%) IC 2-
Esperança na terapêutica foi apreendida. DSC 4 - Sentimentos quanto ao futu=
ro
dos bebês.
Agora
mesmo eu já penso assim no caminho longo que eu vou ter que percorrer até a
menina completar um ano e seis meses ou o menino. Rezo muito para que ele n=
ão
saia contaminado também, porque se não sair vou agradecer demais, está entr=
egue
nas mãos de Deus, estou torcendo para ele não ter o mesmo problema que eu. =
Eu
espero em Deus, eu oro todo dia e peço que não nasça com o HIV. Deus vai aj=
udar
que não vai nascer com o vírus, porque eu quero que nasça saudável, eu espe=
ro
que ela seja uma criança normal, igual às outras.
Mesmo
assim que os médicos falam né que a gente fazendo o pré-natal direitinho,
fazendo os remédios, que diminui muito (risco de transmissão vertical), Eu
espero cuidar bem, receber com toda alegria, criando com todo carinho, porq=
ue a
gente já é feliz só em saber que vai nascer, é uma sensação boa maravilhosa=
, é
bem-vindo. Eu espero que as melhores coisas na vida dele aconteçam só o mel=
hor,
nada mais.
Todas
as entrevistadas estavam em TARV, com variados períodos relatados. A maioria
respondeu de forma concisa a pergunta quanto ao uso correto da medicação,
entretanto como fatores facilitadores da adesão terapêutica foi possível
identificar um tripé que sustenta o uso correto da medicação, formando a
seguinte ideia central originada de três falas (25%): IC 1- Estar gestante,
tempo de diagnóstico mais prolongado e suporte social contribuem para adesã=
o ao
tratamento, como no discurso síntese abaixo. DSC 5 - Fatores facilitadores =
da
adesão terapêutica.
No
começo eu não usava os medicamentos direito, aí depois que a ficha caiu eu =
fui
usando direito. Ah se eu aqui acolá eu não tomo o remédio durante o tempo q=
ue
eu não estou gestante, quando eu estou eu procuro fazer tudo certinho, o má=
ximo
possível, fazer os exames tudo certinho, vir ao médico direitinho, tudo que=
tá
ao meu alcance eu procuro fazer, os exames tudo. Assim o que eu posso fazer=
. E
não amamentei minha menina dei o remédio pra ela direitinho quando ela nasc=
eu
também, com fé em Deus vai dar tudo certo como deu com a primeira.
Na
gravidez do meu menino eu tomei. Eu parei porque eu estava no interior, aí
quando eu vim não deu certo de fazer o acompanhamento em Açailândia. Mas de=
ssa
gravidez eu estou tomando e agora eu vou fazer e quero continuar fazendo.
Desde
a época que eu descobri, já comecei a tomar os remédios. Uso direto não pode
falhar não senão meu marido me dá um puxão de orelha, ele cuida bem.
DISCUSSÃO
A saúde psicossocial =
de
soropositivas é um importante fator a ser abordado. O sofrimento emocional
relatado na descoberta da soropositividade (DSC 1) foi notado no estudo que
descreveu a internalização do estigma como uma das reações ao diagnóstico da
infecção levando a respostas negativas(18).
Foi perceptível a vivacidade dessa memória, mesmo em pacientes diagnosticad=
as
anos atrás. Ao viver a experiência da maternidade, revelou-se o “retorno”
desses sentimentos. Como provedores do cuidado, a equipe de saúde deve ter
maior sensibilidade quanto a esse impacto, inclusive promovendo estratégias
para redução desse estigma(19-20=
).
A atitude e percepção
negativa sobre si mesmo são reconhecidas como autoesti=
gma.
Essa situação pode ter vários determinantes, tais como percepção da severid=
ade
da infecção, falsas crenças sobre vias de transmissão, etc. Significativa
melhora na qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV foi constatada após=
a
implementação de programa para redução do estigma, com resultados positivos
quanto ao bem estar psicológico. Maior abordagem=
sobre
a adaptação psicológica/emocional dessa população faz-se necessária(21-22).
Em uma avaliação do
suporte social recebido por mulheres HIV-positivo, foram encontrados menor =
medo
de rejeição e de compartilhar o status sorológico em associação com sentir-=
se
amada, e ter como membro da rede de suporte outras pessoas com a mesma
sorologia foi fator associado com menos relatos de sintomas depressivos(23).
Assim, formulação de políticas para redução do estigma e a atenção da equipe
multidisciplinar devem ter como alvo o aumento do suporte emocional refleti=
ndo
diretamente no bem-estar e saúde mental desse grupo.
Rodas de conversa, gr=
upos
de apoio, material educativo e atividades entre pares são ferramentas válid=
as
nesse contexto. Ao explorar experiências de gestantes participantes e mento=
ras
de um programa de tutoria de uma organização do terceiro setor voltado para=
o
período gestacional e puerperal no contexto do HIV (executado por soroposit=
ivas)
estudo inglês encontrou que as orientações resultaram, entre outros benefíc=
ios,
em reforço das recomendações médicas, estratégias práticas para lidar com H=
IV e
maternidade, aceitação sem julgamentos e desenvolvimento de autoconfiança, =
além
de impactos positivos nas mães voluntárias(24).
A ausência do
Planejamento Familiar evidenciada no DSC 2 revela sentimentos ambíguos, uma vez que mesmo
não havendo planejamento após a descoberta as gestantes demonstraram aceita=
ção
e desejo pela gravidez, apesar do aborto ter sido mencionado por uma das
entrevistadas. Estudo comparativo entre dois grupos de mulheres em idade fé=
rtil
(um grupo de mulheres HIV-positivo e o outro de mulheres sem esse diagnósti=
co)
ao avaliar as tendências de gravidez não planejada estabeleceu um aumento m=
ais
significativo de gravidez não desejada e ambivalente entre mulheres HIV
positivo do que em mulheres sem HIV(<=
sup>25).
Pesquisa
sobre a intenção da gravidez em mulheres HIV-positivo estabeleceu menor ris=
co
de gravidez não planejada/ambivalente associado a gravidez anterior
pós-diagnóstico de soropositividade, consulta recente com profissional da s=
aúde
e a paciente ter iniciado conversa sobre gravidez no ano anterior(26).
Os autores enfatizam a contribuição do planejamento reprodutivo na saúde da
família, incluindo discussões sobre contracepção efetiva, gravidez desejada,
bem como métodos seguros de concepção, iniciadas pela equipe de saúde, a fi=
m de
que a escolha pela gravidez seja percebida como um direito reprodutivo
assegurado.
Sobre os sentimentos
voltados ao risco de TV expressos no DSC 3 as gestantes expressaram o compl=
exo
papel de ser fonte de vida/possível infecção, bem como o desconforto de ter=
a
relação mãe e filho afetada devido a não amament=
ação.
A TV implica a herança de um tabu, suas representações, significados,
transmitindo assim o mesmo sofrimento, medo e angústias vivenciadas na
descoberta do diagnóstico(27).
Quanto
as expectativas para o bebê, a esperança no futuro e a confiança em Deus
expressas no DSC 4 foram achados equivalentes a pesquisa realizada com mulh=
eres
iranianas e a experiência da gestação no contexto do HIV, em que as
participantes encontravam na fé em Deus conforto para suas inquietudes e
necessidades acreditando que a saúde do bebê estava sob a vontade de Deus,
cabendo a elas confiar e “entregar nas mãos Dele”(28). Em estudo realizado com gestante=
s de
alto risco sobre a idealização de seus filhos, foi observado que as
idealizações são significativas para a construção da relação afetiva,
proporcionando vínculo com o filho que se prolongará até após o nascimento(28). Desta forma é
importante reforçar os sentimentos positivos, além da confiança no tratamen=
to
de modo a atender as dúvidas da mãe e proporcionar maior autonomia a mesma.=
Estudo corrobora os
fatores facilitadores da adesão terapêutica identificados nos relatos das
participantes conforme demonstrado no DSC 5. Pacientes com mais de 10 anos
diagnosticados apresentaram melhores taxas de adesão te=
rapêutica(29),
relação enunciada no discurso das entrevistadas quanto a TARV. Suporte soci=
al,
especialmente da família e da equipe de saúde, cuidar de filhos e ter
espiritualidade fortalecida funcionam como propulsores da adesão à vida e
consequentemente facilitam a adesão terapêutica(=
sup>30).
Uma participante comentou que em sua gestação anterior não houve TV e essa
evidência fortaleceu seu compromisso com o tratamento.
Como limitação aponta=
-se
que essa realidade apresentada no presente estudo não pode ser generalizada
para outros contextos e outras populações.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
A feminização =
da
infecção pelo HIV denota particularidades na assistência à saúde, assim, ao
buscar conhecer as representações sociais das gestantes no contexto da
soropositividade posisibilitou conhecer os
sentimentos como decepção e choque no recebimento do diagnóstico além de
tristeza, culpa e medo, manifestando-se não apenas ao descobrir-se HIV-posi=
tivo
mas também em descobrir-se gravida onde sentimentos ambivalentes transitam
entre inesperada mas não evitada e desejada.
Por meio do di=
scurso
do sujeito coletivo foi possível identificar a preocupação com o risco da T=
V e
os outros aspectos, como a fé, todavia as gestantes depositavam boas
expectativas quanto ao futuro de seus filhos, conheciam os benefícios da ad=
esão
terapêutica e recorriam à fé como uma âncora em meio às turbulentas emoções.
Assim, ressalta-se o relevante papel da equipe de saúde, o reconhecimento d=
as
Representações Sociais de gestantes soropositivas para o HIV de modo a
possibilitar um atendimento individualizado e humanizado atentando para os
sentimentos, anseios, dúvidas assegurando assim um atendimento de qualidade
voltado para uma gestação saudável.
Partindo desse
reconhecimento, estudos mais abrangentes na realidade brasileira sobre as
relações entre o HIV e a maternidade tanto de caráter qualitativo como de
caráter quantitativo podem contribuir para conhecer melhor a situação de
mulheres grávidas e soropositivas para o HIV, permitindo análises em maiores
amostras, com outro perfil demográfico visando identificar as semelhanças c=
om o
presente estudo e considerando que esses dados não são generalizáveis.
Fomento e Agradecimento:
A Universidade Federal =
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Aprovado: 2021-12-29