INTRODUÇÃO

As úlceras venosas (UV) são consideradas como problema de saúde públi= ca, com altos índices de incidência e prevalência, tanto no Brasil como no mundo. C= om o aumento da expectativa de vida, há um crescimento de doenças crônicas não transmissíveis, entre elas, as UV ⁽¹⁾, fato que demanda atenção = dos profissionais de saúde da atenção primária, atuação qualificada para a prom= oção de cuidados com vistas a reduzir o impacto na vida desses indivíduos e de s= eus familiares. Tais lesões representam a forma grave da insuficiência venosa crônica, caracterizando-se como uma lesão aberta, de difícil cicatrização, e alta taxa de recidivas, que requerem cuidados tópicos, uso de terapia compressiva para controle da hipertensão venosa e mudança no estilo de vida= ⁽²⁾.

Na maioria das vezes, as UV iniciam-se por um trauma e têm como princ= ipal etiologia a insuficiência venosa crônica, uma anormalidade do funcionamento= do sistema venoso que pode afetar tanto o sistema venoso profundo como o superficial ⁽³⁾.

O dia a dia = com esse tipo de ferida, envolve diversos fatores, como a presença do odor desagradável, alto grau de exsudação, dor, mobilidade limitada e isolamento social⁽⁴⁾, período prolongado para a cicatrização da úlcera e frequentes trocas de curativo⁽⁵⁾, que afetam de forma negativa a qualidade de vida da pessoa, fatores que demandam cuidados no domicílio e acompanhamento em serviços de enfermagem especializados⁽⁴⁾.=

A literatura sinaliza ^(6-7) que a presença de UV leva o portador = a um sofrimento que afeta a dimensão física, emocional e psicológica do ser huma= no, que interfere diretamente no cotidiano de homens e mulheres ⁽²⁾, o q= ue contribui negativamente para mudanças no estilo e na qualidade de vida.

Nesse sentid= o, no que tange aos aspectos físico e psicossocial, a dor e a dificuldade de mobilidade, geradas pelas UV, limitam as atividades da vida diária e labora= is, o que compromete o estado emocional e o convívio social ⁽⁸⁾. Con= sequentemente, a UV gera impactos financeiros na vida do indivíduo e provocada nos extensivos às esfe= ras familiar e social, fator que demonstra a complexidade da problemática. Tal situação pode gerar nos portadores de UV ansiedade e problemas de depressão= , o que impacta negativamente no processo cicatricial da lesão, de tal modo, fa= z-se necessário promover o bem-estar psicológico desses indivíduos, com o objeti= vo de contribuir para a melhoria do seu quadro clínico ^(1).=

Dessa for= ma, a participação da família nos cuidados do portador de UV pode repercutir na redução das recidivas ⁽⁴⁾. Tal participação envolve a forma que = uma pessoa que cuida e assiste um familiar com algum tipo de doença, de modo qu= e a sua vida passa a organizar-se em torno do cuidado ao familiar ^{(9). O
c}onhecimento da realida= de dos familiares de portadores de UV pode propiciar melhor condução no planejamen= to da assistência de enfermagem, de forma a integrá-los no processo terapêutic= o ⁽⁴⁾.

Ao se envolverem na rotina de cuidados de uma pessoa dependente, os cuidadores familiares encontram uma prática incessante, repetitiva e desgastante, pois= se deparam com tarefas nunca desempenhadas anteriormente, e que exigem recursos físicos, psíquicos, sociais, intelectuais e financeiros. Com isso, podem su= rgir sentimentos contraditórios, que são frequentes nos cuidadores ^(9).Tratando-se de uma situação na qual esse familiar não está preparado para se tornar um cuidador, podem ocorrer modificações em âmbito físico e emocional, sejam el= as pelo excesso de cuidados praticados diariamente, que exige intenso comprometimentos da parte física do cuidador e emocionais, cercando tudo que envolve esse campo de angústias, ansiedades, medos e depressões ^(10).

Frente as modificações na rotina do indivíduo portador de UV, a famíl= ia desempenha papel indispensável na vida dessas pessoas, uma vez que o famili= ar organiza e participa de consultas médicas, nas tomadas de decisões de tratamento, coordenam cuidados e serviços, ajudam com tarefas diárias, como vestir, banhar e administrar medicamentos, além de garantir que as necessid= ades de alimento e abrigo sejam atendidas, por vezes, com gerenciamento também da questão financeira ⁽¹¹⁾.

Ajudar com tarefas no dia a = dia do familiar acometido, além das próprias tarefas, faz com que o familiar assuma o papel de cuidador principal, podendo se torn= ar uma pessoa vulnerável e que também precisa de atenção, ou até mesmo de cuidados= de enfermagem ^(11).

Desse modo, profissionais de saúde desenvolvem um papel fundamental na atuação es= pecífica para a promoção de cuidados com as pessoas acometidas com UV, com o objetiv= o de reduzir o impacto que essa doença impõe à pessoa acometida, bem como, na bu= sca pela promoção da qualidade de vida dessas pessoas ⁽¹⁾, além de elaborar e implementar intervenções, com o objetivo de identificar problema= s, determinar metas, planejar intervenções e avaliar o cuidado para elevar a qualidade da assistência e permitir a identificação das necessidades da pes= soa acometida e respectiva família ⁽⁴⁾.

Diante do exposto, com esta pesquisa busca-se conhecer as mudanças provocadas na estrutura das famílias que tem um de seus membros com UV. Ressalta-se que, a partir do conhecimen= to dessas mudanças, será possível a elaboração de políticas públicas direcionadas = ao suporte aos familiares diretamente envolvidos no cuidado.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo transversal de abordagem qualitativa foi= desenvolvido com 12 familiares de pessoas portadores de UV, adscritos às Estratégias Saú= de da Família (ESF) do município de Concórdia – SC.

Os critérios de inclusão dos participantes foram: ser familiar= de alguém que possua pelo menos uma úlcera com duração de s= eis semanas ou mais, em atividade, decorrente de alteração da circulação venosa= em membros inferiores; ser adscrito a uma Unidade de Saúde da Família (USF) do município de Concórdia; ter idade maior ou igual a 18 anos. Como critério de exclusão considerou-se: familiares não localizados por ligação telefônica ou visita durante o período da coleta.

Após autorização da Secretária Municipal de Saúde para contata= r os enfermeiros das USFs, verificou-se via telefone= com esses profissionais o número de pacientes com UV adscritos a cada uma delas= . Na ocasião, foi solicitado também o contato telefônico de cada uma dessas famí= lias, para fins de apresentação da pesquisa. O contato telefônico = foi realizado com todos os possíveis participantes (n=3D15), com agendamento de= dia e horário para a entrevista. Desses, 12 familiares aceitaram participar voluntariamente da pesquisa. =

Em virtude da pandemia, foram adotadas medidas sanitárias para= a prevenção da COVID-19 ⁽¹²⁾, tais como, uso de máscara facial cobrindo boca e nariz, distanciamento seguro de mais de um metro, higienização das mãos com álcool= gel 70%, conforme preconiza o Ministério da Saúde ⁽¹³⁾.

A coleta de dados deu-se no mês de setembro de 2021, por meio de uma entrevis= ta semiestruturada, elaborada pelos autores, aplicada na residência de cada um dos participante= s e pré testada com dois indivíduos, não havendo a necess= idade de alterações no instrumento de coleta de dados. Todas as entrevistas foram precedidas de leitura, explicação e assinatura do Termo de Consentimento Li= vre e Esclarecido (TCLE). As falas foram áudios gravados, por meio de gravador = de celular, para garantir maior fidedignidade das respostas.=

Os dados coletados foram analisados pelo método de análise de conteúdo de Bardin ⁽¹⁴⁾, que compree= nde três fases: 1) pré-análise: leitura flutuante e organização dos materiais para as seguintes etapas a serem analisados pelos pesquisadores; 2) exploração do material: codificação dos dados a partir do planejamento e objetivos do estudo; 3) tratamento dos resultados obtidos e interpretação: análise e organização dos dados de modo a torná-los signific= ativos de acordo com o objetivo do estudo.

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (CEPSH) da Universidade do Contestado (UnC), sob o parecer consubstanciado número 4.885.032,= de 02 de agosto de 2021, e seguiu as recomendações do Conselho Nacional de Saúde = que dispõe sobre a pesquisa envolvendo seres humanos e o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.

RESULTADOS

O estudo contou com a participação de 12 familiares de portado= res de UV adscritos à oito (8) USFs do município de Concórdia – SC. Todas as USFs foram contatadas,= e o enfermeiro da unidade disponibilizou o número de pacientes com UV. Dos 15 pacientes identificados no município com UV, 12 familiares aceitaram participar da pesquisa voluntariamente. As duas primeiras entrevistas realizadas tiveram a finalidade de testar o instrumen= to de coleta de dados e foram incluídas por não haver necessidade de ajustes no instrumento. Os participantes foram identificados com a letra F, de familia= r, e um número arábico de 1 a 12, correspondente à ordem em que as entrevistas ac= onteceram. Destaca-se que foram realizadas as transcrições das falas, exatamente como expressadas pelos participantes, com respeito a variação cultural existente= .

Os dados referentes à caracterização socioeconômica dos familiares que participaram da pesquisa e= a caracterização das UVs desse estudo são apresen= tadas na Tabela I.

Tabela I – Caracterização socioeconômica e caracterização das úlceras venosas. Concórdia – SC, Brasil, 2021

Variável<= /p>

n (%)

Idade (Média)

57,8 (35 – 78)

Tempo desde o diagnóstico

11,2 (2– 30)

Sexo

Feminino

5(41,6)

Masculino<= o:p>

7(58,3)

Estado civil

Solteiro (= a)

1(8,3)

Casado(a)/= Com companheiro(a)

7(58,3)

Viúvo (a)<= o:p>

2(16,6)

Divorciado= (a)

2(16,6)

Com quem reside

Sozinho(a)=

Familiar(e= s)

2(16,6)

10(83,3)

Escolaridade

4(33,3)

1(8,3)

1(8,3)

4(33,3)

2(16,6)

Renda Mensal

2(16,3)

8(66,6)

2(16,3)

Tipo de moradia

&nbs= p;

9(75,0)

3(25,0)

A úlcera fechou e abriu novamente

11(91,6)

1(8,3)

Fonte: Banco de dados dos Autores (2021).=

Apresenta-se na tabela II a caracteriz= ação das situações vivenciadas pelos familiares dos portadores de úlceras venosas concernente às úlceras venosas, conforme segue.

Tabela II<= span style=3D'font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman",se= rif'> – Situações vivenciadas pelos familiares. Concórdia – SC, Brasil, 2021.

Des= crição da Situação

N (= %)

Afa= stamento do trabalho/atividades, em decorrência do familiar com UV

-

Nec= essidade de auxílio financeiro ao familiar com UV

2(16,6)

Cuidador familiar=

Cui= dador principal

4 (33,3)

Tod= os os familiares

8 (66,6)

Dependência da pessoa com UV

Depende totalmente do cuidador para as atividades da vida diária

3 (25,0)

Depende parcialmente do cuidador para as atividades da vida diária=

3 (25,0)

É independente

6 (50,0)

Fonte: Banco de dados dos Autores (2021).=

Quando questionados sobre as mudanças ocorridas na família sobre o impacto do diagnóstico da UV em suas vidas, os familiares destacaram os sentimentos pertinentes ao momento do diagnóstico, evidenciando o impacto emocional/psicológico, bem como a sua influência relacionada ao cotidiano e à vida, conforme expressam os trechos a seguir:<= o:p>

Ah muito triste, minha vida foi muito triste, e ai= nda tá! (F2)

Meu dia a dia e minha rotina mudou sim! (F1)<= /o:p>

Muito trabalho, muita coisa. (F3)

Me deixou muito estressado(a), me deixou muito frustrado(a) com as coisas. (F4)

Tudo mudou porque daí né começou aqueles tratament= os corre daqui corre de lá

e tudo. (F5)

Todos os participantes referiram que n= ão houve necessidade de se afastar do trabalho devido ao processo de doença ou= ao tratamento e quando questionados sobre a necessidade de auxílio financeiro durante o tratamento do familiar com UV, dois <= /span>dos participantes consideraram que houve a necessidade advinda da questão financeira.

Óia

Ah sim, a fiarada me ajudaram bastante e agora também né! (F12)

<= /o:p>

Por outro lado, nem todos referiram a necessidade de auxílio financeiro:

<= /o:p>

Não, a gente sempre conseguiu se manter assim entre nós, não foi assim tão fácil, passamos assim até uns dias bem difícil mas a gente conseguiu. (F5)<= /i>

Nunca precisou, só o posto que ajudou com os curativos. (F7)

Não, eu sempre graças a Deus sempre consegui me vi= rar sozinho(a). (F11)

Quanto à dependência dos portadores de UV para a realização de atividades da vida diária, três neces= sitam de cuidador em período integral, além do auxílio dos familiares, devido a t= otal dependência, três possuem auxílio de cuidador/familiar devido a parcialidad= e de dependência e seis são independentes.

Ele(a) tem três cuidadores permanente,= se revezam durante o dia e cada noite um né e fim de semana. (F9)

Eu tive que me aproximar mais dele(a)! (F1)

Sim, ele(a) tem cuidadora toda tarde p= ra mim trabalhar. (F8)

DISCUSSÃO

Dos 12 participantes do estudo, sete são do sexo masculino e cinco do sexo feminino= , com idade mínima de 35 anos e máxima de 78 anos.

Com relação ao estado civil, observa-se que a maior parte dos participantes mencionaram ser casados (as) ou com companheiro(a) = e a maioria morava com seus familiares e em casa própria.

No que diz respeito à escolaridade, a maioria dos participantes tem ensino médio completo. Segundo Brito e colaboradores⁽¹⁵⁾o grau de instrução não quer dizer qu= e as pessoas assimilam adequadamente as orientações sobre os cuidados com a feri= da, mas a escolaridade influência nos cuidados com a lesão, e considera-se o seu tratamento depende do processo de ensino-aprendizagem para ser efetivo. Quanto mais elevado o nível de instrução das pessoas, melhor será a sua compreensã= o a respeito das ações de cuidado com o seu familiar e sobre o tratamento ^=
(16). A relação familiar é muito importante para a recuperação desses pacientes, representa um suporte no auxílio e estímulo ao autocuidado para poder elevar a qualidade de vida e melhora com a ferida (15).

Quando questionados sobre seus rendime= ntos, a maioria dos participantes referem ter uma renda mensal de dois salários mínimos. Todos os participantes referiram que não houve a necessidade de afastamento do trabalho, mas no decorrer do tratamento dois (02) participan= tes necessitaram de auxílio financeiro. As UVs causam impacto econômico significativo devido à sua cronicidade e aos altos custos terapêuticos e de acompanhamento clínico ⁽¹⁷⁾.^<=
/o:p>

O desenvolvimento das úlceras teve um média de 11,2 anos, com prevalência do início de forma traumática, e a maio= ria das feridas nunca cicatrizaram, apenas em uma houve a cicatrização e não ho= uve recidiva. A dificuldade no process= o de cicatrização provém da insuficiência venosa aliada a outros fatores ^(1=
7). Estima-se que 3% da população brasileira apresentam a lesão, sendo que pessoas com diagnóstico de Diabetes Mellitus podem desenvolver maiores lesões ⁽¹⁸⁾. Dessa forma, alcançar o objetivo da cicatrização da UV e tratar do usuário portad= or configuram consideráveis desafios de cuidado ⁽¹⁹⁾.

Pessoas com feridas necessitam de cuid= ados específicos com a lesão, pois a cicatrização é um processo dinâmico e envol= ve complexas interações celulares e moleculares. Mais de 80% dos pacientes com ferida traumática que fazem o curativo em casa apresentam altas taxas de complicações, como necrose e infecção. Assim, o preparo do familiar da pess= oa acometida é uma importante ferramenta para a continuidade do cuidado de enfermagem e minimizar danos devido às práticas inadequadas⁽²⁰⁾= .

Com relação a necessidade de cuidados,= os cuidadores familiares passam por uma significativa transição situacional, c= om redefinição dos seus papéis e integração de novos. Os cuidadores familiares experimentam vários desafios no cuidado ao seu familiar acometido, com isso, prestar atenção ao cuidador promove a saúde, não só de quem é cuidado e do cuidador, como também para os demais membros daquelas famílias ^(21).

O impacto do surgimento da doença no âmbito familiar pode levar a mudanças na sua configuração. Com relação a existência da lesão e aos prejuízos causados, a pessoa acometida = tem dificuldades de trabalhar, e o afastamento laboral, o que além de acarretar implicações financeiras ⁽²⁾pode gerar consequências à nível físico, social e emociona= l, com maior sobrecarga aos familiares, pois as tarefas que realizam se somam aos demais papéis que precisam desempenhar. Com isso, pode acarretar ao cuidado= r cansaço, estresse e exaustão, assim, com possível impacto à sua qualidade de vida (22). Com isso, o cuidador, eventualmente, está duplamente vulnerável, dev= ido à sobrecarga decorrente do cuidado com o seu familiar ⁽²³⁾. <= /o:p>

Estudos corroboram a importância da avaliação e intervenção quando percebida a sobrecarga, sendo importante, além disso, considerar neces= sário outras situações potencialmente estressantes não relacionados ao cuidado ⁽²³⁾⁼. No Brasil, a política de atenção domiciliar estabelece que os profissionais de saúde, sejam encarregados por instruir os cuidadores familiares e envolvê-los no processo de cuidar ⁽²⁴⁾, = com o objetivo de diminuir e de modo a evitar complicações no processo de cicatrização e consequentemente, aumento no tempo de existência da lesão (25). A atu= ação de diferentes áreas profissionais deve ser simultânea, de modo que cada um,= no seu campo de conhecimento e atuação, auxilia, com união de responsabilidade= s na busca por um tratamento e atendimento com bons resultados ao paciente porta= dor de úlceras ⁽²⁶⁾.

CONSIDERAÇÕES FINAIS <= o:p>

Ao investigar o impacto gerado na vida desses familiares dos portadores de úlceras venosas em um município da regi= ão Oeste de Santa Catarina, observa-se que ocorreram muitas mudanças em suas vidas, devido aos cuidados prestados aos seus familiares. Destaca-se a maior necessidade de seus familiares com cuidados pessoais e o aumento das responsabilidades que essa doença gerou na vida dessas pessoas, o que ocasi= onou impactos em seu cotidiano e em sua vida. Apesar da maioria dos entrevistados ter relatado não ter tido impacto financeiro, sabe-se que houve uma maior demanda desse recurso, devido ao processo da doença e ao seu tratamento. Com isso, evidencia-se o apoio familiar como um fator contributivo para os indivíduos portadores de UV em todo o processo da doença. Destaca-se a importância da realização de novos estud= os, para amplificar as evidências relacionadas aos sentimentos e o impacto das úlceras venosas no dia a dia dos indivíduos, a fim de minimizar danos financeiros e sociais, para prestar um cuidado de qualidade e com segurança= . =

Financiamento: Fundo à manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior (FUMDES), pelo apoio financeiro.

REFERÊNCIAS

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= Submissão: 2021-12-08=

= Aprovado: 2022-01-12

=

Variável<= /p>	n (%)
Idade (Média)	57,8 (35 – 78)
Tempo desde o diagnóstico	11,2 (2– 30)
Sexo
Feminino	5(41,6)
Masculino<= o:p>	7(58,3)
Estado civil
Solteiro (= a)	1(8,3)
Casado(a)/= Com companheiro(a)	7(58,3)
Viúvo (a)<= o:p>	2(16,6)
Divorciado= (a)	2(16,6)
Com quem reside Sozinho(a)= Familiar(e= s)	2(16,6) 10(83,3)
Escolaridade
4(33,3) 1(8,3) 1(8,3)
4(33,3) 2(16,6)
Renda Mensal
2(16,3)
8(66,6)
2(16,3)
Tipo de moradia	&nbs= p;
9(75,0)
3(25,0)
A úlcera fechou e abriu novamente
11(91,6)
1(8,3)

Des= crição da Situação	N (= %)
Afa= stamento do trabalho/atividades, em decorrência do familiar com UV	-
Nec= essidade de auxílio financeiro ao familiar com UV	2(16,6)
Cuidador familiar=
Cui= dador principal	4 (33,3)
Tod= os os familiares	8 (66,6)
Dependência da pessoa com UV
Depende totalmente do cuidador para as atividades da vida diária	3 (25,0)
Depende parcialmente do cuidador para as atividades da vida diária=	3 (25,0)
É independente	6 (50,0)