COMPLICAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS DOS RECEPTORES DE TRANSPLANTE RENAL NO CONTEXTO ORGANIZACIONAL DE TRABALHO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31011/reaid-2023-v.97-n.3-art.1551

Palavras-chave:

Enfermagem; Complicações; Transplante Renal

Resumo

Objetivo: Avaliar as complicações clínicas e cirúrgicas dos receptores de transplante renal no contexto organizacional de trabalho. Método: Trata-se de um estudo com delineamento transversal, realizada em 264 prontuários de pacientes submetidos a transplante renal do Hospital Geral de Fortaleza, no período de outubro de 2021 a maio de 2022. Foram incluídos maiores de 18 anos e excluídos crianças e transplante duplo. Os resultados foram apresentados a partir de estatística descritiva e realizados os testes de Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis. Resultados: Observou-se prevalência do sexo masculino entre os pacientes submetidos a transplante renal (60,2%), faixa etária entre 40 a 59 em (40,5%), com ensino médio (40,2%), índice de massa corporal normal (43,4%), casados (54,3%) e provenientes do interior do estado (49,4%). O tempo de hospitalização em paciente com função imediata do enxerto foi em média de sete dias e de 10 dias, com função tardia. A obesidade foi um fator que impactou no prolongamento da hospitalização para os pacientes que apresentaram função lenta do enxerto (p=0,04), enquanto as infecções e complicações cirúrgicas nas diferentes funções do enxerto percebeu-se que essas complicações aumentaram de forma significativa o tempo de internação em todas as situações. Conclusão: Conclui-se que às infecções e complicações cirúrgicas independente da função do enxerto, contribuíram para o aumento significativo no tempo de hospitalização, obtendo mediana de 33 dias para aqueles que apresentaram qualquer complicação cirúrgica.

 

 

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Biografia do Autor

Antonia Rozângela Souza de Oliveira, HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA - HGF

Enfermeira, Especialista em Transplante de Órgãos e Tecidos pelo Programa de Residência Multiprofissional do Hospital Geral de Fortaleza – HGF, Fortaleza, Ceará.

 

Renata Porfírio Ferreira, Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Fortaleza, Ceará, Brasil.

Enfermeira, Pós Graduanda em Especialização em Terapia Intensiva pela Universidade de Fortaleza.

Marlon Ximenes do Prado, Universidade de Fortaleza (UNIFOR)

Enfermeiro, Pós Graduando em Especialização em Terapia Intensiva pela Universidade de Fortaleza.

Larissa Ferreira da Silva, Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Fortaleza, Ceará, Brasil.

Enfermeira, Pós Graduanda em Especialização em Terapia Intensiva pela Universidade de Fortaleza.

Nayane Almeida de Sousa, Hospital Geral de Fortaleza - HGF

Enfermeira, Pós Graduada em Enfermagem em Terapia Intensiva pela Faculdade UniBF e Especialista em Transplante de Órgãos e Tecidos pelo Programa de Residência Multiprofissional do Hospital Geral de Fortaleza.

Aglauvanir Soares Barbosa, Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Enfermeira, Mestre em Enfermagem pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. Doutoranda em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual do Ceará (UECE).

Alan Rodrigues da Silva, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Farmacêutico, Mestre em Transplante pela Universidade Estadual do Ceará. Doutorando pelo Programa de Pós Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal do Ceará.

Rita Mônica Borges Studart , Universidade de Fortaleza (UNIFOR)

Enfermeira, Mestre em enfermagem pela Universidade Federal do Ceará, Doutora em enfermagem pela Universidade Federal do Ceará e Docente do Curso de Especialização em Terapia Intensiva da Universidade de Fortaleza.

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Publicado

26-07-2023

Como Citar

1.
Souza de Oliveira AR, Porfírio Ferreira R, Ximenes do Prado M, Ferreira da Silva L, Almeida de Sousa N, Soares Barbosa A, Rodrigues da Silva A, Borges Studart RM. COMPLICAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS DOS RECEPTORES DE TRANSPLANTE RENAL NO CONTEXTO ORGANIZACIONAL DE TRABALHO. Rev. Enferm. Atual In Derme [Internet]. 26º de julho de 2023 [citado 26º de novembro de 2024];97(3):e023129. Disponível em: https://mail.revistaenfermagematual.com.br/index.php/revista/article/view/1551

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL