USO E DESCARTE DE MEDICAMENTOS: PRÁTICAS E CONHECIMENTO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31011/reaid-2025-v.99-n.3-art.2496

Palavras-chave:

Automedicação, Uso racional de medicamentos, Gerenciamento de resíduos

Resumo

Introdução: A falta de conhecimento que gira em torno do consumo e descarte de  medicamentos são questões que geram preocupação aos órgãos de saúde pública, uma vez que, quando praticados de forma indevida trazem riscos à população e/ou ao meio ambiente. Objetivo: Avaliar o conhecimento da população sobre o consumo e descarte de medicamentos de uso domiciliar. Método: Pesquisa quantitativa, não experimental e descritiva. A coleta de dados ocorreu em unidades de Estratégia da Saúde da Família, Universidade Federal de Rondonópolis e uma escola de ensino técnico do município de Rondonópolis (MT) e a amostra foi composta por pessoas com idade igual ou superior a 18 anos. Resultados: Participaram da pesquisa 359 pessoas, das quais 94,4% afirmaram utilizar ou ter algum medicamento em sua residência; 8,4% afirmaram não conhecer as ações e os efeitos adversos dos medicamentos que utiliza; 80,2%  compra fármacos sem prescrição; 64,3% já parou de tomar um medicamento antes de completar o tratamento prescrito; 62,1% prioriza o descarte de medicamentos via lixo doméstico e 72,1% afirmam nunca ter recebido informações sobre a forma correta de descarte. Conclusão: Os resultados indicam lacunas no conhecimento sobre o uso correto dos fármacos e seu descarte apropriado evidenciando práticas que colocam em risco a saúde da população e danos ao meio ambiente.

Palavras-chave: Automedicação; Uso Racional de Medicamentos; Gerenciamento de Resíduos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

An’na Flávya Pacheco Borjas e Costa, Universidade Federal de Rondonópolis/Faculdade de Ciências da Saúde/Enfermagem

Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), Faculdade de Ciências da Saúde (FCS).

Janaina Berça Santos, Universidade Federal de Rondonópolis, Faculdade de Ciências da Saúde

Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), Faculdade de Ciências da Saúde (FCS).

Stella Mendes Souza, Universidade Federal de Rondonópolis, Faculdade de Ciências da Saúde

Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), Faculdade de Ciências da Saúde (FCS).

Karolayne Sthefhanny Maidonado de Morais , Universidade Federal de Rondonópolis, Faculdade de Ciências da Saúde

Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), Faculdade de Ciências da Saúde (FCS).

Fillipe Augusto Benício Torres , Universidade Federal de Rondonópolis, Faculdade de Ciências da Saúde

Acadêmico do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), Faculdade de Ciências da Saúde (FCS).

Referências

Silva IA, Alvim HGO. A história dos medicamentos e o uso das fórmulas: a conscientização do uso adequado. Revista JRG de Estudos Acadêmicos. 2020;3(7):475–88. Disponível em: https://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/77.

Pedroso RS, Andrade G, Pires RH. Plantas medicinais: uma abordagem sobre o uso seguro e racional. Physis: Rev Saude Coletiva. 2021;31(2):e310218. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-73312021310218.

Mattos LV, et al. Das farmácias comunitárias às grandes redes: provisão privada de medicamentos, sistema de saúde e financeirização no varejo farmacêutico brasileiro. Cad Saude Publica. 2022;38(2):e00085420. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00085420.

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O que devemos saber sobre medicamentos [Internet]. Brasília (DF): Agência Nacional de Vigilância Sanitária; 2010. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/medicamentos/publicacoes-sobre-medicamentos/o-que-devemos-saber-sobre-medicamentos.pdf/view.

Santos STS, Albuquerque NL, Guedes JPM. Os riscos da automedicação com medicamentos isentos de prescrição (MIPs) no Brasil. Research, Society and Development. 2022; 11(7):e42211730493. Disponível em: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i7.30493.

Silva VWP, Figueira KL, Silva FG, Zagi GS, Meschede MSC. Descarte de medicamentos e os impactos ambientais: uma revisão integrativa da literatura. Ciênc Saúde Coletiva. 2023; 28(4):1113-23. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/6wySXdYtDxp3vjcnxM8sWyH/.

Brasil. Ministério da Saúde. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais Rename 2022. Brasília (DF): Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos; 2022. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/relacao_nacional_medicamentos_2022.pdf.

Constantino VM, et al. Estoque e descarte de medicamentos no domicílio: uma revisão sistemática. Cien Saude Colet. 2020;25(2):585-94. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232020252.10882018.

Brasil. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília, DF, ano 147, n. 147, p. 3, 3 ago. 2010. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm.

Fernandes MR, et al. Prevalência e fatores associados à presença de medicamentos vencidos em estoques caseiros. Cad Saude Colet. 2020;28(3):390-9. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1414-462X202028030535.

Guiginski J, Wajnman S. A penalidade pela maternidade: participação e qualidade da inserção no mercado de trabalho das mulheres com filhos. Rev Bras Estud Popul. 2019;36:e0090. Disponível em: https://doi.org/10.20947/S0102-3098a0090.

Ribeiro MG. Desigualdades de renda: a escolaridade em questão. Educ Soc. 2017;38(138):169-88. Disponível em: https://doi.org/10.1590/ES0101-73302016154254.

Ramires RO, Lindemann IL, Acrani GO, Gluszczak L. Automedicação em usuários da Atenção Primária à Saúde: motivadores e fatores associados. Semina: Cienc Biol Saude. 2022;43(1):75-86. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/43680.

Martins ACM, Giordani F, Gonçalves MC, Guaraldo L, Rozenfeld S. Óbitos por eventos adversos a medicamentos no Brasil: Sistema de Informação sobre Mortalidade como fonte de informação. Cad Saúde Pública. 2022;38(8). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311XPT291221.

Brasil. Ministério da Saúde. Campanhas de conscientização e ações de combate ao uso irracional de medicamentos. Brasília: Ministério da Saúde; 2020. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/medicamentos/campanhas-de-conscientizacao.

Lima RQ, Almeida MCP, Júnior EDNF, Neto LSL. Intercambialidade entre medicamentos de referência e similar / Interchangeability between reference drugs and similar. Braz J Dev. 2020;6(12):101122–32. Disponível em: https://doi.org/10.34117/bjdv6n12-561.

Silva ARD, Moura JMA, Pivetta LF, Eduardo AMLN. Intoxicação medicamentosa infantil / Child drug intoxication. Braz J Dev. 2020;6(1):5072–5. Disponível em: https://doi.org/10.34117/bjdv6n1-366.

Ferreira TM, Barros EC, Oliveira SPN. Contaminação ambiental por fármacos e seus impactos na saúde humana: uma revisão de literatura. Braz J Dev. 2022;8(4):28004-14. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/6wySXdYtDxp3vjcnxM8sWyH/?lang=pt.

Vieira FM. Resíduos farmacêuticos: riscos ambientais do descarte inadequado de medicamentos. Nat Resour. 2020;11(1):74–81. Disponível em: https://doi.org/10.6008/CBPC2237-9290.2021.001.0010.

Silva VWP, et al. Descarte de medicamentos e os impactos ambientais: uma revisão integrativa da literatura. Cien Saude Colet. 2023;28(4):1013-123. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/csc/2023.v28n4/1113-1123/pt.

Silva CLF, Jorge TM. Educação Permanente em Saúde na atenção primária: percepções de trabalhadores sobre conceito e prática. Rev Med Ribeirão Preto. 2023;57(4):e196780-e196780. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/download/196780/197143/641941.

Publicado

24-08-2025

Como Citar

1.
Pacheco Borjas e Costa AF, Berça Santos J, Mendes Souza S, Maidonado de Morais KS, Benício Torres FA, Lisboa HCF. USO E DESCARTE DE MEDICAMENTOS: PRÁTICAS E CONHECIMENTO. Rev. Enferm. Atual In Derme [Internet]. 24º de agosto de 2025 [citado 25º de agosto de 2025];99(3):e025054 . Disponível em: https://mail.revistaenfermagematual.com.br/index.php/revista/article/view/2496

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL