SAÚDE DE MULHERES EM ZONAS FRONTEIRIÇAS: UM PROTOCOLO DE REVISÃO DE ESCOPO
DOI:
https://doi.org/10.31011/reaid-2025-v.99-n.4-art.2559Palavras-chave:
Saúde das Mulheres, Saúde Sexual e Reprodutiva, Saúde Fronteiriça, Áreas Fronteiriças, Desigualdades em SaúdeResumo
Introdução: A saúde de mulheres em zonas fronteiriças representa um desafio complexo e multifacetado, marcado por desigualdades sociais e barreiras de acesso aos serviços de saúde. Nessas regiões, frequentemente caracterizadas por fluxos migratórios intensos, vulnerabilidades socioeconômicas e limitada presença do Estado, as mulheres enfrentam riscos ampliados relacionados à saúde sexual e reprodutiva. Objetivo: Mapear as evidências científicas disponíveis sobre as barreiras enfrentadas por mulheres residentes em zonas de fronteira no acesso aos serviços de saúde, com ênfase na saúde sexual e reprodutiva. Métodos: Será desenvolvida uma revisão de escopo conduzida conforme as recomendações do Joanna Briggs Institute. A elaboração do protocolo seguirá a checklist Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews e será registrada na plataforma Open Science Framework. A questão de pesquisa será estruturada com base na estratégia PCC, abrangendo mulheres (População), acesso e barreiras aos serviços de saúde (Conceito), e regiões de fronteira (Contexto). Serão incluídos estudos nacionais e internacionais que tratem do acesso à saúde de mulheres em zonas fronteiriças, com foco na saúde sexual e reprodutiva, considerando diferentes faixas etárias e contextos geográficos. As buscas serão realizadas em bases como CINAHL, MEDLINE/PubMed, Web of Science, EMBASE, LILACS, CAPES e Cochrane Library, além de literatura cinzenta. A triagem dos estudos será realizada no software Rayyan®. A extração e análise dos dados será conduzida com base no JBI Manual for Evidence Synthesis e analisada com auxílio do software Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires (IRAMUTEQ®).
Palavras-chave: Saúde das Mulheres; Saúde Sexual e Reprodutiva; Saúde Fronteiriça; Áreas Fronteiriças; Desigualdades em Saúde.
Downloads
Referências
Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes. Brasília-DF: Ministério da Saúde; 2004. 82 p. (C. Projetos, Programas e Relatórios). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nac_atencao_mulher.pdf
Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: Princípios e Diretrizes. 1. ed., 2. reimpr. Brasília-DF: Ministério da Saúde; 2011. 82 p. (Série C. Projetos, Programas e Relatórios). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_mulher_principios_diretrizes.pdf
Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta. 1. ed., 1. reimp. Brasília-DF: Ministério da Saúde; 2013. 48 p. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_populacoes_campo.pdf
Davison N, Stanzel K, Hammarberg K. The Impact of Social Determinants of Health on Australian Women's Capacity to Access and Understand Health Information: A Secondary Analysis of the 2022 National Women's Health Survey. Healthcare (Basel). 2024 Jan 15;12(2):207. Doi: https://doi.org/10.3390/healthcare12020207
Mendes M, Simões PA, Simões JA, Santiago LM, Prazeres F, Maricoto T. The link between happiness and health: a review of concepts, pathways and strategies for enhancing well-being. Fam Med Prim Care Rev 2023; 25(3): 288–96. Doi: https://doi.org/10.5114/fmpcr.2023.130090
Oginni SO, Opoku MP, Nketsia W. Crisis at the intersection of four countries: healthcare access for displaced persons in the Lake Chad Basin region. Ethn Health. 2022 Oct;27(7):1698-717. Doi: https://doi.org/10.1080/13557858.2021.1947471
Clayton JA, D'Souza RN. Putting science to work for women's health. J Dent Educ. 2024 Apr;88 Suppl 1:708-712. https://doi.org/10.1002/jdd.13566
Guhlincozzi RA. "The political economy of healthcare access and Chicagoland health-oriented non-profit organizations," Environment and Planning C. 2024;42(4):658-75. Doi: https://doi.org/10.1177/23996544231211243
Mendes LMC, Sudré GA, Oliveira JV, Barbosa NG, Monteiro JC, Gomes-Sponholz FA. Social Representations of Puerperal Women about the Search for Prenatal Care on the French-Brazilian Border. New Trends in Qualitative Research. 2021;8:130–37. Doi: https://doi.org/10.36367/ntqr.8.2021.130-137
Arksey H, O'Malley L. Scoping studies: towards a methodological framework. Int J Soc Res Methodol. 2005;8(1):19–32. Doi: http://doi.org/10.1080/1364557032000119616
Joanna Briggs Institute. JBI manual for evidence synthesis. Adelaide: JBI; 2020. Doi: http://doi.org/10.46658/JBIMES-20-01
Peters MDJ, Godfrey C, McInerney P, Munn Z, Tricco AC, Khalil H. Scoping Reviews (2020 version). In: Aromataris E, Munn Z, editors. JBI Manual for Evidence Synthesis. Australia: JBI; 2020. chap. 11. Doi: http://doi.org/10.46658/JBIMES-20-12
Dos Santos GG, Nascimento MVF, Ribeiro EES, Rocha GST, de Farias AS, de Oliveira C, et al. Saúde de mulheres em zonas fronteiriças: um protocolo de revisão de escopo. OSF; 3 May 2025. Doi: https://doi.org/10.17605/OSF.IO/ZJ4XP
Ouzzani M, Hammady H, Fedorowicz Z, Elmagarmid A. Rayyan: a web and mobile app for systematic reviews. Syst Rev. 2016;5(1):210. Doi: http://doi.org/10.1186/s13643-016-0384-4
Amaral-Rosa MP. Considerations on the use of IRAMUTEQ software for qualitative data analysis. Rev esc enferm USP [Internet]. 2019;53:e03468. Doi: https://doi.org/10.1590/S1980-220X2019ce0103468
Page MJ, McKenzie JE, Bossuyt PM, Boutron I, Hoffmann TC, Mulrow CD, et al. The PRIS-MA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ. 2021;372(71). Doi: https://doi.org/10.1136/bmj.n71
Phillips B, Ball C, Sackett D. Oxford Centre for Evidence-Based Medicine – Levels of Evidence (March 2009). Oxford: Centre for Evidence-Based Medicine; 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.









