MULHERES PRIVADAS DE LIBERDADE: PRÁTICAS MATERNAS NO CUIDADO AO LACTENTE
DOI:
https://doi.org/10.31011/reaid-2025-v.99-n.3-art.2592Palavras-chave:
Cuidado do Lactente, Relações Mãe-Filho, Amamentação, Teoria de EnfermagemResumo
Objetivo: Compreender os significados da prática do cuidar de um filho na percepção de mães em privação de liberdade. Método: Trata-se se de um estudo descritivo, exploratório, de abordagem qualitativa, envolvendo 14 mulheres privadas de liberdade através de uma entrevista semiestruturada. Resultados: Da análise das falas fundamentadas no Modelo de Adaptação de Callista Roy, emergiram sete categorias temáticas: O cuidar dentro de um ambiente prisional, buscando atender às necessidades nutricionais, o modo fisiológico: buscando atender às necessidades de atividade e repouso, o modo fisiológico: buscando atender às necessidades de proteção, modo função de papel: buscando assumir o papel de mãe e cuidadora, modo autoconceito: buscando o equilíbrio psíquico e a espiritualidade, modo interdependência: ressignificando as relações afetivas. Para as mulheres privadas de liberdade o ambiente prisional não é um local preparado para atender às suas necessidades e da sua criança, além disso, a falta do sistema de apoio leva a uma sobrecarga física e emocional das mulheres. Conclusão: A utilização da Teoria de Enfermagem de Calista Roy nos permitiu compreender melhor os significados da prática do cuidar de um filho a partir da percepção da mulher privada de liberdade.
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